Corpos Informáticos realiza mostra na Funarte São Paulo

Kombis plantadas em Brasília, 2011. Foto: Corpos Informáticos

O grupo de pesquisa “Corpos Informáticos”, que desde 1992 dedica-se a desenvolver produções artísticas de acordo com referências conceituais próprias, trará ao Complexo Cultural Funarte São Paulo, a partir de quarta-feira, 30 de novembro de 2011, workshops, palestras, exposição e performances que abrangem trabalhos tanto já consagrados como ainda inéditos do grupo, produzidos especificamente para esta ocupação.

O projeto, vencedor do “Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011 – Galerias Funarte de Artes Visuais São Paulo”, contempla linguagens artísticas como composições urbanas (intervenções), instalações, performances, fotografias, vídeos e webartes, em trabalhos realizados pelo grupo entre 2009 e 2011. Fazem parte deste repertório o espetáculo de rua “Mar(ia-sem-ver)gonha” (Brasília, Ceilândia, Goiânia); a performance “Encerando a chuva” (Brasília, Rio de Janeiro, Goiânia, São Paulo); e a exposição “Komboio” (Brasília).

A proposta do “Corpos Informáticos” é realizar produções artísticas que envolvam composições urbanas, jogos e participação do público. Paralelamente à exposição e performances, o grupo realizará gratuitamente workshops e mesas-redondas que, além de dinamizar e difundir a exposição, promoverão reflexões sobre o trabalho realizado. As performances e as produções resultantes dos workshops serão incorporadas à mostra em uma “re-vernissage”, já marcada para 14 de dezembro.

Com sede em Brasília (DF), o “Corpos Informáticos” baseia seu trabalho em conceitos criados a partir de elaborações próprias: “composição urbana”; “iteração (sic)”; “mar(ia-sem-ver)gonha”; “fuleragem (sic)”; “mixuruca”; e “komboio”. “Composição urbana” parte do princípio de que a arte não intervém nem interfere na cidade – ela compõe. E, em compondo, também decompõe.

Em “Mar(ia-sem-ver)gonha”, um conceito relevante para o grupo, os artistas estabelecem paralelos com esta planta, que é corriqueira no Brasil mas tem origem importada e embute, em seu nome, um segundo significado: “ia sem ver”. “O ‘ia sem ver’ é alguma coisa que interessa muito à performance, à fuleragem – é o não privilégio da visão, o privilégio dos outros sentidos que estão esquecidos, tanto pela arte como pela filosofia. E ela é linda, vive só com sol e água”, explica a artista Bia Medeiros, coordenadora do grupo.

Já os termos ”fuleragem” e “mixuruca”, segundo o grupo, evidenciam a busca de uma reflexão crítica sobre a seriedade creditada à arte nos dias atuais.

Participam do “Corpos Informáticos”, também, os artistas Alexandra Martins, Camila Soato, Diego Azambuja, Fernando Aquino, Jackson Marinho, Luara Learth, Maria Eugênia Matricardi, Mariana Brites, Márcio Mota e Mateus Costa

Sobre Alexandra Martins: Vive e trabalha em Brasília. É formada em Jornalismo pelo Centro Univesitário de Brasília. Integrante do grupo de pesquisa “Corpos Informáticos”, desenvolve pesquisa em fotografia, performance, intervenção urbana, tecnologia, edição de registros digitais. É finalista do Prêmio SESC de Fotografia em 2005, 2007, 2009 e 2010.

Sobre Camila Soato: Vive e trabalha em Brasília. Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes do Departamento de Artes Visuais na Universidade de Brasília. Mestranda, na linha de Poéticas Contemporâneas, na UnB. Integrante do grupo de pesquisa “Corpos Informáticos”, trabalha com idealização, desenvolvimento e realização de projetos culturais, voltados para performance, arte e tecnologia, edição de registros digitais, tais como vídeos e fotografias. Ganhou em 2010 Prêmio aquisição 16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos (Belém PA).

Sobre Diego Azambuja: Ator, diretor, performer e pesquisador das artes combinadas na Universidade de Brasília, onde concluiu o curso de Artes Cênicas, Bacharel em Interpretação Teatral e atualmente faz Mestrado o Instituto de Artes, na linha de pesquisa Arte e Tecnologia. Desde 2006 é integrante do grupo de pesquisa “Corpos Informáticos”. Artista multimídia, tem experiência na área de Artes Combinadas e linguagens híbridas, com ênfase no corpo e em artes performativas, atuando principalmente em direção e atuação teatral, performance, performance em telepresença, teatro e tecnologia, vídeos-arte, composição urbana, etc.

Sobre Fernando Aquino: Artista multimeios, pesquisador em arte e novas tecnologias, arte urbana e arte contemporânea. Bacharel em videoarte e Licenciado em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (2008/2009), mestrando em Arte/UnB. Membro do grupo de pesquisa “Corpos Informáticos” desde 2006 e do grupo “Tuttameia” (Márcio Mota e Fernando Aquino), onde já participou de diversos salões e exposições de arte, com destaque para o 61º Salão de Abril de Fortaleza. Tem experiência em programação visual, edição de vídeo, ilustração e diagramação eletrônica. Tabuletas.net

Sobre Jackson Marinho Vieira: Graduado e licenciado em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília em 2010, mestrando em Arte/UnB. Artista e pesquisador em mídias digitais, estuda linguagens voltadas à internet. Possui experiência em desenvolvimento de sites, transmissão webcast e videoconferência. Participa do grupo “Corpos Informáticos” desde 2009 e trabalha no Laboratório de Audiovisual do Vis/IdA/UnB. Atua em vídeo arte, instalações interativas, fotografia, performance, telepresença e desenvolvimento de web sites.

Sobre Luara Learth: Atriz, performer, dançarina. É graduanda em bacharelado de Artes Cênicas na Universidade de Brasília – UnB. Trabalhou em espetáculo dirigido por Márcia Duarte, “Danaides” da companhia baSiraH, cantora no grupo Sapabonde (espetáculos em São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, Brasília…).

Sobre Marcio Mota: Artista brasiliense multimídia, graduado e licenciado em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília em 2010, mestrando em Arte/UnB, desenvolve trabalhos poéticos nas áreas: videoarte, videoinstalação, performance, desenho, pintura e poesia. Na prática da fuleragem, desfruta abundância em grupo – “Corpos Informáticos” e “Tuttameia”. Com Fernando Aquino, trabalha com produção de trilha sonora e vídeo para grupos de teatro e dança. marciohmota.wordpress.com

Sobre Mariana Brites: Mariana Ramos Soub de Seixas Brites, 22 anos, mineira, é graduanda em bacharelado de Artes Cênicas na Universidade de Brasília – UnB. Desenvolve pesquisas em performances urbanas e teatro pós-dramático. Dentre os trabalhos já desenvolvidos destacam-se as performances “Pelada, pelada” com o coletivo Obs:cênicos, com o coletivo Projetiiinho realizou“Grande Experimento #2” no Performance, Corpo, Política e Tecnologia, organizado pelo “Corpos Informáticos”, ambas no ano de 2010.

Sobre Maria Beatriz de Medeiros (Bia Medeiros): Maria Beatriz de Medeiros possui doutorado em Arte e Ciências da Arte- Universite de Paris I (Pantheon-Sorbonne) (1989), pós-doutorado em Filosofia no Collège International de Philosophie, Paris (2000). Atualmente é professora associado 2 da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Visuais, atuando principalmente em arte contemporânea, arte e tecnologia, arte contemporânea, arte e performance, composição urbana. Coordenadora do grupo de pesquisa “Corpos Informáticos” desde 1992.

Sobre Maria Eugenia Matricardi: Maria Eugênia Lima Soares Trondoli Matricardi é graduanda em Artes Visuais na Universidade de Brasília- UnB com dupla habilitação; seu foco de pesquisa é a linguagem da performance: “Pintura Corporal de Guerra” premiada no I Salão Universitário de Arte Contemporânea da Universidade de Brasília; Em “Espelho D’água” na exposição Museu é o Mundo de Hélio Oiticica com curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cochiarelli e Wagner Barja; Performance “Luxo, Elegância e Sofisticação” com Luara Learth no evento Performance Corpo Política e Tecnologia, realização do grupo “Corpos Informáticos”. Atualmente desenvolve pesquisas em performance como bolsista do grupo “Corpos Informáticos”.

Sobre Mateus Costa: Graduando em Artes Visuais na Universidade de Brasília- UnB. Participou da performance “Encerando a chuva na seca com carro pipa!, Candagolândia, 2011.

SERVIÇO

Exposição Corpos Informáticos
Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011
Complexo Cultural Funarte São Paulo – Galeria Mario Schenberg

Alameda Nothmann 1058. Campos Elíseos. Tel: (11) 3662-5177

Vernissage e lançamento do livro “Corpos Informáticos: Performance, Corpo, Política”:
30 de novembro | Quarta, das 19h às 22h
Entrada franca

Visitação:
De 31 de novembro a 9 de janeiro de 2012 | Segunda a domingo, das 14h às 22h
Entrada franca

Palestra: Composição Urbana
1 de dezembro | Quinta, a partir das 19h

Com: Bia Medeiros, Diego Azambuja, Lilian Amaral e Priscila Arantes
Gratuita

Palestra: Performance
3 de dezembro | Sábado, a partir das 16h

Com: Bia Medeiros, Angélica de Moraes, Fernando Aquino e Lúcio Agra
Gratuita

Oficina: Performance
5, 6 e 7 de dezembro | Segunda a quarta, 19h

Com: Diego Azambuja
Público-alvo: artistas, estudantes (artes visuais, artes cênicas) e interessados em geral
Inscrições: mbmcorpos@gmail.com
Vagas: 30
Carga horária: 9 horas
Gratuita

Oficina: Composição Urbana
12, 13, 14 de dezembro | Segunda a quarta, 19h

Com: Fernando Aquino
Público-alvo:artistas, estudantes (artes visuais, artes cênicas) e interessados em geral
Inscrições: mbmcorpos@gmail.com
Vagas: 30
Carga horária: 9 horas
Gratuita

Re-vernissage
14 de dezembro | Quarta, 19h
Entrada franca

Mais informações: www.corpos.org

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