Pela primeira vez, um amplo processo de consulta, organizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, possibilitou a seleção de 40 compositores brasileiros para receber encomenda de obras inéditas, a serem apresentadas durante a XX Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Considerada a mais importante mostra de música erudita do país, a Bienal será realizada, em 2013, no Rio de Janeiro.
Para Antonio Grassi, presidente da Fundação, as obras inéditas encomendadas aos 40 compositores contribuem para valorizar a música erudita brasileira. “A Funarte irá selecionar também mais 30 obras, através do edital Prêmio Funarte de Música Clássica, que serão executadas na 20ª edição da Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em 2013. É mais uma grande iniciativa da instituição, no fomento à produção da música erudita da atualidade, revelando novos talentos”, afirma.
Para definir os contemplados, foram consultados 74 compositores que participaram de cinco ou mais bienais e oito regentes que dirigiram obras sinfônicas em duas ou mais edições do programa. Foram recebidas 67 respostas, cada uma indicando 10 nomes, num total de 670 votos. Os 40 compositores a serem premiados deveriam receber, no mínimo, cinco votos. Dos 43 que ganharam cinco ou mais votos, dois não aceitaram receber encomenda, o que possibilitou a subida de dois suplentes e obrigou a exclusão de um outro compositor, de acordo com o critério de menor idade.
O compositor mais votado foi Edino Krieger, com 21 votos. Os demais contemplados são: Ronaldo Miranda (20 votos); Guilherme Bauer (18 votos); Mario Ficarelli e Roberto Victorio (17 votos); Ricardo Tacuchian, Marisa Rezende e Pauxy Gentil-Nunes (16 votos); Jorge Antunes (14 votos); Paulo Costa Lima e Marcos Lucas (13 votos); Aylton Escobar (12 votos); Ernani Aguiar, João Guilherme Ripper e Alexandre Schubert (11 votos); Vania Dantas Leite, Marlos Nobre, Fernando Cerqueira, Caio Senna, Wellington Gomes, Flô Menezes, Liduino Pitombeira e Eli-Eri Moura (10 votos); Harry Crowl, Silvio Ferraz e Rodrigo Cicchelli Velloso (9 votos); Murillo Santos, Raul do Valle, Eduardo Guimarães Álvares e Tim Rescala (7 votos); Luiz Carlos Csekö, Tato Taborda, Alfredo Barros, José Orlando Alves, Jocy de Oliveira, Agnaldo Ribeiro, Dawid Korenchendler, Denise Garcia, José Augusto Mannis e Marcos Vinício Nogueira (5 votos).
As obras a serem encomendadas foram divididas em seis categorias; nas três últimas foi aceita a inclusão de música eletroacústica ou acusmática e do órgão de tubos Tamborini, da Escola de Música da UFRJ, a saber:
- orquestra sinfônica: quatro obras, com prêmios de R$ 30 mil
- orquestra de câmara: três obras, com prêmios de R$ 20 mil
- orquestra de cordas: três obras, com prêmios de R$ 15 mil
- conjuntos de três a cinco intérpretes: oito obras, com prêmios de R$ 12 mil
- coro ou conjunto de três a cinco intérpretes: onze obras, com prêmios de R$ 10 mil
- solos, duos e acusmática: onze obras, com prêmios de R$ 8 mil
A distribuição das categorias entre os compositores atendeu aos critérios de quantidade de votos e maior idade. Como Edino Krieger e Ernani Aguiar solicitaram mudança para outra categoria, a distribuição foi estabelecida da seguinte forma:
Orquestra sinfônica: Ronaldo Miranda; Guilherme Bauer, Mario Ficarelli e Roberto Victorio;
Orquestra de câmara: Ricardo Tacuchian, Marisa Resende e Pauxy Gentil-Nunes;
Orquestra de cordas: Jorge Antunes, Paulo Costa Lima e Marcos Lucas;
Conjunto de seis a dez intérpretes: Aylton Escobar, Ernani Aguiar, João Guilherme Riper, Alexandre Schubert, Vania Dantas Leite, Marlos Nobre, Fernando Cerqueira, Caio Senna e Wellington Gomes;
Conjunto de três a cinco intérpretes, com ou sem música eletroacústica: Ernani Aguiar, Flô Menezes, Liduino Pitombeira, Eli-Eri Moura, Harry Crowl, Silvio Ferraz, Rodrigo Cichelli Velloso, Murillo Santos, Raul do Valle, Eduardo Guimarães Álvares e Tim Rescala;
Solos e duos com ou sem música eletroacústica ou acusmática: Edino Krieger, Jamary de Oliveira, Luiz Carlos Csekö, Tato Taborda, Alfredo Barros, José Barros, José Orlando Alves, Jocy de Oliveira, Agnaldo Ribeiro, David Korenchendler, Denise Garcia, José Augusto Mannis e Marcos Vinício Nogueira.
Mais informações sobre a votação das encomendas
Quantidade de votos por compositor:
Cento e oitenta e um compositores foram votados para receber encomenda de obra, dos quais 78 receberam um voto; 34 receberam dois; 10 receberam três; 16 receberam quatro, 7 receberam cinco, 5 receberam seis, 4 receberam sete, 3 receberam oito, 7 receberam nove, um recebeu dez, 3 receberam 11, um recebeu doze, 2 receberam treze, 2 receberam catorze, 3 receberam 16, dois receberam 17 e outros três receberam 18, 20 e 21 votos.
Regentes que deram, cada um, 10 indicações para encomenda de obras: Alceo Bocchino, André Cardoso, Henrique Morelenbaum, Lutero Rodrigues, Piero Bastianelli, Ricardo Prado e Roberto Duarte.
Compositores que deram, cada um, 10 indicações para encomenda de obras: Agnaldo Ribeiro, Alexandre Schubert, Alfredo Barros, Antonio Jardim, Arthur Kampela, Aylton Escobar, Caio Senna, Carlos Almada, Celso Mojola, Chico Mello, Edino Krieger, Edmundo Villani-Cortes, Edson Zampronha, Eduardo Escalante, Eduardo Guimarães Álvares, Eli-Eri Moura, Ernani Aguiar, Ernst Mahle, Fernando Ariani, Fernando Cerqueira, Fernando Iazzetta, Gilberto Mendes, Guilherme Bauer, H. Dawid Korenchendler, Harry Crowl, João Guilherme Ripper, Jocy de Oliveira, Jorge Antunes, José Augusto Mannis, José Orlando Alves, Liduíno Pitombeira, Luiz Carlos Csekö, Marcelo Carneiro de Lima, Marcos Lucas, Marcos Nogueira, Marcus Barroso de Siqueira, Maria Helena Rosas Fernandes, Mario Ficarelli, Marisa Rezende, Murillo Santos, Neder José Nassaro, Nestor Hollanda de Cavalcanti, Paulo César Amorim Chagas, Paulo Costa Lima, Pauxy Gentil-Nunes, Pedro Augusto Dias, Raul do Valle, Ricardo Tacuchian, Roberto Victorio, Rodolfo Caesar, Rodolfo Coelho de Souza, Rodrigo Cicchelli Velloso, Ronaldo Miranda, Roseane Yampolschi, Sérgio di Sabbato, Sérgio Vasconcellos-Corrêa, Tato Taborda, Tereza Fagundes Lima, Tim Rescala e Wellington Gomes.