Criado pelo Comitê Internacional de Dança da Unesco, a data homenageia o nascimento do bailarino, professor e ensaísta francês Jean-Georges Noverre (1727 – 1810).
Para além da homenagem, a data propõe aos artistas contemporâneos uma profunda reflexão sobre o fazer artístico, valorizando a sua diversidade, realçando as suas especifidades, e reafirmando o entrelaçamento de suas linguagens.
A Coordenação de Dança da Funarte (Codança) deseja a todos — bailarinos, coreógrafos, diretores, iluminadores, cenógrafos, figurinistas, fotógrafos, gestores e produtores — que a data seja a celebração das nossas conquistas e a reafirmação dos nossos ideais.
O homenageado – O francês Jean-Georges Noverre (1727-1810) se destaca, na história da dança, por ter escrito “Letters sur la Danse”, um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, editado em 1760. Mais tarde, acrescentou à obra textos sobre música e um ensaio sobre a dança na antiguidade, além de texto sobre a arquitetura de uma sala de opéra e libretos. Em sua obra, decisiva para a dança teatral, o autor discute a dança em ação.
Noverre começou a dançar ainda adolescente, como aluno de Louis Dupré, na Académie Royale de Musique et Danse (futura Opéra de Paris). Sua estreia como bailarino foi na Opéra-Comique. Em Berlim, a serviço de Federico de Prússia, conviveu com famosos bailarinos como Jean Barthélémy Lany e com Barbarina Campanini. Em Paris, foi Mestre da Opéra-Comique, onde organizou, em variados gêneros, as danças da companhia, garantindo a bilheteria. Começou a ter sucesso com a criação do Balé Chinês.
O artista ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo, direcionado a resolver problemas na execução das obras. Através da pantomima, atribuiu expressividade aos trabalhos, utilizando mãos, braços e feições, para sensibilizar e emocionar. O coreógrafo sentia-se orgulhoso por simplificar as alegorias no figurino e exigir ação, mais movimento e expressão em cena.