Protótipos / Cortado

A artista visual Cristina Ribas expõe seu trabalho na Funarte MG, com a participação ativa do público visitante. A abertura acontece no dia 8 de maio de 2012, com um bate papo, que começa às 17 horas. A mostra segue em cartaz até o dia 7 de junho, e  o público confere ainda a exibição de dois filmes: no dia 16 de maio, às 19h, “Mãos sobre a cidade (Le mani sulla città), ficção de Francesco Rosi, 1963, Itália”; e, no dia 23 de maio, no mesmo horário, Berlin Babylon, documentário de Hubertus Siegert, 2001, Alemanha”.

A exposição Protótipos/cortado apresenta coleções de imagens de estudos dos espaços urbanos contemporâneos e suas transformações na forma de uma instalação como uma maquete ampliada. O público é convidado a participar realizando colagens compondo novos cenários de destruição e reconstrução usando fotografias realizadas e coletadas pela artista Cristina Ribas, que serão expostas junto à instalação.

A exposição cria um espaço relacional para conversas sobre a experiência da destruição e da reconstrução das cidades a partir na noção de protótipo. “Entende-se o protótipo como algo que é temporário, e não algo definitivo. Na exposição o público é convidado a criar seus próprios protótipos como modo de pensar a experiência urbana, território comum da vida na contemporaneidade. A exposição ela mesma também se coloca como um protótipo de reflexividades sobre o espaço urbano, e os aspectos subjetivos, políticos e econômicos que se desenvolvem, por isso são apresentadas uma maquete da exposição e a exposição como maquete”, explica a artista.

As fotografias apresentadas são de demolições em bairros regenerados da cidade de origem da artista, Porto Alegre; de Londres e outras cidades europeias registrandas em constante reconstrução; do atual Rio de Janeiro onde diversas casas são destruídas por projetos de reforma urbana; assim como imagens de arquivos de Guerra, bombardeios, destruições sumárias que apresentam como o aspecto econômico atua na reconstrução desses espaços.

Os trabalhos a serem apresentados são: “Lições de Arquitetura”, fotografia backlight ; “Maquete-ruína”, maquete com projeção de luz; “Anotações urbanas”, fotografia em diversas dimensões; “Protótipos/colagens”, colagens com o público, usado o arquivo de imagens da artista; “Maquete”, uma maquete da própria exposição; “Regeneração/Demolição”, quatro vídeos realizados em Londres de lugares em processos de demolição e reconstrução.

Colagens

Durante três dias por semana uma monitora realizará as colagens do público no local da Exposição. As colagens são incluídas na instalação. Os participantes também são convidados a trazer suas próprias imagens relacionadas a  construção/destruição. Algumas serão selecionadas para constarem no catálogo final da exposição.

Texto da artista (trecho)

“Há pouco mais de um ano resolvi voltar para algumas imagens que pareciam inócuas em meu arquivo pessoal de negativos. Cortei algumas imagens compondo novas situações. Desapego do retângulo, do registro da fotografia, e abertura para sua vulgaridade. As novas composições insistiam, contudo, em olhar novamente para uma realidade já conhecida: o desaparecimento paulatino de casas. A reestruturação da cidade em novas modulações. A emergência da

especulação imobiliária e sua intervenção sobre um tempo lento. Dos fragmentos começa a surgir um composto de imagens. O que será a próxima colagem? Que fotografias escolho? Que sobras de recorte? Essa elaboração é então compartilhada e convido participantes a realizarem colagens no ambiente da exposição.

O que você vê? Que relação você estabelece com estas imagens? Qual a procedência das imagens? Como escolhe as imagens? Como chegou a estas imagens? Desde quando um interesse por lugares destruídos toma o seu olhar? De que forma estas imagens lhe afetam?”.

Sobre a artista

Artista visual e pesquisadora. Foi Bolsista do primeiro programa de residências para artistas do Museu de Arte da Pampulha e esta é sua primeira exposição na cidade desde então. Cristina é Mestre em Processos Artísticos Contemporâneos, pela UERJ, 2008 (Rio de Janeiro, RJ). Como artista foi selecionada e recebeu prêmio em diversos editais. Recentemente: Bolsa Artist Links, British Council, São Paulo/Londres, 2009 e Prêmio Interações Estéticas, Funarte/MINC, 2008. Participa de eventos de arte contemporânea desde 2002, integrando exposições individuais e coletivas. Publica artigos em revistas acadêmicas e alternativas desde meados de 2004. Desenvolve o Desarquivo.org uma plataforma on line de pesquisa para práticas artísticas. O Arquivo/Desarquivo já foi apresentado em diversas instituições no Brasil (Museu da Maré, 2009, Centro Cultural São Paulo, 2008, Instituto Tomie Ohtake 2006, …). Organiza situações e projetos coletivos reunindo participantes artistas, pesquisadores, ativistas; projetos que tomam forma de exposições, residências artísticas entre outros. Entre eles recentemente o projeto Interações Florestais – Residência Terra UNA (edições 2008 e 2009); e Pedregulho Residência Artística, junto a Beatriz Lemos, premiado no Edital Arte e Patrimônio, Iphan/Ministério da Cultura, 2009. Colaboradora das Revistas Global e Lugar Comum (Rio de Janeiro). Cristina nasceu em São Borja, RS, 1980. Vive no Rio de Janeiro.

Serviço:

Exposição de Artes Visuais
Protótipos/cortado, de Cristina Ribas
Prêmio de Arte Contemporânea 2011 – Funarte MG
Abertura da exposição: 8 de maio de 2012
17h –  Conversa com a artista e convidados
Período da exposição: 8 de maio a 7 de junho de 2012
Horário de visitação: segunda a sexta, de 10h as 18h
Realização das colagens: quintas e sextas, das 14h às 18h
Projeção de filmes – 19h
16 de maio – Mãos sobre a cidade (Le mani sulla città), ficção de Francesco Rosi, 1963, Itália
23 de maio – Berlin Babylon, documentário de Hubertus Siegert, 2001, Alemanha

Local: Funarte MG, Rua Janurária, 68, Floresta, Belo Horizonte.

Contato
Cristina Ribas
crislaranjaribas@gmail.com
21. 8117 8937
http://azulejista.wordpress.com
Luísa Horta
luisa@yahoo.com.br
31. 85437338

Este projeto foi contemplado pela Funarte no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011 – Estação Funarte de Artes Visuais Belo Horizonte.

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