Yamandu Costa abre projeto ‘Musicafinidades’

Curadoria: Décio Teobaldo

Délcio Teobaldo foi convidado para elaborar o módulo “Inspiração Modernista”, que abriu a agenda do projeto “Musicafinidades”. Reconhecido especialista em culturas orais e rítmicas do país, o etnomusicólogo mostra, neste bloco, os diálogos entre a música instrumental e a obra de grandes pintores modernistas, como Portinari, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e outros. Participam deste bloco Yamandú Costa, Leo Gandelman, Victor Biglione e Marcel Powell, entre outros. Os músicos tocarão peças relacionadas a obras dos pintores e farão improvisos.

Sinopses dos shows

Dia 31 de maio -quinta-feira, às 18h30
Yamandu Costa e Guto Wirtti
O show de abertura do “Musicafinidades” reuniu Yamandu Costa e Guto Wirtti, dois gaúchos, com muitas semelhanças: começaram bem jovens na musica; têm as mesmas influências regionais; são amigos e parceiros em várias composições. Mas, ao mesmo tempo, têm identidades musicais marcantes e diferentes. Yamandu é considerado um dos maiores talentos do violão brasileiro e referência mundial na interpretação da nossa música, que ele domina e recria a cada performance. Sua criatividade musical se desenvolve livremente, sobre técnica aprimorada. O músico explora as possibilidades do violão de sete cordas, enquanto renova antigos temas e apresenta composições próprias, em performance sempre apaixonada, que contagia o público. Guto Wirtti optou pelo contrabaixo acústico. Mas também é arranjador. Ele começou a tocar aos 13 anos, no Rio Grande do Sul. Mora no Rio desde 2003 e, desde então, apresenta-se com grandes artistas, como Arismar do Espírito Santo, Joel Nascimento, Gabriel Grossi, Celso Fonsceca, Luis Melodia, Milton Nascimento, João Donato, Paula Morelembaum, Leo Gandelman e Kiko Continentino.

No show, os artistas tocaram músicas compostas em parcerias e individualmente, e relembraram os tangos, milongas, chamamés, choro e outros ritmos mais.

Dia 6 de junho, quarta-feira, às 12h30
Marcel Powell

Entrada franca
Marcel vem tocando seu violão em apresentações, em vários países, e busca os caminhos percorridos pelos grandes mestres da música brasileira. Participou dos DVDs de vários nomes de peso da MPB, como Diogo Nogueira, Bossa Cuca Nova e Billy Blanco, entre outros. Apresentou-se com ícones, como Toquinho, Leny Andrade, Alcione, Maria Bethânia e Adriana Calcanhoto.Repertório: trilha, feita especialmente para os quadros de Di Cavalcanti, e músicas do próximo disco do músico, “Tempo Livre”: “Vento Vadio”. “Chora Violão” e “Tributo ao Meira” (Baden Powell), “Manhã de Carnaval” (Luis Bonfá e Anônio Maria), “Essa Mulher” (Joyce/Ana Terra), “Cry me a river” (Arthur Hamilton), “Gente Humilde” (Garoto/Chico Buarque e Vinícius de Morais), e o Pout- pourri: “Último Desejo” (Noel Rosa), “Samba do Avião” (Tom Jobim), “Berimbau” (Baden Powell e Vinícius de Morais).

Dia 6 de junho, quarta-feira, às 18h 30
Leo Gandelman e Maria Teresa Madeira

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada)

Um dos mais celebrados instrumentistas do Brasil, o saxofonista Leo Gandelman alcançou uma condição rara: é aplaudido pelo grande público, jovem e pop, e também pelos fãs de MPB. Fartamente premiado como compositor, arranjador e intérprete, Leo Gandelman se apresenta ao lado de outro nome expressivo da nossa música, com quem realiza um intenso trabalho, nos últimos tempos: a pianista Maria Teresa Madeira. Ela já tocou em duo com o clarinetista Paulo Sergio Santos, com o flautista Altamiro Carrilho, com o gaitista Rildo Hora, com o bandolinista Pedro Amorim, e com o baterista Oscar Bolão, entre outros músicos renomados.
Repertório: composições de Villa-Lobos (“Quatro Canções da Floresta do Amazonas” e “Trenzinho Caipira”), Ernesto Nazaré (“Brejeiro”), Chiquinha Gonzaga (“Corta Jaca”, em parceria com Gaúcho) e Radamés Gnattali (“Brasiliana #7”, “Valsa Triste” e Bate Papo”.

Dia 8 de junho, sexta-feira, às 18h30
Ciranda de Tarituba

Entrada franca
O Grupo de Danças Folclóricas de Tarituba, mais conhecido como Ciranda de Tarituba, foi fundado pelo saudoso Mestre Chiquinho e moradores mais antigos do povoado caiçara de Tarituba, em Paraty, no sul fluminense. O Grupo tem como objetivo divulgar e perpetuar as danças tradicionais e a cultura centenária do povo daquele lugar. Todo esse trabalho de disseminação cultural culminou com o Ponto de Cultura Escola Ciranda de Tarituba, sob a tutela da Secretaria Estadual de Cultura e apoio do Ministério da Cultura – Governo Federal.
Repertório: Ciranda, Tontinha, Caboclo Velho, Caranguejo, Arara, Chapéu, Cana Verde, Chiba Cateretê, entre outras danças e ritmos tradicionais.