Duas exposições serão inauguradas nesta quinta-feira, 18 de outubro, no Complexo Cultural Funarte Brasília: Ser, paisagem, que reúne trabalhos de Chico Amaral, Gê Orthof, Karina Dias e Regina de Paula e ocupa a Galeria Fayga Ostrower, e Linhas e Lugares à Espera, de Rogério Severo, instalada na Marquise. Este artista também lança o catálogo de sua mostra e conversa com o público no dia 24 de novembro, sábado. As exposições poderão ser visitadas até 26 de novembro de 2012.
Ser, paisagem – Os artistas Chico Amaral, Gê Orthof, Karina Dias e Regina de Paula abordam a relação entre a paisagem e o sujeito, ampliando o caráter tradicional da noção de paisagem. Eles questionam a relação com os espaços que os envolvem, desvelando as inúmeras possibilidades de “ser, paisagem”. Karina Dias assina a curadoria com Graça Ramos. Ao pensar a paisagem, elas propõem uma reflexão que, tradicionalmente, compreende um lugar, um olhar e uma imagem e é animada por sentimentos humanos. Por isso, a escolha de linguagens distintas e diferentes suportes e meios de expressão que apontam para maneiras de habitar poeticamente o mundo.
O artista Chico Amaral sugere, por meio de fotografias, vídeo e instalação, o lugar de encontro entre sujeito e mundo como a construção de um jogo entre o eu e o outro. Discute a relação do autorretrato como paisagem dinâmica e objeto do olhar alheio. Com o auxílio da escultura e da ilustração, Gê Orthof utiliza o papel em suas várias dimensões para compor aquarelas e apresentar objetos industrializados de pequenos formatos.
Karina Dias investiga a experiência da paisagem no cotidiano, realça detalhes corriqueiros que se tornariam invisíveis aos nossos olhos por serem vistos continuamente. Por outro lado, Regina de Paula apresenta um tratado elementar de arquitetura, que tem como núcleo um livro-objeto composto por intervenções de desenhos ‘colados’. Assim, os artistas utilizam variados instrumentos para a leitura da paisagem como um lugar sempre em construção, um espaço do vir-a-ser.
Linhas e Lugares à Espera – A instalação de Rogério Severo remete a um desenho. Na estrutura feita com lâmina de aço tensionada com fios de nylon, ele utiliza materiais como pedaços de vigas de aço e restos de fundição para dar aideia de uma canoa ancorada em uma margem. De acordo com o artista, o desenho, ao ser posto em outro espaço que não a folha de papel, ganha um novo olhar. “O papel é plano, tem limites. Quando construo esse desenho em um local em que posso circundá-lo, vê-lo por outros ângulos e com dimensões, consigo enxergar através dele”, explica.
Para o curador da mostra Linhas e Lugares à Espera, Flavio Gonçalves, um desenho é capaz de construir percursos e territórios, nomear geografias e cidades. Ele se constrói através da inscrição gráfica; uma ação que deve ser entendida aqui na sua mais ampla acepção, como escritura no mundo, como fundação. A referência ao desenho reafirma a relação dialética entre linha e plano de fundo. Ao instalar suas linhas, tencionando um conjunto de estruturas, o artista transforma a unidade do espaço, criando interrupções e intervalos.
Serviço:
Abertura: 18 de Outubro, 5ª feira, às 19h
Visitação: 19 de outubro a 26 de novembro de 2012, de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h
Local: Complexo Cultural Funarte. Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
Ser, paisagem
Projeto contemplado pela Funarte no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise
Chico Amaral, Gê Orthof, Karina Dias e Regina de Paula
Curadoria: Karina Dias e Graça Ramos
Local: Galeria Fayga Ostrower
Linhas e Lugares à Espera
Projeto contemplado pela Funarte no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise
Rogério Severo
Curadoria: Flavio Gonçalves
Local: Marquise
Lançamento do catálogo e conversa com o artista: 24 de novembro, sábado, às 10h30
Informações
Funarte: (61) 3322-2076 / (61) 3322-2029 – visuaisbsb@funarte.gov.br – www.funarte.gov.br