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Com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy, e do presidente da Funarte, Antonio Grassi, foi aberta, no dia 17 de novembro, em Lisboa, a exposição Azul dos Ventos. A mostra, que reúne obras do artista brasileiro Artur Bispo do Rosário, esteve no Victoria & Albert Museum, em Londres, de agosto a outubro, e é uma das muitas atrações do Ano do Brasil em Portugal.
Os 83 trabalhos que integram a mostra reúnem as principais características do trabalho de Bispo do Rosário, que passou 50 anos internado na Colônia Juliano Moreira, hospital psiquiátrico localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e lá criou seu ateliê. Estandartes, roupas, barcos a vela, tacos de golfe, raquetes de tênis, argolas de ginástica, além de outros objetos mostram a poética da junção de materiais descartados, empregados pelo artista na forma de bordados, consertos, sobreposições, escritas e desenhos.
A exposição, que passou por Londres durante as Olímpíadas 2012, tem o apoio da Fundação Nacional de Artes – Funarte e da Caixa Econômica Federal. Para o presidente da Fundação, Antonio Grassi, que é também o Comissário-Geral do Ano do Brasil em Portugal, “a escolha de Arthur Bispo do Rosário como um dos representantes das artes brasileiras na programação deste importante evento em Portugal é não só motivo de orgulho, mas também o reconhecimento de seu talento e genialidade. O artista, que se dizia um escolhido de Deus, buscava, através de suas criações lúdicas, uma fuga para as inquietações.”
O curador Wilson Lazaro, do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, que funciona dentro da Colônia Juliana Moreira, explica que o conjunto de obras de Azul dos Ventos foi selecionado por sua representatividade dentro de um universo de 804 trabalhos deixados pelo artista.
A exposição Azul dos Ventos fica aberta ao público português, no Museu da Cidade, em Lisboa, até o dia 3 de fevereiro de 2013, com entrada franca.
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