Praça da Bandeira, no Rio, tem noite de festa na reabertura da Escola Nacional de Circo

Descerramento da placa de inauguracão da Escola Nacional de Circo. Com secretaria de Estado de Cultura Adriana Rattes, ministra da Cultura Marta Suplicy e presidente da Funarte, Antonio Grassi. Foto Sebastião Castellano

Uma noite para ficar na história do circo. Essa é uma das melhores definições para a festa de reabertura da Escola Nacional de Circo, da Fundação Nacional de Artes e mantida pelo Ministério da Cultura. O evento foi realizado no dia 17 de dezembro, a partir das 19h, com a apresentação de artistas circenses em diversas modalidades, como acrobacias de solo e aéreas, malabarismo, equilíbrio, dentre outras. O clima circense estava por todos os lados, desde a decoração, as apresentações dos alunos até a ambientação do espaço com barraquinhas de pipoca, cachorro-quente e maçã do amor. A ministra da Cultura, Marta Suplicy; o presidente da Funarte, Antonio Grassi; a secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes – representando o governador Sérgio Cabral; o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim e o diretor da ENC, Zezo Oliveira, dentre outras autoridades prestigiaram o evento, que também festejou o aniversário de 30 anos da Escola e, ainda, a formatura dos alunos da turma de 2012.

O público se encantou com a apresentação do espetáculo Cine Circo, que fez referência aos sucessos do cinema que tiveram o circo como tema, dramatizado pelos 17 formandos com técnicas circenses de arame alto, acrobacias e práticas de trapézio. Bastante emocionado com a reabertura da ENC, o anfitrião da noite,  o diretor Zezo Oliveira,  a todo momento fazia alusão ao trabalho de todos os profissionais envolvidos nessa conquista e às novas instalações da Escola, comparáveis a instituições circenses de padrão internacional.

O presidente da Funarte, Antonio Grassi, destacou sua alegria em participar de mais este importante momento da Escola Nacional de Circo: “É uma emoção muito grande fazer parte dessa reinauguração. Gostaria de agradecer a todas as autoridades presentes, a toda equipe do circo, como o diretor Zezo, os professores, os alunos, todos os artistas e profissionais envolvidos nessa ação e, ainda, a todos os amantes da arte circense. Em 1982, eu tive o privilégio de estar na plateia prestigiando o primeiro espetáculo da Escola. A instituição realiza um importante trabalho de formação e fornece para o Brasil e para o mundo grandes artistas”. E ressaltou: “A Escola Nacional de Circo promove integração com as outras artes, como: dança, música, teatro e cinema. Sejam bem-vindos ao Circo! Feliz Ano Novo! Viva o Circo!”.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, e a secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, foram agraciadas com troféu confeccionado pelo artista plástico Diogo Monteiro . “É uma alegria enorme estar aqui hoje. O circo contagia as pessoas de todas as idades e classes sociais. Traz alegria e uma convivência tão gostosa, que todos querem ver o palhaço e o trapézio, por exemplo”, salientou a ministra. Marta Suplicy contou que, em conversa com um dos formandos da Escola, ouviu dele que ‘valeu cada minuto’ do tempo em que passou na instituição. A ministra também conclui sua fala dando ‘vivas’ ao circo.  Adriana Rattes ressaltou a importância da Escola e o apoio na continuidade dessa trajetória de sucesso: “É muito importante que a Escola tenha tido esse reconhecimento e tenha um espaço como esse para trabalhar. Os próximos anos serão importantes para construirmos a história da arte circense no Brasil“.

Antes da cerimônia, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, a secretária de Cultura, Adriana Rattes, e o presidente da Fundação Nacional das Artes – Funarte, Antonio Grassi, descerraram a placa de reinauguração e conheceram as novas dependências da instituição. Durante a visita, o presidente da Funarte e o diretor da ENC, explicaram os planos da Escola para 2013.

Outras personalidades também estiveram no evento de reabertura da Escola Nacional de Circo, como Marcelo Velloso, chefe da Representação Regional do MinC; Júlio Lopes, secretário de Estado de Transportes do Rio de Janeiro; Cristina Lodi, superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro; o ator Marcos Frota, ex-aluno da Escola Nacional de Circo. A Funarte também esteve representada pela diretora executiva, Myriam Lewin; a diretora do Centro de Programas Integrados, Ana Claudia Souza; o coordenador de Circo, Marcos Teixeira; a coordenadora de Teatro, Heloisa Vinadé; o coordenador de Dança, Fabiano Carneiro;  o coordenador de Música Erudita, Flávio Silva; Camilla Pereira, coordenadora de Comunicação, e muitos outros de seus servidores.

Sobre a ENC – Depois de três anos no pátio da Estação de Ferro Leopoldina, em Santo Cristo, Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Circo volta para a Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade. Em 2009, havia deixado o terreno que sempre ocupou, em função das obras de expansão do metrô na região. O local é ponto tradicional de armação de circos, desde o século XIX. Após a obra realizada com investimentos do Governo do Estado, a ENC ganhou instalações ampliadas em até três vezes. Ao se estabelecer como legítimo espaço cultural e pedagógico direcionado ao circo, a Escola Nacional de Circo cria meios de preservar e difundir a tradição milenar dessa arte. Aberta à reflexão e à experimentação, contribui também para a renovação das linguagens circenses. A Escola está sob a responsabilidade do Centro de Artes Cênicas da Funarte.

Referência no ensino de arte circense e única escola diretamente mantida pelo Ministério da Cultura, a ENC foi criada pelo trapezista Luiz Olimecha e por Orlando Miranda, e completa 30 anos em 2012. Fazem parte do corpo docente da Escola profissionais com mais de 30 anos de carreira. Lá são realizados cursos regulares de formação e reciclagem de artistas, cuja admissão é por edital público. Jovens a partir dos 14 anos podem fazer a prova para ingressar na Escola, onde aprendem acrobacias de solo (saltos e cama elástica), aérea (trapézio e bambu e outras), equilíbrio (arame, monociclo e perna-de-pau), malabarismo, entre outras técnicas.