Funarte lamenta a morte da atriz Lídia Mattos

Aos 88 anos, vítima de pneumonia, faleceu a atriz Lídia Mattos, na madrugada de hoje, 22 de janeiro, no Hospital Espanhol, Centro do Rio de Janeiro. Ela se tratava de uma pneumonia.

A carioca Lídia Mattos, foi sucesso no rádio, no teatro, no cinema e na televisão. Nasceu no dia 10 de outubro de 1924. Começou sua carreira como atriz de rádio-novelas e cantora, na antiga Rádio Guanabara. Casou-se com o ator e escritor Urbano Lóes, que conheceu na Rádio Mayrink Veiga. Seu trabalho em teatro começou logo depois. Nos anos 1950, trabalhou em “Vidigal” e “Divórcio, o cupim da Sociedade” e em muitos outros espetáculos.

Com extensa carreira na TV, Lídia Mattos trabalhou em novelas importantes, de 1971 a 1966, tais como “O Homem que Deve Morrer” e “Selva de Pedra” (na qual foi Vivi) ambas de Janete Clair; “O Bem Amado”, de dias Gomes (em que viveu Carola Paraguaçu, filha de Odorico – Paulo Gracindo). Na novela “Plumas e Paetês”, foi Zenaide; em “Brilhante”, Nilza; em Champanhe, Carlota; em “A Próxima Vítima”, Diva, entre tantas outras. Atuou ainda na minissérie “O Primo Basílio” (Senhoria), entre tantos outros trabalhos em televisão.

Nascida em família de artistas, Lídia teve quatro filhos. Dilma Lóes, sua filha, é atriz, produtora, roteirista e cineasta; a neta de Lídia é Vanessa Lóes, também atriz.

Desde o início do seu trabalho na TV ao vivo, nos anos 1950, atuou na antiga TV Tupi, em programas como “Eles estão em casa”, protagonizado por ela e Urbano Lóes, com todos os filhos do casal no elenco. “Muitos pensavam que era de verdade, que era gravado na casa dos atores”, comentou a atriz. Também marcaram sua carreira o “Rio cinco pras cinco”, na TV Rio (variedades), o “Boliche Royal” – que oferecia prêmios e “É Proibido Falar”, programa de mímica, ambos na Tupi. Segundo Lídia, muitas idéias para estes programas eram de Urbano.

Foi expressiva a participação da atriz no cinema, onde estreou, em 1939, em “Aves sem Ninho”, de Raul Roulien. Nos anos 40 e 50, trabalhou em obras de cineastas como Moacyr Fenelon, Carlos Hugo Christensen e Eurípedes Ramos. Foi uma das musas de Humberto Mauro, tendo atuado em duas obras do pioneiro do cinema nacional: “Argila” (1940) e “O Despertar da Redentora” (1942). Trabalhou em 18 filmes, entre eles “O Coronel e o Lobisomem (1979) e “Dedé Mamata” e “A Menina do Lado” (anos 1980). No Festival de Gramado de 2000, ganhou o prêmio de Melhor atriz coadjuvante, por “Eu Não Conhecia Tururu”, de Florinda Bolkan.

*Este texto contém algumas informações do site http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com