O circo comanda o espetáculo, no “Dulcina em Cena”

Em fevereiro, o palco do Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, se amplia, abrindo espaço para a peça O destino das flores, com o grupo Os Circondríacos. De 20 a 27 de fevereiro, às quartas-feiras, o espetáculo põe em discussão temas como sexualidade, amor, relações de poder e princípios ético-filosóficos nas relações humanas. Assim, o trapézio, acrobacias e malabarismos vão construindo e contando um dia na vida de um escritor atormentado por suas ideias. O destino das flores fica em cartaz até 6 de março.

O Cabaré Dulcina segue, de sexta a domingo, contando os eventos históricos que transformaram a Praça Onze, no Rio. O espetáculo começa no início do século XX com a reurbanização da área, a partir do primeiro “bota-abaixo” de casas e prédios que deslocou a população para o Morro da Favela, a primeira favela da cidade. A peça fala também do nascimento do choro, do maxixe, do samba e da construção das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, entre outros acontecimentos.

Para as crianças, o Dulcina em Cena continua com as apresentações de Pano de Roda, nas tardes de sábados e domingos. O espetáculo homenageia o popular circo brasileiro que, sem recursos para manter uma estrutura de lona, utilizava um tecido – batizado “tomara que não chova!” – para circundar as arquibancadas. A montagem traz esquetes tradicionais, baseados nos ensinamentos de mestre Zezito, o palhaço Pitomba.

O poeta de Vila Isabel, Noel Rosa, é lembrado no musical Noel, o Feitiço da Vila, que estreia no dia 1º de março. Encenado por um grupo de treze atores e três músicos que interpretam, cantam e dançam, o espetáculo resgata a história do compositor Noel Rosa, um dos maiores da música popular brasileira. Autor de rica e vasta obra – compôs cerca de 200 músicas – Noel, que tocava bandolim e violão, é o personagem da peça que narra fatos históricos e culturais, que influenciaram a música brasileira.

Pequenas peças, com a Cia da Ideia, que mergulha no universo feminino a partir da obra de Clarice Lispector; e Batalha do 1 Real, que foca no sucesso de músicos em destaque na atualidade, também integram a programação de março.

Confira a programação.

FEVEREIRO

Cabaré Dulcina
De 1º a 24 de fevereiro
Sexta a domingo, às 19h

Não haverá espetáculo nos dias 8,9 e 10 de fevereiro

O musical usa a linguagem de um cabaré para contar eventos históricos que transformaram a Praça Onze, no Rio. O espetáculo começa no início do século XX com a reurbanização da área, que vem a ser o primeiro “bota-abaixo” de casas e prédios que deslocou a população para o Morro da Favela, a primeira favela da cidade.

A peça inclui o nascimento do choro, do maxixe, do samba, da construção das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Também são contadas e cantadas a Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, a comunidade judaica, as polacas, a pequena África e a casa de Tia Ciata. Toda a história é permeada pelas músicas de Gabriel Moura, compostas especialmente para a montagem.

Cabaré Dulcina reflete a pluralidade da região, misturando atores jovens e velhos, novatos e profissionais, músicos, cantores, mágicos, bailarinos e sambistas, numa aproximação da diversidade cultural que marcou uma época. O espetáculo aborda o assunto da perspectiva do povo e sua reação a todas essas transformações.

Ficha técnica:
Supervisão: Antonio Pedro Borges
Direção: Vilma Melo e Édio Nunes
Direção musical e composição: Gabriel Moura
Elenco: André Locatelli, Andrea Bordadagua, Charles Fernandes, Francisco Salgado, Marcelo Capobiango, Mauro Lima, Milton Filho, Patrícia Costa, Patrícia Ferrer, Thiago Pach, Val Perré, Wanderley Gomes e Cyda Moreno como “Cafetina Dolores”.
Coro: Andrea Rangel, Berenice Moreno, Luiz Claudio Canaan, Mariana Paes, Melissa Euqueres, Mônica Lucia Flôres, Teresa Tostes, Vera Luz e Wanderson Luna.
Atores convidados: Andrea Bordadagua, Charles Fernandes, Cyda Morenix, Francisco Salgado, Marcelo Capobianco, Milton Filho, Patrícia Costa, Patrícia Ferrer, Thiago Pach, Val Perré e Wanderley Gomes.
Iluminação: Anderson Ratto e Binho Schaefer
Supervisão de cenário e figurino: Claudio Tovar
Cenário: Flavia Gilly e Felipe Ballesteiro Pereira Tomaz
Músicos: Nelson Freitas (piano), Ralphen Rocca (violão), Rodrigo Ferreira (baixo), Michel Nascimento (Bateria) e Humberto Araújo (saxofone)
Produção: Bianca Siqueira
Ass. Produção: Berenice Moreno

Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

Pano de Roda
De 2 de fevereiro a 10 de março
Sábados e domingos, 16h

Não haverá espetáculo nos dias 9, 10, 16 e 17 de fevereiro.

Pano de Roda é uma homenagem ao popular circo brasileiro que, sem recursos para ter manter uma estrutura de lona, utilizava um tecido para circundar as arquibancadas, pano este batizado “tomara que não chova!”, um recurso circense tipicamente brasileiro. A montagem traz esquetes tradicionais, em uma atmosfera lúdica e poética, baseados nos ensinamentos do mestre Zezito, o palhaço Pitomba, profissional que teve grande influência na formação dos palhaços da Cia Carroça de Mamulengos.

A Carroça de Mamulengos pretende realizar uma turnê itinerante com o espetáculo, na sua tradição de andarilhos. O grupo trabalha há mais de 35 anos pela preservação dos elementos que caracterizam as festas e folguedos brasileiros, apresentando espetáculos, autos e cortejos tradicionais do nordeste, em diversas regiões do país.

Ficha técnica:
Concepção, direção, dramaturgia, roteiro, bonecos, cenários e figurinos: Cia Carroça de Mamulengos
Direção musical: Beto Lemos
Atores brincantes: Schirley França, Francisco Gomide, Elen Carvalho, João Gomide, Matheus Gomide, Pedro Gomide, Isabel Gomide e Luzia Gomide Músicos em cena: Beto Lemos e Maria Gomide
Iluminação: Aurélio De Simoni
Cenografia: Carlos Alberto Nunes e Fernando Mello
Figurinos: Carlos Alberto Nunes
Produção executiva: Augusto Oliveira
Direção de produção: Sergio Saboya

O destino das flores
De 20 de fevereiro a 6 de março
Quartas, às 19h
Com Os Circondríacos

O espetáculo, voltado a questões adultas, põe em discussão temas como a sexualidade, o amor, as relações de poder e os princípios ético-filosóficos nas relações humanas.

O destino das flores conta um dia na vida de um escritor atormentado por suas ideias, envolto em situações que o fazem transgredir as fronteiras da lucidez. Isolado em seu escritório e mergulhado no ambiente onírico de suas lembranças, ele confunde o real e o imaginário, tornando as personagens do seu subconsciente em seres reais que o transformam, pouco a pouco, em um escravo de seu próprio mundo.

O circo, o trapézio, contorção, equilíbrio, duo acrobático e malabarismo transformam os espectadores em testemunhas oculares dos julgamentos, preconceitos e conflitos, presentes na trama de uma forma singular e fascinante. Uma poesia declamada através da arte circense com o diferencial artístico de colocar a acrobacia a serviço da história e construir um teatro onde o corpo diz tanto quanto as palavras.

O destino das flores é um espetáculo franco-brasileiro criado pelo grupo Circondríacos, em 2011, e produzido em parceira com a Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro e o CREAC – ARCHAOS (França).

Ficha técnica:
Direção – Raquel Rache de Andrade
Com Bruno Careiro, Guilherme Mouro e Patrícia de Sousa
Cenário e figurino – Tamara Torres
Roteiro – Bruno Carneiro
Vídeo maker – Tamara Torres

Classificação etária: 16 anos

Mistura e Manda
De 21 a 28 de fevereiro
Quintas, às 19h
Com a Cia Aérea de Dança

A coreografia de João Carlos Ramos mira nos passos certeiros e desequilibrados do samba para tentar explicar a alegria contida numa roda de samba ou num salão de gafieira. A inspiração na música do maestro Paulo Moura levou João a misturar ritmo, dança e música para organizar suas idéias em torno da criação de Mistura e Manda.

O espetáculo traz ao palco do Teatro Dulcina a irreverência dos malandros cariocas e a galhardia dos salões de gafieira, expressões de tempos mais românticos temperadas por uma interpretação atual e bem humorada.

Ficha Técnica:
Direção e coreografia – João Carlos Ramos
Músicas – Zeca Freitas, Severino Araújo, K-Ximbinho, Dorival Caymi, Gilberto  Gil, Didi Maestrinho, Pixinguinha e Paulo Moura.
Músicas, arranjos e interpretação – Paulo Moura
Iluminação – Renato Machado
Direção de Projeção de Imagens – Daniel Souza
Imagens Projeção – Wolnei Macena, André Gardemberg e Alex Almeida
Coreografia Cochichando – Jorge Henrique e Luís Senseve
Dançarinos – Fábio Pergentino, João Carlos Ramos, Jorge Henrique, Luana Bezerra, Mariah Luna, Michelle Reis, Paula Souza e Wallace Araújo.

Tempo de duração: 55 minutos
Classificação: livre

MARÇO

Batalha do 1 Real
De 6 a 27 de março
Quartas, às 19h

A Batalha do Real se mistura à trajetória de sucesso de muitos músicos em destaque na cena atual. No palco, talentos de antes e de agora. O mesmo público que hoje vai aos shows e entoa as músicas dos rappers, esteve nas batalhas como juiz, consagrando novos MC´s que terão seus sucessos entoados pela multidão. Alguns grupos se formaram no ambiente dessas batalhas, talentos reconhecidos pelo grande público que cantaram seus primeiros refrões nos palcos da Brutal, no Rio, em São Paulo e pelo Brasil afora. Batalha do 1 Real se abre para gente nova, que chega reunindo a prata da casa em dia de celebração. DJ, solta o beat!

Pequenas peças
De 14 a 28 de março
Quintas, às 19h
Com a Cia da Ideia

“Minha alma mora em um lugar onde o tempo é lento. Meu corpo mora em um lugar onde o tempo é vento.”
Os contos de Clarice Lispector contam segredos que não se vê. Inspirado na obra da escritora, o espetáculo mergulha no universo feminino, revelando delicadamente os desejos, anseios e medos, mas também os prazeres, a fecundidade e a força de ser mulher.

Ficha técnica:
Coreografia – Sueli Guerra
Direção – Sueli Guerra e Alessandro Brandão
Textos – Renata Mizrahi
Dramaturgia – Alessandro Brandão e Sueli Guerra
Intérpretes criadores – Carolina Dworschak,  Olivia Vivone, Edynei  DConti, Sueli Guerra e Flora Bulcão
Figurino – Mardem Junior
Direção teatral – Alessandro Brandão e Sueli Guerra
Trilha original – Marcos Souza e Rodrigo Russano
Iluminação – Francisco Rocha
Fotografia, arte gráfica e vídeo – Renato Mangolin
Colaboradores – Claudia Canarim, Daniel Moragas, Gisele Alvim, Jean Gama, Priscila Vidca, Renato Cabral, Samuel Frare e Thiago Sancho
Direção de produção – Robert Litig
Realização – Cia da Ideia e Ana Carbatti Produções e Artes

Noel, o Feitiço da Vila
De 1º a 31 de março

Sextas a domingos, às 19h

Espetáculo musical encenado por um grupo de treze atores e três músicos que interpretam, cantam e dançam. A peça resgata a história de um dos maiores artistas do Brasil, o compositor Noel Rosa, contando fatos históricos e culturais que influenciaram para sempre a música brasileira, tornando o espetáculo uma deliciosa e imperdível viagem a esse momento musicalmente tão rico de nossa cultura.

Ficha técnica:
Texto – Andréia Fernandes
Direção geral – Édio Nunes e Jorge Luis Cardoso
Direção musical – Wladimir Pinheiro
Com Aline Carrocino, Ana Carolina Rainha, Anna Claudiah Vidal, Arthur Rozas, Carla Verônica, Clara Santhana, Diogo Hudson, Gabriel Titan, Igor Tadeu,João Paulo Malvar, Patricia Costa, Pedro Arrais e Rodrigo França.
Duração: 60 minutos
Classificação etária:

Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17
Centro (Metrô – Estação Cinelândia)
Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2240-4879

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