Ivone Hoffmann é a mãe judia de A Carpa, peça apresentada de sexta a domingo, no Teatro Dulcina, na Cinelândia, centro do Rio. Em cartaz até 28 de abril, o texto premiado pela Funarte em 2004 integra a programação do projeto Dulcina Abre o Pano, que ocupa o teatro no mês de abril, trazendo também os espetáculos Primeiro Amor e Moi Lui, com Ana Kfouri, às quartas e quintas. Para o público infanto-juvenil, o Dulcina selecionou Cabeça de Vento, aos sábados e domingos. Duas oficinas para atores e diretores e bailarinos completam os eventos de abril.
Após as temporadas no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Caxias do Sul, Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, onde foi vista por mais de 23 mil pessoas, A Carpa chega ao Teatro Dulcina, depois da apresentação na Mostra de Teatro Petrobras Distribuidora de Cultura, no Rio. Na montagem, a veterana Ivone Hoffmann divide o palco com Anna Cotrim para tratar do confronto de gerações, tendo como pano de fundo a Páscoa judaica. As duas atrizes, como mãe e filha, se revezam em quatro papéis, em duas épocas e em países diferentes, Brasil e Rússia. A Carpa tem apresentação de sexta a domingo, às 19h. O próximo palco a ser ocupado pela peça será em São Paulo.
Atriz e diretora, Ana Kfouri estrela os espetáculos Primeiro Amor e Moi Lui, às quartas e quintas, às 19h, até 2 de maio. Com texto de Samuel Beckett, Primeiro Amor fala do encontro de um homem pela primeira vez com esse sentimento. A outra peça narra as aventuras e desventuras de Molloy na busca pela própria mãe. Os dois espetáculos contam com a presença de espectadores no placo, em número limitado.
A montagem Cabeça de Vento vai levar o público infanto-juvenil a um mergulho na História da humanidade. Ao ganhar de presente um livro que pertenceu ao seu pai, Léo, um menino de oito anos, entra em contato com três diferentes personalidades, que mudaram o curso da História: o cientista e inventor norte-americano Benjamin Franklin, a guerreira e rainha chinesa Fu Hao, e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra. Cabeça de Vento tem apresentações aos sábados e domingos, às 16h, até o dia 5 de maio.
Neste mês de abril, o Teatro Dulcina oferece também duas oficinas: Oficina Teórico Prática para Atores e Diretores, com Antonio Guedes e Instrumento Corpo, ministrada por Márcia Rubin. Para participar, os interessados devem entrar em contato pelo endereço eletrônico oficinanodulcina@gmail.com.
DULCINA ABRE O PANO
Confira a programação.
Horário Nobre – Sexta a domingo, 19h
Até 28 de abril
A Carpa
Uma celebração de Pessach, a Páscoa judaica, é o pano de fundo para esse confronto de gerações. Mãe e filha, judias, em épocas diferentes, discutem suas posições e seus pontos de vista em relação, entre outras coisas, ao mundo em que estão vivendo, à religião e ao amor. Tentando explicar como a tradição passa de uma geração para outra, A Carpa traz para o palco as visões de mundo de mãe e filha. Ivone Hoffmann e Anna Cotrim se revezam em quatro papéis, em duas épocas e em países diferentes, Brasil e Rússia. Uma mãe que ainda carrega dentro de si o seu país e as tradições dos guetos e uma filha aculturada, que se casou com um “não judeu”.
Com direção de Ary Coslov, a ação transcorre em um único dia, véspera de Pessach, a páscoa judaica. Em torno da feitura do peixe tradicional, mãe e filha confrontam com humor amargo suas visões de mundo. Em uma cozinha, a mãe, cheia de certezas e valores imutáveis, e a filha, na corda bamba entre o que lhe foi legado e o mundo em que vive, têm que descobrir um afeto que, apesar de todas as diferenças, existe adormecido entre as duas.
Ficha técnica:
Texto – Denise Crispun e Melanie Dimantas
Direção – Ary Coslov
Com Ivone Hoffmann e Anna Cotrim
Classificação: 10 anos
Horário Alternativo – Quarta e quinta, 19h
Até 18 de abril
Primeiro Amor
Atriz e diretora, Ana Kfouri mergulha no universo de Samuel Beckett para contar uma história de amor. A peça, que recebe 35 pessoas da plateia no palco, fala do encontro de um homem, pela primeira vez, com tal sentimento.
Ficha técnica:
Texto – Samuel Beckett
Tradução – Célia Euvaldo
Concepção – Antonio Guedes
Com Ana Kfouri
Classificação: 14 anos
De 24 de abril a 2 de maio
Moi Lui
No palco, duas personagens: um narrador, chamado A, e outro, chamado Molloy. Molloy parte em busca de sua mãe, numa travessia cheia de aventuras e desventuras. Sua procura pela mãe também pode ser entendida como um pretexto para prosseguir e narrar a própria história. A platéia – 35 pessoas – estará no palco.
Ficha técnica:
Concepção, direção e dramaturgia – Isabel Cavalcanti
Com Ana Kfouri
Classificação: 14 anos
Horário Infanto-Juvenil – Sábado e domingo, 16h
Cabeça de Vento
Até 5 de maio
Léo é um menino de oito anos, apaixonado por pipas, brincadeira/ofício que aprendeu com seu pai, falecido há pouco. Ao ganhar de presente um livro que pertenceu a ele, Léo faz um mergulho na História, entrando em contato com três diferentes personalidades que, a seu tempo e a seu modo, marcaram a História da humanidade: o cientista e inventor norte-americano Benjamin Franklin, a guerreira e rainha chinesa Fu Hao, e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra.
Ficha técnica:
Texto e direção – Cleiton Echeveste
Produção – Pandorga Companhia de Teatro
Classificação: livre
Ingressos:
Horários adultos R$ 20 e R$ 10 (meia)
Horário infanto-juvenil R$ 10 e R$ 5 (meia)
OFICINAS
Oficina Teórico Prática para Atores e Diretores
Dias 18 e 19 de abril, das 15h às 18h
Ministrada por Antonio Guedes
Turma de 20 alunos
Seleção através de currículo e carta de intenção
Esta oficina irá oferecer a atores e diretores subsídios para identificar as tendências que o teatro contemporâneo elege, levando em consideração que o pensamento na arte se manifesta na forma que cada obra apresenta. Através do trabalho prático sobre o texto Carícias, de Sergi Belbel, será feita a construção de cenas, buscando identificar o discurso que a estrutura narrativa desta peça engendra.
A oficina tem duas partes:
– a primeira, teórica, com 3 horas de duração
- § discussão, a partir de pinturas e de vídeos de peças de vários estilos, das motivações que levaram o artista àquelas formas.
– a segunda, prática, com 9 horas de duração
- § experimentação, cenicamente, das ideias presentes no texto de Sergi Belbel.
Instrumento Corpo
Dias 17 e 24 de abril, das 15 às 17h30
Ministrada por Márcia Rubin
A oficina destina-se a bailarinos, atores e estudantes interessados em investigar as possibilidades expressivas do corpo em movimento. Tem como principal proposta investigar as possibilidades expressivas do corpo em cena.
Os participantes partirão de um trabalho físico focado no entendimento da relação espaço-tempo, para chegar à relação palavra-movimento, onde o corpo pode se apresentar como uma estrutura potente, em diálogo direto com o texto, o pensamento e a imaginação, norteado pela pesquisa de Harmonia Espacial, desenvolvida por Rudolf Laban.
O trabalho físico realizado é fundamentado nos princípios do estudo de Harmonia Espacial, de Rudolf Laban e no método de Consciência pelo Movimento, de Angel e Klauss Vianna.
Temas abordados:
Conexões corporais e espaciais; tridimensionalidade do corpo e do espaço; do movimento à palavra; da palavra ao movimento.
Inscrições:
oficinanodulcina@gmail.com
Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro
(Metrô – Estação Cinelândia)
Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2240-4879
Projeto contemplado com o Edital de Ocupação do Teatro Dulcina 2013