O cantor e compositor Hildemar Diniz, o Monarco, é o convidado do Conjunto Época de Ouro, na próxima segunda, dia 27, às 17h, na Sala Funarte Sidney Miller, no Centro do Rio. O show é transmitido, ao vivo, pela Rádio Nacional AM (1.130KHz) e tem entrada gratuita. A apresentação semanal do Época de Ouro faz parte do projeto “Música na Cidade”, realizado pela Funarte. O programa é apresentado por Cristiano Menezes e tem a duração de 2h.
Sobre Monarco
Hildemar Diniz nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Cavalcanti, e foi criado em Oswaldo Cruz, onde frequentava as rodas de samba. Lá conheceu alguns bambas da Portela, como Paulo da Portela. Recebeu o apelido de Monarco aos seis anos de idade e aos onze já compunha seus primeiros sambas para blocos do subúrbio.
Em 1950, ingressou na Ala de Compositores da Portela, tendo como padrinho e grande incentivador, o compositor Alcides Malandro Histórico, de quem tornou-se um dos principais parceiros. Em meados dos anos 40, ingressou no Bloco Primavera. O músico, que também toca cavaquinho e percussão,
atuou como diretor de harmonia da Portela. Monarco conciliava
a carreira artística, trabalhando como guardador de carros, feirante e contínuo.
Em 1988, lançou um disco pela Funarte em homenagem ao seu parceiro e compositor Candeia que completava 10 anos de falecido. A composição Portela é uma família reunida, da parceria de ambos, foi incluída no LP. Em 2002, foi lançado o livro Velhas histórias, memórias futuras, da Editora UERJ , de autoria de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências ao compositor. Em 2003, Monarco foi o vencedor do festival Fábrica do Samba, com a composição Coração feliz, em parceria com Mauro Diniz. Neste mesmo ano, o grupo Revelação, no disco Samba de Raiz 3, regravou Coração em desalinho, com créditos de Monarco e Ratinho. No mesmo ano, Monarco participou do CD Um ser de luz – saudação à Clara Nunes, lançado pela gravadora Deck Disc, no qual interpretou com a Velha-Guarda da Portela a faixa Peixe com coco, de autoria de Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco.
Ainda no ano de 2003, o disco Uma história do samba foi lançado no Brasil pela gravadora Rob Digital. Em 2004, participou do disco de Tia Surica, interpretando em dueto com a pastora, a faixa Ditado certo, de sua autoria, composta em 1952 e nunca gravada. Em 2004, foi lançada sua biografia pela Coleção Perfis do Rio, da Editora Relume – Dumará/RioArte, escrita pelo cavaquinista Henrique Cazes. Em 2005, foi homenageado como enredo do G.R.E.S. Unidos do Jacarezinho, classificando a Escola no 10º lugar do Grupo de Acesso B. No mesmo ano, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em homenagem aos seus 72 anos de vida e mais de meio século dedicado à música brasileira em especial, ao samba.
Em 2012, participou do projeto Samba & Outras Coisas, realizado pelos produtores Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito, no Teatro Sesi Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Apresentou-se na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, para a gravação do DVD Família Diniz – um coração azul e branco, unindo três gerações da família Diniz, seus filhos Mauro e Marquinhos e sua neta Juliana. O show contou a participação de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e seu filho Arlindinho, Dorina e a Velha Guarda da Portela. A música Família Diniz, de Mauro Diniz, abriu o show, cujo repertório incluiu também a inédita Flores em vida, que Marquinhos compôs em sua homenagem. O filho Mauro Diniz, é arranjador e cavaquinista, além de compositor de sucessos gravados por intérpretes da MPB. A neta, Juliana Diniz, filha de Mauro Diniz, é atriz e cantora com disco solo. Marcos Diniz, seu outro filho, além de compositor de sucessos, faz parte do Trio Calafrio.
Em 2013, participou do show em comemoração aos seis anos do programa Samba Social Clube, da Rádio MPB FM, realizado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. O show contou com a regência do maestro Paulão Sete Cordas e com a participação de artistas como Arlindo Cruz, Almir Guineto, Xande de Pilares, Diogo Nogueira, entre outros.
Sobre o Conjunto Época de Ouro
O grupo teve grande importância no chamado movimento de resistência do choro, na década de 1960, quando a bossa nova reinava quase absoluta no cenário musical brasileiro. Com o falecimento de seu fundador, Jacob do Bandolim, em agosto de 1969, alguns compromissos foram adiados e o conjunto somente retomou suas atividades em 1973, a convite de Paulinho da Viola, para participar do espetáculo Sarau, no Teatro da Lagoa. Foi desta experiência que surgiu o Clube do Choro, idealizado por Paulinho da Viola e Sérgio Cabral, e todo um movimento no país em busca de dar maior visibilidade ao choro.
Atualmente, o Conjunto é formado por Jorginho do Pandeiro (diretor musical), Jorge Filho (cavaquinho), Ronaldo do Bandolim, Antônio Rocha (flauta), Toni Sete Cordas (violão de sete cordas) e André Belieni (violão).
Toda segunda-feira, das 17h às 19h, a Sala Funarte Sidney Miller recebe o Época de Ouro e seus convidados, para o programa da Rádio Nacional, aberto ao público e com entrada franca. A utilização do espaço resulta de uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes e a EBC – Empresa Brasil de Comunicação. Antes, o show era transmitido do auditório da Rádio Nacional, que atualmente passa por reforma. Foi no prédio da emissora, na Praça Mauá, Centro do Rio, que muitos talentos da música brasileira, hoje nomes famosos, foram revelados.
Projeto Música na Cidade – Programa Época de Ouro
O Conjunto Época de Ouro recebe o cantor e compositor Monarco
Dia 27 de maio de 2013, segunda-feira, das 17h às 19h
Apresentação gratuita
Classificação: 12 anos
Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, 16, Centro – Palácio Gustavo Capanema – Rio de Janeiro (RJ)
Convites na bilheteria, a partir das 15h
Tel. (21) 2279-8087
Realização: Rádio Nacional AM – RJ (EBC)
Transmissão ao vivo do programa pela Rádio – 1.130KHz
Parceria: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Mais informações
Centro da Música/Funarte
Tel.: (21) 2279-8601