O Projeto Artes Cênicas – Pesquisa e Diversidade, contemplado no Edital de Ocupação do Teatro Funarte Plínio Marcos /2013, oferece atrações até novembro. Além dos festivais, o projeto reúne 14 grupos brasileiros, de quatro regiões do país, uma artista africana, e um japonês. Eles foram selecionados por desenvolverem pesquisas em circo, dança e teatro. Espetáculos, oficinas, debates e curso de empreendedorismo criativo estão na agenda.
Contemplado no Edital de Ocupação do Teatro Funarte Plínio Marcos /2013 – espaço situado no Complexo Cultural Funarte Brasília (DF) – o projeto Artes Cênicas – Pesquisa e Diversidade apresenta, de maio a novembro, um conjunto de festivais e mostras de espetáculos, oficinas, e bate-papos, com artistas e grupos que desenvolvem uma pesquisa continuada em circo, dança e teatro. Também está programado um curso de oito meses para formação de produtores, com foco na economia criativa.
A II Mostra Internacional de Mímica, de 17 a 26 de maio é um dos seis eventos, que marcam o calendário do DF. Entre eles estão mais três programações internacionais, como o Cena Contemporânea; o Festival Internacional de Bonecos; e o SESC FestClown – Festival Internacional de Palhaços; além do Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro e da Mostra Zezito de Circo. O projeto realiza também uma mostra à parte, com 14 grupos brasileiros e dois internacionais – um africano e um japonês. A mostra tem o objetivo de apresentar um recorte da produção recente nas artes cênicas brasileiras, além de ampliar o dialogo sobre projetos, entre os artistas e produtores de Brasília e os de outras regiões.
Sete coletivos representam a cena brasiliense na mostra do projeto. Três companhias vêm do Rio de janeiro; uma de São Paulo; uma da Bahia, uma do Amazonas; e uma de Minas Gerais. Da Guiné, África, a cantora e bailarina Fanta Konaté, filha de um dos maiores mestres percussionista da África, Famoudou Konatê, traz o espetáculo Donabá. A artista é acompanhada pela Troupe Djembedon, que utiliza multimídia para criar ambientes e para temas de cada canção.
Entre os grupos brasilienses estão a Trupe de Argonautas, com espetáculos que mesclam dança, teatro e linguagens circenses; e a Cia. Nós No Bambu, que faz dança acrobática sobre artefatos feitos com este material. Do Rio de Janeiro, a Cia. Quem é Esse Cara? Inclui o espetáculo Obsessão, indicado ao Prêmio Shell – 2012 nas categorias melhor autor e melhor diretor; e a Cia. Holos de Dança, apresenta Tessitura, um trabalho cadeirantes, com proposta inclusiva. De São Paulo, a dançarina e performer Emilie Sugai encena seu mais recente trabalho, com pesquisa na linguagem Butoh, Lunaris; e o show musical infantil Pequeno Cidadão é oferecido pela Diletto Produções.
A Bahia comparece com dois premiados espetáculos, protagonizados por Fábio Vidal, da Companhia Território Sirius. O Amazonas tem como representante a Cia. Cacos de Teatro (Manaus), com criações que extrapolam os limites entre a performance e o espetáculo. Minas Gerais participa com o espetáculo Discurso do Coração Infartado – direção e dramaturgia de Silvana Stein e de Ricardo Alves Júnior.
Cláudio Chinaski, produtor cultural e curador do projeto, realizado pela Rosa dos Ventos Artes do Imaginário, comenta: “Nossa responsabilidade não é com o espetaculoso, mas sim com a linguagem, o estudo, a pesquisa e o desenvolvimento da linguagem, possibilitando que artistas e público se encontrem para além dos ditames do mercado”.
Outras companhias brasilienses são: o grupo Virtù – Confraria Teatral, que leva dois espetáculos, um deles inédito; o grupo Mirabolantes, com Kanta – O Chamado da Deusa, uma performance que mescla teatro, dança, música e circo contemporâneo; Rodrigo Fischer, que apresenta o espetáculo Sexton, após temporadas de sucesso nos CCBB’s Brasília e Rio; além de seis montagens infanto-juvenis, do Hierofante Cia. de Teatro e do Teatro Sem Esquinas, com entrada franca para alunos da rede pública de ensino.
Rodrigo dos Santos, do Rio de Janeiro, encena o monólogo O Subterrâneo Jogo do Espírito, inspirado livremente em passagens da vida do nigeriano Fela Kuti, músico e ativista político que criou um movimento cultural Afrobeat.
No encerramento, em novembro, o projeto traz o mais importante nome do Butoh contemporâneo, o ator e bailarino japonês Atsushi Takenouchi. Com seu Jinen Butoh, ele trará a última produção de sua companhia e uma oficina de três semanas, que resultará na montagem e apresentação de um espetáculo.
Além destas atividades, o projeto inclui um curso de oito meses de duração, voltado para o empreendedorismo criativo, voltado para a formação de produtores. O objetivo do curso é fortalecer a economia criativa no DF, estimulando o empreendedorismo e o profissionalismo no setor. “Optamos por um curso de empreendedorismo criativo porque ele é mais amplo que o cultural, já que nele podemos agregar publicidade, tecnologia, gastronomia e designer, entre outras áreas”, diz Karita Pascollato, coordenadora do projeto e curadora do curso.
“Além dos eventos já programados, outros ainda podem vir a se somar ao nosso projeto… Tentamos garantir a continuidade dos festivais já abraçados há anos pela Funarte, bem como ao trabalho realizado pelas produções anteriores”, completa Stéffanie Oliveira, produtora executiva do projeto e presidente da Rosa dos Ventos.
Complexo Cultural Funarte Brasília
Teatro Funarte Plínio Marcos
Endereço: Eixo Monumental Setor de Divulgação Cultural – Lote II (entre a Torre de TV e o Clube do Choro)
Brasília (DF)
Tels.: (61) 3322-2076 e (61) 3223-2025
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