O cantor, compositor e professor de literatura Agenor de Oliveira é o convidado do show com o Época de Ouro, na segunda-feira, 29 de julho, às 17h, na Sala Funarte Sidney Miller, Centro do Rio. Com entrada gratuita, a apresentação semanal do grupo faz parte do projeto Música na Cidade, realizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, através do seu Centro da Música. O Programa Época de Ouro é transmitido ao vivo pela Rádio Nacional AM (1.130KHz).
Toda segunda-feira, das 17h às 19h, a Sala Funarte Sidney Miller recebe o Época de Ouro e seus convidados, para o programa da Rádio Nacional, apresentado por Cristiano Menezes, sempre com entrada franca. A utilização do espaço resulta de uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Antes, a atração era transmitida do auditório da Rádio Nacional, que atualmente passa por reforma. Foi no prédio da emissora, na Praça Mauá, Centro do Rio, que muitos talentos da música brasileira, hoje nomes famosos, foram revelados.
Sobre o convidado
Agenor de Oliveira é cantor, compositor, produtor musical e professor de teoria da literatura. Nasceu no Rio de Janeiro, ao lado da Escola de Samba União de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Filho de pai músico amador e mãe cantora, aprendeu a tocar violão com o pai, enquanto a mãe cantava nos programas de auditório da Rádio Mayrink Veiga. Aos 10 anos foi fundador do bloco infantil, Unidos de Tróia. Adolescente, formou o seu primeiro conjunto de baile, Os Cínicos. O repertório era tudo o que na época fosse considerado dançante, dos Beatles a Lupicínio Rodrigues. Por ter crescido nas vizinhanças de Madureira, aprendeu samba na Portela e no Império Serrano. Seu coração ficou dividido entre as duas escolas, mas acabou optando pelo Império e hoje faz parte da ala de compositores.
Agenor ouvia Mário Reis na infância e herdou o seu registro vocal e a forma de cantar, “lisa e sem vibratos”. Ainda criança, conheceu a música de Paulinho da Viola, que por acaso, frequentava a sua rua, para jogar futebol. No curso primário, tornou-se amigo e colega de classe do violonista Guinga, e na juventude, tornou-se parceiro de Moacyr Luz, que produziu o primeiro disco do cantor, Cabeças (1983). Em 1997, lançou Agenor de Oliveira canta Noel, CD no qual desenvolveu trabalho de interpretação, baseado na valorização da palavra e do universo poético de Noel Rosa. O disco, com arranjos de Roberto Araújo, contou com as presenças luxuosas de Gilson Peranzzetta e Mauro Senise.
Em 2003, lançou o CD Bafafá, trabalho autoral independente, marcado por arranjos originais, em que o som mais tradicional do samba é evocado, se ouvindo também bandolins e acordeões, ao lado dos clássicos violões e cavaquinhos. São 14 faixas com a direção musical de Rogério Souza, violonista do Nó em Pingo d’Água, parcerias com Wanderley Monteiro e Zé Luiz, do Império Serrano e a participação de músicos como Ronaldo do Bandolim e Eduardo Neves.
Agenor de Oliveira tem músicas gravadas por Beth Carvalho, Delcio Carvalho, Nelson Sargento, Wanderlei Monteiro, Sérgio Souto, Rodrigo Lessa, Nilze Carvalho, dentre outros. No exterior, foi gravado por Mio Matsuda e Sarha (Japão), Paulinho Lemos (Espanha/Portugal) e Maruça Rodrigues (Itália). Agenor é sempre acompanhado por músicos brasileiros e apresenta-se em shows, teatros e casas noturnas no Brasil e no exterior, divulgando clássicos do samba e composições próprias.
Desde abril de 2007, Agenor de Oliveira apresenta, semanalmente, dois programas na Rádio Roquete Pinto FM, do Rio de Janeiro. Música no ar, com o parceiro Nelson Sargento, além do seu próprio programa Música em 3 tempos. No primeiro semestre de 2010, apresentou-se em shows promovidos pela Prefeitura do Rio, no Terreirão do Samba e nos Arcos da Lapa; no Teatro Municipal de Florianópolis e no Viradão Musical, em São Paulo. Em setembro, fez nova turnê na França, apresentando-se em casas noturnas de Paris e Troyes. Em 2012, voltou ao RioScenarium, ao lado de Wanderley Monteiro, Toninho Geraes, Almir Guineto e Paulão 7 cordas, dentre outros. Tem se apresentado também em Brasília, no Feitiço Mineiro e no bar Maracanã.
Sobre o Época de Ouro
Formado no Rio de Janeiro, o Conjunto Época de Ouro teve grande importância no chamado “movimento de resistência do choro”, na década de 1960, quando a bossa nova reinava quase absoluta no cenário musical brasileiro. Com o falecimento de seu fundador, Jacob do Bandolim, em agosto de 1969, alguns dos compromissos do Conjunto foram adiados. Ele somente retomou suas atividades em 1973, a convite de Paulinho da Viola, para participar do espetáculo Sarau, na Zona Sul carioca. Foi desta experiência que surgiu o Clube do Choro, idealizado por Paulinho da Viola e Sérgio Cabral, juntamente com todo um movimento no país, com o objetivo de dar maior visibilidade ao choro.
Atualmente, o Conjunto é formado por Jorginho do Pandeiro (diretor musical), Jorge Filho (cavaquinho), Ronaldo do Bandolim, Antônio Rocha (flauta), Toni Sete Cordas (violão de sete cordas) e André Belieni (violão). No repertório do grupo estão as músicas: No bar do Osvaldo, Bagaço e Vidas Maltraçadas, de Dante Santoro; Minha vez, de Pixinguinha; Noite sem lua, de Antonio Rocha; Aquele Chorinho, de Luiz Gonzaga; A Deusa da Minha Rua, de Newton Teixeira; Despertar da Montanha, de Eduardo Souto; Modinha, de Sérgio Bittencourt; Receita de Samba, Graúna e Porque Sonhar, de Jacob do Bandolim.
Projeto Música na Cidade – Programa Época de Ouro
Conjunto Época de Ouro recebe o cantor e compositor Agenor de Oliveira
Dia 29 de julho, segunda-feira, das 17h às 19h
Apresentação gratuita
Convites na bilheteria, a partir das 15h
Classificação: 12 anos
Realização: Rádio Nacional AM – RJ (Empresa Brasil de Comunicação – EBC)
Parceria: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Mais informações:
Funarte/Centro da Música: (21) 2279-8601
(21) 2279-8087 (Bilheteria)
(21) 2279-8104 (Sala Funarte)