‘Discurso do Coração Infartado’ faz curta temporada, em Brasília

Discurso do Coração Infartado tem curta temporada, de 2 a 4 de agosto, no Teatro Plínio Marcos, na capital federal. O espetáculo convida o público a observar momentos de angústia e de conflitos existenciais vividos por um velho sozinho em seu apartamento.  O espaço da Funarte, em Brasília, apresenta também Fina Flor Divino Amor – Iyabá Legba Hei!, de 9 a 11, que aborda o tema das Pombas Giras, mergulhando na sua relação com a dança e o gestual.

Contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, Discurso do Coração Infartado dá espaço a Horácio, um cômico que sempre desejou ser ator dramático, e que tem uma noite de insônia desencadeada pelo conflito entre a fragilidade de seu corpo e a força e profundidade do “Hamlet”, de William Shakespeare.

A dramaturgia e a montagem do espetáculo são resultado do encontro entre as experiências dos dois realizadores: Silvana Stein, com seu teatro físico construindo uma personagem humana que se debate entre vida/morte e a fantasmagoria proposta em Hamlet, e do cinema de Ricardo Alves Jr, que explora a presença do ator como dramaturgia de cena, da temporalidade das ações e a construção de um teatro imagético e sonoro. Discurso do Coração Infartado tem apresentações na sexta e no sábado, às 21h, e no domingo, às 20h.

Em seguida, o universo das Pombas Giras toma conta do palco do Plínio Marcos em Fina Flor Divino Amor – Iyabá Legba Hei!, do dia 9 ao dia 11 de agosto. Vivências e extensa pesquisa em 20 Terreiros de Umbanda, realizadas pela diretora e pela intérprete em São Paulo e Brasília, deram fundamento a essa obra de dança-teatro, desenvolvida pelo Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) que traz como tema as Pombas Giras. Conteúdos trabalhados exaustivamente em laboratórios de criação, que se estenderam por um período de nove meses, lançam um olhar particular sobre o feminino, com dramaturgia e estética oriundas da cultura popular brasileira.

“Tratamos de Pomba Gira no sentido do feminino encarnado; mulher forte e guerreira, que acolhe todas as mulheres sem distinção, recebendo em seus braços as suas dores e os seus anseios, gerando uma força carregada de eletricidade”, conta Larissa Turtelli, bailarina, pesquisadora e intérprete do espetáculo. A peça será apresentada na sexta e no sábado, às 21h, e no domingo, às 20h.

Também em Brasília, no Complexo Cultural Funarte, o público poderá assistir ao espetáculo Godô Chegô!, da Cia. Viçeras, nos dias 16, 17 e 18. O texto Esperando Godot, de Samuel Beckett, foi o ponto de partida da peça, passando pelos processos de criação colaborativa e técnica de colagem. O trabalho também estabelece conexões com obras como Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, e Medéia Zona Morta, do Teatro Invertido.

A personagem central de Godô Chegô! é Diana, que lida ora com a perda da memória, ora com as lembranças turvas de tudo que viveu. A solidão leva-a a materializar as personagens que compõem a trama. Assim, aparece Estrela. As duas vivem juntas em meio ao lixo e esperam que alguém finalmente lhes traga Godô. Durante a espera, elas são surpreendidas pela chegada de El Original, um ator decadente e megalomaníaco que carrega pela coleira sua misteriosa serviçal: A Noiva

O espetáculo tem ainda dois personagens de caráter performático: O Diretor, que transforma a cena enquanto ela acontece, de acordo com as reações dos espectadores presentes; e A Espectadora, uma atriz que questiona o que se passa em cena. A cenografia foi toda concebida a partir da reutilização de materiais descartados e sucatas, que compõem o espaço de uma casa. A peça transpõe a intimidade de um lar para as ruas, criando, ao ar livre, uma relação intimista com a plateia.

Godô Chegô! tem entrada franca, e fica em cartaz de 6 a 18 de agosto, de sexta a domingo, às 17h30.

Confira abaixo a programação.

Discurso do Coração Infartado
De 2 a 4 de agosto
Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h

Horácio, um cômico que sempre desejou ser ator dramático, tem uma noite de insônia desencadeada pelo conflito entre a fragilidade de seu corpo e a força e profundidade do “Hamlet”, de William Shakespeare.

Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Ricardo Alves Jr e Silvana Stein
Atuação: Silvana Stein
Iluminação: Leonardo Pavanello
Figurino e cenografia: Tereza Bruzzi e Ricardo Alves Jr
Desenho sonoro e edição de áudio: Felipe Zenícola
Preparação vocal: Flávia Betti
Preparação clownesca e bufonesca: Adelvane Néia
Produção executiva: Marcelo Veronez
Realização: Entre Filmes

Duração: 50min
Classificação: 12 anos

Fina Flor Divino Amor – Iyabá Legba Hei!
De 9 a 11 de agosto
Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h


Eu sou Mulher. Eu sou Padilha. Eu sou faceira.
Se alguém me pergunta o nome
Eu digo que sou filha de uma guerreira.
Iyabá Legba Hei!

Obra de dança-teatro, desenvolvida pelo Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) que traz como tema as Pombas Giras. Conteúdos trabalhados exaustivamente em laboratórios de criação, lançam um olhar particular sobre o feminino, com dramaturgia e estética oriundas da cultura popular brasileira.

Ficha técnica:
Núcleo BPI – Pesquisa e Criação em Dança
Bailarina-pesquisadora-intérprete: Larissa Turtelli
Direção: Graziela Rodrigues
Concepção e roteiro: Graziela Rodrigues e Larissa Turtelli
Intérpretes das projeções em vídeo: Danielli Mendes, Elisa Costa, Larissa Turtelli e Nara Cálipo
Fotos do espetáculo: Andressa Coutinho e Débora Branco
Confecção dos figurinos: Atelier Kátia Riccardi
Produção cultural: Graziela Rodrigues, Larissa Turtelli e Mariana Floriano

Duração: 45min
Classificação: 12 anos

Godô Chegô!
De 16 a 18 de agosto
Sexta, sábado e domingo, às 17h30

Encenação e atuação passeiam por linguagens do teatro performativo, o depoimento pessoal, o clown e o realismo. Além de dramaturgia original, a peça tem sonoplastia exclusiva.
A dramaturgia de Godô Chegô! partiu de Esperando Godot, de Samuel Beckett, passando pelos processos de criação colaborativa e técnica de colagem. Também estabelece conexões com peças como Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, e Medéia Zona Morta, do Teatro Invertido.

Área Externa do Complexo Cultural da Funarte
Duração: 60min
Classificação: Livre
Entrada Franca

Teatro Plínio Marcos
Eixo Monumental – Setor de Divulgação Cultural – Lote II (entre a Torre de TV e o Clube do Choro)
Brasília – DF
(61) 3322-2076
(61) 3223-2025

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *