Ciclo de Leituras Dramáticas da Funarte apresenta Júlio irá voar
A leitura dramática da peça Júlio irá voar, de Carlos Correia Santos, será apresentada na Sala Funarte Sidney Miller – Centro do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro, terça-feira, às 18h30. O texto é uma releitura poética dos principais acontecimentos da vida do inventor paraense Júlio Cezar Ribeiro de Souza, um dos mais importantes nomes da história da navegação aérea brasileira. Baseada em fatos reais, a obra cria um ambiente mágico, para contar os dramas e vitórias do protagonista. É a vencedora do Prêmio Funarte de Dramaturgia 2004 – Categoria Adulto – Região Norte. O autor é natural do Pará. A direção é de José Mauro Brant. A apresentação integra o Ciclo de Leituras Dramáticas da Funarte, oferecido ao público toda terça-feira, com entrada franca.
A trama mostra Júlio Cezar Ribeiro em busca do grande objetivo de sua vida: descobrir o segredo da dirigibilidade aérea. Ao longo desta jornada, o inventor é guiado por quatro seres fantásticos: o Anjo do Sonho, o Anjo das Idéias, o Anjo da Verdade e o Anjo da Loucura. O vulto histórico também é acompanhado pela intrigante figura de Hermes, que o aconselha e incentiva. Ao final da aventura, é ele quem provará o quanto a Eternidade busca voar, juntamente com os ousados.
Além de ganhar o Prêmio Funarte, o texto foi habilitado a disputar o Prêmio de Dramaturgia Antônio José da Silva, realizado pela Fundação e pelo e Instituto Camões (Portugal). A peça foi encenada pelo Grupo de Teatro Palha, de Belém (PA). Em 2006, teve sua primeira temporada na capital do Pará.
Sobre o diretor – Em atividade no teatro profissional desde 1988, José Mauro Brant participou, como ator, de mais de 70 produções. Trabalhou com diretores como Gerald Thomas, Ítalo Rossi, Werner Herzog e Aderbal Freire Filho. É presença constante em musicais brasileiros, como: Jacinta de Newton Moreno, Aderbal Freira Filho e Branco Mello; Marlene Dietrich – As Pernas do século; A Aurora da Minha Vida – Um Musical Brasileiro; Theatro Musical Brazileiro I, II e III, de Luiz Antonio Martinez Corrêa; O Baile, de José Possi Neto; Pianíssimo, de Tim Rescala; Metralha, com Diogo Villela; Dolores, com Soraya Ravenle; e Um Dia Muito Louco, dirigido por Ítalo Rossi. Em 1997, ganhou o prêmio Ministério da Cultura Troféu Mambembe – Melhor Ator. Idealizou e produziu os espetáculos: Era uma vez… Grimm (ganhador do prêmio APTR 2012 – Melhor música -Tim Rescala); Saber viver nos dias que correm, de Clarice Lispector e Caio Fernado Abreu (2009); A Viagem Grandota (2010); Contando Machado de Assis (2008); Contos, Cantos e Acalantos (prêmios Tim de Música e Rival Petrobras, pelo CD); e Federico García Lorca – pequeno poema infinito, indicado para o prêmio Shell 2007 – Melhor ator. Sua empresa, a Belazarte Realizações Artísticas, foi contemplada pela Funarte no Edital de ocupação do Teatro Dulcina 2013, com o projeto Dulcina Abre o Pano, do qual também curador. A programação prossegue até dezembro.
Sobre o autor – Carlos Correia Santos é um dos mais premiados e reconhecidos escritores da Amazônia, atualmente. Poeta, contista, cronista, dramaturgo, roteirista e romancista, é vencedor do Prêmio Haroldo Maranhão – Edições Literárias 2011, do Instituto de Artes do Pará (IAP) – Governo do Estado); e do Prêmio Dalcídio Jurandir 2008, de vulto nacional, na mesma categoria, com Velas na Tapera. Prefaciada pelo célebre romancista José Louzeiro, a obra foi lançada em Lisboa, em 2011, na FNAC. Ganhou versão em em e-book, lançado na Alemanha, França e Reino Unido – à venda na internet. Também é do autor o premiado livro de poemas O Baile dos Versos, que ganhou especial “saudação” da Academia Brasileira de Letras, em 1999. Como dramaturgo, Carlos coleciona importantes premiações, tais como: o Prêmio IAP de Literatura Categoria Teatro (2004); os prêmios Funarte de Dramaturgia – Região Norte, por três anos consecutivos (2003, 2004 e 2005); o Prêmio Funarte Petrobras de Fomento ao Teatro (2005); a Caravana Funarte Petrobras de Circulação Nacional (2006); a classificação de três espetáculos no Prêmio Cláudio Barradas – Edital Estadual de Fomento às Artes Cênicas 2008, da Secretaria de Cultura do Estado do Pará; o Prêmio IAP de Edições Culturais – Dramaturgia (2008); e o II Concurso Literatura para Todos 2009 – categoria Dramaturgia, do Ministério da Educação. No cinema, foi agraciado com o Prêmio do Edital Curta Criança, do Ministério da Cultura.
Treze das obras do autor transformaram-se em livro, no Brasil. Algumas delas foram traduzidas para o francês e para o espanhol. Com intensa dedicação à escrita teatral, sua obra foi incluída no Catálogo da Dramaturgia Brasileira, da pesquisadora Maria Helena Kühner (iniciativa detentora do Prêmio Shell). Ganhou destaque em matérias jornalísticas. Seus textos teatrais já originaram diversas montagens, apresentadas em cerca de uma dezena de grandes cidades, de norte a sul do país, com direções assinadas por Gilberto Gawronski e por Stella Miranda, entre outros. Com MBA em Jornalismo, é formado pela Universidade da Amazônia. Assinou uma seção no jornal O Liberal (PA), entre outros trabalhos na profissão. Publicou contos no jornal O Estado do Acre e e em diversos sites, não só no Brasil, como também no Timor Leste. Gestor e produtor de eventos culturais, já coordenou diversos e bem-sucedidos projetos ligados a literatura e leitura, na região Norte. Foi convidado a participar de projetos nacionais na área, como o Lê Pra mim – integrado por nomes importantes do jornalismo, teatro e telenovelas. Também violinista e letrista, é parceiro de artistas conhecidos da música nortista, como Nilson Chaves.
O Ciclo de Leituras Dramáticas da Funarte leva aos palcos textos teatrais brasileiros contemporâneos, premiados pela instituição – ideia do novo presidente da instituição, Guti Fraga. As peças que compõem a programação foram vencedoras do Prêmio Funarte de Dramaturgia, de 2003 a 2005. As leituras são apresentadas sempre às terças-feiras, às 18h30, na Sala Funarte Sidney Miller, com entrada gratuita, até dezembro.
Ciclo de Leituras Dramáticas
Júlio irá voar
de Carlos Correia Santos
Texto contemplado com Prêmio Funarte de Dramaturgia 2004 – Categoria Adulto – Região Norte
Direção: José Mauro Brant
Elenco: Gabriel Querino, Clauser Macieski, Renato Chagas, Renato Ribone, Ricardo Dias Oliveira, Rodrigo Viegas
29 de outubro de 2013, terça-feira, às 18h30
Sala Funarte Sidney Miller
Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa nº 16, térreo
Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações
Fundação Nacional de Artes – Funarte/Centro de Artes Cênicas
ceacen@funarte.gov.br