Neste sábado, 16 de novembro, às 17h, será lançado o catálogo com as obras que fazem parte da mostra Ausente Presente, de Virgílio Neto, em cartaz na Galeria Fayga Ostrower – Complexo Cultural Funarte Brasília. Na ocasião, o curador da exposição, Paulo Miyada, participará do bate-papo “Arte, missão falida”, sobre Virgílio Neto e sua relação com a arte.
Ausente Presente fica em cartaz até o dia 24 de novembro e pode ser visitada de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h. Este projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise. A mostra reúne cerca de 200 desenhos inéditos, marcados por uma intensa pesquisa sobre a técnica e o processo de contar histórias; pelas viagens do autor, no Brasil e no exterior; e pelas residências artísticas das quais ele participou, em Cruzeiro do Sul (Acre) e Banff (Canadá). Para o curador da mostra, num primeiro momento, a obra do artista parece caótica, mas “se olharmos com atenção, veremos camadas sobre camadas de desenhos que contam histórias e que, mais que simples expressões, são seu modo de entrar em contato com o mundo”, afirma.
A exposição está dividida em três conjuntos. O Grupo 1, Territórios, traz os trabalhos iniciados durante um curso que Virgílio Neto ministrou em Cruzeiro do Sul (AC). Ali também estão os sinuosos rios da região, representados por cobras – com o fascínio que exercem e o mistério que representam. Também aparecem reflexos da residência artística pela qual o criador passou, no Canadá, no início deste ano. As paisagens; os jogos de hockey no gelo; os animais que cruzam as estradas; tudo está ali, como que disposto em camadas. O grupo 2 é chamado de Fichas. Nelas, estão anotações, em forma de desenhos, com referências a alces, com seus chifres ramificados, lembrando árvores genealógicas. Há também, luvas de hockey – descritas em análises morfológicas e detalhamentos – que mostram uma natureza ao mesmo tempo acolhedora e agressiva. Já Highlights, o Grupo 3, é a maior coleção de desenhos, distribuídos em sete séries. Dedicados às memórias, os trabalhos deste grupo trazem recordações, recentes e antigas, de maravilhamento frente ao mundo.
Sobre o artista – Aos 27 anos, Virgílio Neto é um dos nomes que têm despontado nas artes no Brasil. Participou de inúmeras coletivas e foi premiado pelo seu trabalho. Em 2012, recebeu o prêmio EDP nas Artes, do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. No mesmo ano, recebeu Referência Especial do Júri no 11º Salão Nacional de Arte de Jataí, no Museu de Arte Contemporânea de Jataí (GO). Em 2012, fez residência artística em Cruzeiro do Sul (AC) e, em 2013, no Banff Centre (Canadá). Em 2012, publicou o livro Talvez o mundo não seja pequeno, pela a Bolha Editora (Rio de Janeiro), contendo obras suas.
Sobre o curador – Paulo Miyada, 27 anos, é formado pela Universidade de São Paulo (USP) em Arquitetura e urbanismo e mestre em História e fundamentos. Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, ele tem realizado mostras de relevância e se destacado na nova geração de curadores do país.
Serviço
Ausente Presente
Lançamento do catálogo da mostra
Arte, missão falida
Bate-papo com Paulo Miyada, curador da mostra
Data: 16 de novembro, sábado
Horário: Às 17h
Local: Galeria Fayga Ostrower – Complexo Cultural Funarte Brasília
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural – Brasília – DF (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
Informações: (61) 3322 2076 e 3322 2029