Sala Guiomar Novaes recebe destaques da cena musical de SP

Arrigo Barnabé e banda fazem show sexta, 29, na Sala Guiomar Novaes. Foto: divulgação

Arrigo Barnabé e sua banda feminina apresentam na sexta-feira, 29 de novembro de 2013, o show Pô, Amar é Importante,
fechando a terceira fase da temporada musical ‘Som em 4 tempos’ na Funarte São Paulo. Já no sábado (30/11), Marina de la Riva traz o espetáculo Viva la Canción para inaugurar a quarta e última etapa da programação – que também apresentará na Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural da Alameda Nothmann, ainda este ano, os músicos Curumin e China, além das bandas Metá Metá, Passo Torto, Ba-Boom e Bixiga70 (veja, abaixo, a agenda completa).

O projeto ‘Som em 4 tempos’, vencedor de edital da Funarte para a ocupação da Guiomar Novaes em 2013, foi pensado pela produtora carioca Burburinho Cultural para se integrar ao cenário artístico de São Paulo, com base no papel histórico, na localização e na identidade deste espaço cultural da Alameda Nothmann. A programação completa conta com 37 eventos, distribuídos de setembro a dezembro em quatro fases, ou eixos curadoriais: 29 espetáculos de música popular, clássica e de câmara, quatro debates dentro do ciclo ‘Música e pensamento’, e  quatro oficinas gratuitas de música, no programa ‘Musiqueduque’.

Segundo seus organizadores, a ocupação pretende explorar a relação entre a música e o tempo, em toda a sua diversidade. Numa mistura de gêneros como a MPB, o rock e as músicas caipira e instrumental, a mostra apresenta artistas da nova geração já consagrados ou com grande potencial para a formação de público. Nesta última fase, que começa em 30 de novembro com Marina de la Riva, a curadoria trabalhará com o tema ‘Música, multicultura e outros diálogos’.

Atividades
Encontros e oficinas, destinados a uma reflexão mais aprofundada sobre a produção musical, também fazem parte do projeto. Dia 8 de dezembro, a música jamaicana comanda a oficina gratuita do programa ‘Musiqueduque’, que reúne ações voltadas à experiência musical, sob um viés pedagógico. A atividade é aberta a todas as idades e tem como público-alvo estudantes de escolas da rede pública e pessoas interessadas por formação musical. Também em dezembro, dia 15, o ciclo de debates ‘Música e pensamento’ – um encontro de personalidades da música em São Paulo e arredores – abordará o tema  A música como transbordamento, sob a mediação do programador cultural do SESC-Belenzinho e headliner da banda My Name is Mary, Raul Lorenzeti. Após a discussão, haverá o pocket-show Passando pelo Centro, com uma banda escolhida por chamada pública no site do projeto (http://www.somem4tempos.com).

Som em 4 tempos
Projeto contemplado pelo edital de ocupação da Sala Guiomar Novaes/2013
Complexo Cultural Funarte São Paulo. Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Tel (11) 3662-5177. A bilheteria abre sempre uma hora antes do espetáculo – um ingresso por pessoa

Direção de Produção: Priscila Seixas | Concepção e curadoria: Thiago Ramires | Colaboração à curadoria: Carolina Rocha, Isaac Pipano, Mariana Sirena, Mauricio Menezes e Richard Ruszynski | Coordenação de produção: Thiago Ramires | Produção executiva: Carolina Rocha | Curadoria do ciclo ‘Música e pensamento’:  Raul Lorenzeti

3º Eixo curadorial: música, poesia e suas narrativas
Show: Arrigo Barnabé  – Pô, amar é importante – o neurótico e as histéricas
Dia 29 de novembro | Sexta, 20h

Com: Arrigo Barnabé (voz e teclado) | Ana Karina Sebastião (voz e contrabaixo) | Anna Trea (voz e guitarra) | Maria Beraldo Bastos (voz e clarinete) | Mariá Portugal (voz e bateria) | Dulce Maltez (produção)
Duração: 80min | Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

4º Eixo curadorial: música, multicultura e outros diálogos
Show: Marina de la Riva – Viva la Canción
Dia 30 de novembro | Sábado, 20h

Com: Marina de la Riva (voz) | Daniel Oliva (violão)
Duração: 90min | Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Show: Metá Metá – MetaL metaL
Dia 1º de dezembro | Domingo, 18h

Com: Juçara Marçal (voz) | Thiago França (sax e flauta) | Kiko Dinucci (violão)
Duração: 60min | Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Show: Curumin –Arrocha
Dia 6 de dezembro | Sábado, 20h

Com: Curumin (voz e bateria) | Lucas Martins (guitarra e programações) | Ze Nigro (baixo e programações)
Duração: 50min | Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Show: China – Moto contínuo
Dia 7 de dezembro | Sábado, 20h

Com:  Yuri Queiroga, André Édipo, Marcelo Machado, Felipe S. e Martin Mendez (guitarras) | Vítor Araújo e Chiquinho (teclados e afins) | Vicente Machado e Pernalonga (bateria) | Gui Sanchez, Chico Tchê e Hugo Gila (baixo)
Duração: cerca de 60min | Recomendação etária: livre |Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Oficina: ‘Musiqueduque’ – Música jamaicana
Dia 8 de dezembro | Domingo, 16h

Com: Sergio Soffiatti
Inscrições: http://www.somem4tempos.com
Gratuita

Show: Passo Torto – Passo elétrico
Dia 13 de dezembro | Sexta, 20h

Com: Kiko Dinucci (voz e guitarra) | Marcelo Cabral (voz e baixo acústico) | Rodrigo Campos (voz, guitarra e cavaquinho) | Romulo Fróes (voz e violão)
Duração: cerca de 60min |Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Show: Ba-Boom – Incendeia
Dia 14 de dezembro | Sábado, 20h

Com: Bruno Buia (voz e percussão) | Allan Tijolin (guitarra e voz) | Cassiano Ks (bateria) | Raoni Gruber (baixo) | Kiko Bonato (sax tenor) | Bio Bonato (sax barítono) |Victor Fão (trombone) | Marcos Guarujá (percussão) | Rafael Bira (percussão) | Icaro Roots (teclados) | Felippe Pipeta (Trompete)
Duração: cerca de 60min| Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Ciclo ‘Música e pensamento’ – Debate: A música como transbordamento
Pocket show: Passando pelo Centro

Dia 15 de dezembro | Domingo, 16h

Mediação: Raul Lorenzeti
Duração do debate: 90min | Duração do show: 40min | Ingressos: R$2 (meia: R$1)

Show: Bixiga70 – Bixiga70
Dia 20 de dezembro sexta, 20h

Com: Décio 7 (bateria)|Marcelo Dworecki (baixo)|Mauricio Fleury (teclado e guitarra)|Cris Scabello (guitarra)|Rômulo Nardes Gustávo Cék(percussão)| Cuca Ferreira (sax barítono)|Daniel Nogueira (sax tenor)|Douglas Antunes (trombone)|Daniel Gralha (trompete)
Duração: cerca de 60min| Recomendação etária: livre | Ingressos: R$10 (meia: R$5)

Sobre os shows:
Arrigo Barnabé -EmPô, amar é importante – o neurótico e as histéricas, Arrigo Barnabé e sua banda feminina apresentam repertório com canções de Hermelino Neder, premiado compositor da chamada Vanguarda Paulista, de quem Arrigo é parceiro em algumas músicas.  O trabalho se destaca pela mistura de elementos da música erudita modernista, com o uso de procedimentos seriais e atonais aliados a letras ferinas sobre a vida nas metrópoles.  Fã confesso da obra de Hermelino, Arrigo apresenta um repertório norteado pelas músicas do LP Como Essa Mulher, que Hermelino lançou em 1984.
Marina de la Riva Filha de um cubano e de uma mineira de Araguari, Marina de la Riva sempre conviveu, em casa, com o canto: sua família organizava com frequência rodas de música, geralmente cubana e brasileira. Inspirada neste ambiente doméstico,  Marina une a sonoridade cubana das décadas de 1930, 40, 50 e 60 com ritmos e harmonias brasileiros. No show Viva la cancion, em formato de voz e violão, a cantora apresentará obras de seu primeiro CD e também do mais recente, Idilio.
Metá MetáOs músicosJuçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França apelidaram a segunda metade dos shows de seu álbum Metá Metá, de 2011, de “momento de Metal Metal”. Isso porque a partir dali o repertório ganhava um corpo mais denso e novos instrumentos, como bateria, percussão e baixo. Na abertura do show de Femi Kuti, filho do criador do Afrobeat, Fela Kuti, o grupo apresentou um novo formato, totalmente elétrico, com versões mais explosivas. Foi assim que surgiu, em 2012, o álbum  MetaL MetaL, que mistura influências diversas, sobretudo a linguagem da polifonia africana, e dialoga com o rock como jeito visceral de tocar, mas não como gênero.
Curumin – Paulista descendente de japoneses, Luciano Nakata Albuquerque formou sua primeira banda aos 8 anos, usando panelas como bateria. Iniciou sua carreira solo em 2003, com o disco Achados e Perdidos, inspirado no soul e funk americanos, no samba-funk dos anos 70 e no hip-hop. Em 2008, lançou simultaneamente no Brasil, nos EUA e no Japão o trabalho JapanPopShow. Seu terceiro disco, Arrocha, chega ao mercado em 2012, com participações de Céu, Gui Amabis, Edy Trombone e Ricardo Hertz, e parcerias com RussoPassaPusso e Anelis Assumpção.
China Moto contínuo, lançado em 2011, é o segundo disco solo do cantor, vj, compositor e produtor pernambucano Flávio Augusto, o China. O trabalho reúne composições como Boa viagem, Nem pensar em pocê, Mais um sucesso pra ninguém” – com a participação da cantora Ylana Queiroga, Programador  Computador e Espinhos. Ao final, com Anti-Herói, China presta uma homenagem orquestrada aos filhos Tom e Matheus.
Ba-Boom Esta banda do ABC Paulista segue, há 13 anos, com um trabalho independente e autoral, caracterizado como “música jamaicana brasileira”. Com incursões no afoxé, maracatu, samba, capoeira e outras expressões da cultura popular brasileira, ritmos jamaicanos como o reggae o ska misturam a elementos do rap e do jazz. A formação da banda é de dez músicos que se dividem em percussão, naipe de metais, teclado, guitarra, baixo, bateria e vozes. Tanto a música como as letras do Ba-Boom têm por base a transformação e a batalha popular travadas no Grande ABC paulista, historicamente marcado pelo crescimento industrial e pelas lutas operárias.
Passo TortoOs músicos e compositores Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e Romulo Fróes lançam em 2013 o segundo disco do projeto Passo Torto, intitulado Passo elétrico. Este trabalho recente busca novas sonoridades, com uma formação que inclui guitarras (Kiko Dinucci e Rodrigo Campos) e mantém o cavaquinho, mas dessa vez processado por pedais de efeitos – também incorporados ao baixo acústico de Marcelo Cabral. Os instrumentos de percussão, como no primeiro álbum, foram substituídos pela arquitetura rítmica dos instrumentos de corda.
Bixiga70 A banda nasceu da união de dez artistas, de variadas frentes musicais, que desenvolvem seus trabalhos num estúdio no número 70 de uma rua do Bixiga, bairro boêmio de São Paulo. Juntos, eles exploram a fusão da música instrumental africana, latina e brasileira, em composições próprias e versões de artistas como Luiz Gonzaga, Pedro Santos e Os Tincoãs. O Bixiga70 faz também uma leitura da música cosmopolita de países como Gana e Nigéria, dos tambores dos terreiros, da música malinké, da psicodelia e do dub, e se abre para o improviso e a dança.  Em 2012, o grupo participou do festival Felabration, em Amsterdam, e em julho de 2013 viajou em turnê pela Suécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda e França. De volta ao Brasil, a banda lança o seu segundo disco, sem título como o primeiro, de 2011, com produção e arranjos próprios e mixagem de Victor Rice.

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