Na quinta-feira, 13 de fevereiro, às 18h30, o rapper Flávio Renegado subiu ao palco da Sala Funarte Sidney Miller, no projeto ‘Música no Capanema’. No Show, compositor, intérprete e instrumentista apresentou sua fusão original de hip hop com ritmos brasileiros, latinos, caribenhos e norte-americanos.
Nascido e criado na comunidade do Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte (MG), Flávio Renegado ganhou os prêmios Hutúz, como Artista revelação (2008), e o Prêmio MPB FM 2013, na categoria Destaque do ano. Circulou pelo Brasil, Europa, Oceania e pelas três américas. Apresentou-se em festivais importantes, como o Summer Stage, em Nova York, e no no Back2Black, em Londres e no Rio de Janeiro. Fez parcerias com artistas como a nigeriana Nneka, as brasileiras Mart’nália e Fernanda Takai (em parceria com Guilherme Arantes), Toninho Horta, Lenine, Seu Jorge, entre outros.
Na Sala Funarte, o artista apresentou composições próprias como Minha tribo é o mundo, Zica, Do Oiapoque a Nova York, Santo errado, Tempo bom, Nice to meet you e Benção; outras em parceria como Renegado (com Daniel Ganjaman), Conexão Alto Vera Cruz Havana (com Gil Amancio), Sei quem tá Comigo (Funk Buia), Estamos no jogo (com Guilherme Arantes) e Na palma da mão (com Chico Buarque); além de obras famosas, como Não vou ficar (Tim Maia) e Saudosa maloca (Adoniran Barbosa).
“O rap cada vez mais se afirma como linguagem, com identidade própria. Há pessoas que questionam sua fusão com outros ritmos. Faço isso desde meu primeiro disco. Para mim é natural”, diz Renegado. O poeta explica que, em primeiro lugar é brasileiro e, em segundo, é músico, condições que significam, para ele, misturar tendências. “O rap é a música que mais gosto. Mas também me preocupo em manter viva a identidade da cultura brasileiras. Por isso faço essa mesclagem. Sem isso, o rapper é apenas um cara que reproduz a música norte-americanos. Quando busco outro caminho, aproximo o rap da música brasileira. Enquanto não fizermos de fato essa aproximação, não vamos alcançar o auge do rap. A partir dessa fusão está para vir, ainda, um grande momento dessa linguagem no Brasil”. Flávio acrescenta que o rap já nasceu como estilo ligado à mistura: “É um trabalho de mixagem. Você pega batidas e músicas já existentes, e faz uma nova, até inventando tendências. Por exemplo, lancei um disco novo, que une tendências de ‘trap’ music – um ritmo novo – com outras levadas… Enfim, é isso: a liberdade do artista de criar”.
Na sexta, dia 14, Paulinho Moska apresenta no Música no Capanema o show Muito Pouco Para Todos. O trabalho mais recente de Paulinho – CD e DVD gravados ao vivo em comemoração aos 20 anos de carreira solo – reúne obras novas e sucessos de discos anteriores, clássicos como O Último Dia (1995), A Seta e o Alvo (1997), Um Móbile no Furacão (1999), Tudo Novo de Novo e Pensando em Você (2003). Algumas das músicas se tornaram bem populares em novelas e minisséries. No dia 12, apresentou-se no projeto o saxofonista Henrique Band, acompanhado por banda.
O Música no Capanema foi lançado pela Funarte em dezembro. Os espetáculos, sempre de quarta a sexta, às 18h30, têm entrada gratuita e oferecem ao público o melhor da música brasileira, em diferentes estilos. A distribuição de ingressos é feita na bilheteria, a partir das 18h. Ainda, neste mês de fevereiro, se apresentam, na Sala Funarte, Kay Lyra & Maurício Maestro (dia 19); Zarapatéu (dia 20); Marcos Sacramento (dia 21); Hamilton de Holanda (dia 26) e a Bateria da Vila Isabel (dia 27).
Projeto ‘Música no Capanema’
13/02 – Flávio Renegado
14/02 – Paulinho Moska
Veja a programação da próxima semana aqui
ENTRADA FRANCA
Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, nº 16, térreo – Palácio Gustavo Capanema – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Horário: sempre às 18h30
Bilheteria: (21) 2279-8087
Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música
Mais informações: www.funarte.gov.br/musica
(21) 2279 8601