A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do ator Paulo Goulart, ocorrida na quinta-feira, 13 de março, em São Paulo. Um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira, ele tinha 81 anos e lutava contra um câncer.
Paulista de Ribeirão Preto, Paulo Afonso Miessa teve sua primeira experiência teatral, aos 8 anos, interpretando uma pequena bailarina em uma peça infantil do colégio, inspirada nos números musicais Volga. Ator, dramaturgo e produtor teatral, ele iniciou a carreira em uma emissora de rádio fundada por seu pai, na cidade de Olímpia (SP). O sobrenome artístico, ‘herdou’ de um tio. Com uma extensa carreira no teatro, cinema e televisão, Paulo Goulart fez sua primeira novela – ‘Helena’, de Manoel Carlos – em 1952, na TV Paulista. Nesse mesmo ano, estreou no teatro, na peça ‘Senhorita Minha Mãe’. Foi nessa época que conheceu a esposa, a atriz Nicette Bruno, com quem viveu por 60 anos e teve três filhos: os atores Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho.
Em 1967, Goulart e Nicette formaram, ao lado de Antônio Abujamra, o Teatro Livre, encenando inúmeras peças e assumindo, por 20 anos, a administração do Teatro Paiol, no Centro de São Paulo. Paulo Goulart participou de mais de 60 peças de teatro. Em 1974, recebeu os prêmios Móliere e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pela atuação em ‘Orquestra de Senhoritas’, de Jean Anouilh. Na televisão, teve papéis marcantes em novelas como ‘Uma Rosa com Amor’ (1972); ‘Plumas e Paetês (1980) e ‘Mulheres de Areia’ (1993). Estreou, na década de 1950, o primeiro filme colorido brasileiro – ‘Destino em Apuros’, ao lado de Paulo Autran, Ítalo Rossi, Inezita Barroso e Sergio Britto. Participou também de filmes ligados à religião espírita como ‘Chico Xavier, o Filme’ e ‘Nosso Lar’.