Sala Funarte recebe Ed Motta com entrada gratuita

Ed Motta. Foto: Daryan Dornelles 2013

O projeto Música no Capanema inclui, na programação de março, grandes artistas e grupos da música brasileira, dos mais diversos estilos, na Sala Funarte Sidney Miller, Centro do Rio, com entrada gratuita. No dia 19 de março, quarta-feira, Ed Motta faz o show solo AOR, em que mostra a forma pela qual suas canções ganham vida – no teclado e na guitarra, apenas. O artista alternará esses dois instrumentos e sua coleção de pedais dos anos 70, no show solo, que inclui no repertório músicas do seu mais novo CD, AOR, e sucessos como Colombina, Manuel, Fora da Lei, Baixo Rio, Vendaval, em suas versões acústicas.

Lançado em 2013, o disco foi inspirado no “westcoast sound”, vertente da música pop americana dos anos 1970 e 80. “AOR” é sigla para “album oriented rock”, termo que define uma estética musical voltada para a excelência técnica e um alto padrão de qualidade na produção – elementos aos quais Ed sempre deu prioridade.

Além de cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor, reconhecido mundialmente, desenvolveu um estilo próprio, sem abrir mão da veia funk-soul. Ed Motta mescla, funde e transforma influências que vão do jazz à canção brasileira; das trilhas sonoras de Hollywood ao rock; da música erudita aos “standards” norte-americanos; da bossa nova ao reggae. O resultado tem sido aplaudido em recentes turnês, na Europa, Japão, EUA e vários países da América do Sul. Combinando uma variedade de sons vocais, Ed diz “não” ao que considera “a ditadura das palavras” nas canções, através do “edmottês” – uma forma brincalhona de cantar sem usar letra.

Próximos shows – Na quinta, dia 20, Raquel Coutinho se apresenta; dia 21, é a vez do compositor Bena Lobo, com o show Valentia. Natural de Belo Horizonte (MG), a cantora Raquel Coutinho mescla sons tradicionais, como o dos Tambores de Minas, à exploração do universo da música digital contemporânea; utiliza o corpo, numa linguagem de performance e usa a voz como elemento de percussão e de harmonia; e brinca com pedais de “loop”, distorção e “samplers”, criando o que chama de “paisagens sonoras”. A artista propõe um som único, difícil de rotular, situado no que se chama, atualmente, de “Música Universal Brasileira” (MUB). Seu primeiro álbum, Olho D’água, lançado no Brasil e na Europa, teve sua estreia no Montreux Jazz Festival (Suíça – 2010) e foi muito elogiado pela crítica européia, que destacou a originalidade do trabalho da cantora. Ela já se apresentou em outros importantes eventos internacionais, como o festival da Canadian Music Week (CMW), o Collors of percussion (Áustria); e o festival do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem) – França – que, em 2014, homenageou a música brasileira; além de diversos acontecimentos nacionais de peso, como o Oi Noites Cariocas e o Circuito das Artes – RJ, entre outros.

Bena Lobo – Valentia – Com 20 anos de carreira, o compositor Bena Lobo faz música pop contemporânea, a partir de elementos brasileiros, numa mistura sofisticada de samba, afoxé, baião e xote. Já lançou quatro álbuns. Nada Virtual (2000) teve participações especiais de seu pai, Edu Lobo; de Chico Buarque; Milton Nascimento; e Seu Jorge, e foi sucesso de crítica. Sábado (2006), com participações de Lenine, Seu Jorge e outros, só tem músicas autorais, incluindo parcerias com Milton Nascimento e Paulo César Pinheiro. Já o álbum Sábado ao vivo (2008) foi gravado num show, no Teatro Rival (Rio), com participações de Edu Lobo, João Donato e Carlos Malta, entre outros. Bena lançou, em 2013, o disco Valentia, com obras inéditas, feitas em parceria com Paulo César Pinheiro, Edu Krieger e outros compositores – também lançado em turnê na Europa. O artista já participou de projetos importantes como o Free Jazz Festival, Novas Noites Cariocas, oHumaitá pra Peixe, o Vivo Open Air, entre outros. Dividiu o palco com grandes nomes da MPB, como Cassia Eller, Paulinho Moska e Roberto Menescal. Formou o grupo Novos Cariocas, com Daniel Gonzaga e Carol Saboya. Já se apresentou em Portugal, na Alemanha, na Inglaterra, e na França. Fez canções também para teatro e cinema.

Os espetáculos do Música no Capanema, realizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, a partir de dezembro de 2013, são sempre de quarta a sexta-feira, às 18h30. A distribuição de ingressos é na bilheteria. As próximas atrações são: Moinho, no dia 26; Marianna Leporace e Sheila Zagury apresentam São Bonitas as Canções, no dia 27; e, no dia 28, é a vez do Cidade Negra, com a apresentação Hei, Afro!.

Projeto Música no Capanema


Sala Funarte Sidney Miller
Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa nº 16, térreo
Centro – Rio de Janeiro. (21) 2279 8601(21) 2279 8087

Programação de 19 a 28 de março

19/03 – Ed Motta – AOR

20/03 – Raquel Coutinho

21/03 – Bena Lobo – Valentia

26/03 – Moinho – Gira Moinho

27/03 – Marianna Leporace e Sheila Zagury – São Bonitas as Canções

28/03 – Cidade Negra – Hei, Afro!


Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música

Mais informações para o público
Cemus/Funarte – (21) 2279 8601
Sala Funarte – Bilheteria: (21) 2279 8087