Funarte promove o fórum ‘Circuitos da Desdobra’ sobre artes visuais, no Rio

Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica - Divulgação

Em busca de respostas para questões como a situação dos espaços autônomos para as artes visuais no Brasil e as ações a serem implementadas para dar maior vigor às práticas artísticas, será realizado, no Rio de Janeiro, nos dias 15 e 16 de abril (terça e quarta-feira), das 11h às 16h30, o programa de debates Circuitos da Desdobra. Promovido pela Fundação Nacional de Artes – Funarte,o encontro reunirá 32 especialistas em artes visuais de diferentes espaços brasileiros, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, no Centro. São eles: Ana Luisa Lima, curadora (PE); Edson Silva, gestor (RN); Lilian Maus, artista (RS); Elaine Arruda (PA); Beatriz Lemos, curadora, (RJ), Virgílio Neto, do Espaço Laje/Brasília (DF), entre outros. O projeto pretende registrar (gravar) todas as apresentações e encontros e, posteriormente, lançar um livro com o conteúdo discutido. O evento é gratuito e aberto ao público.

Segundo Fabiana de Moraes, curadora que idealizou o projeto, os espaços autônomos pertencem às pessoas que querem lançar e incentivar trabalhos, diferente das galerias de arte que querem vender quadros e ganhar dinheiro. Sendo assim, é com elas que serão discutidos os principais pontos levantados no Circuito Desdobra. Os processos colaborativos e a mobilidade; a produção cultural; a formação artística e a mediação entre a arte e o público são assuntos que constituem o eixo do debate. Além da discussão, será um momento propício para o compartilhamento de modelos de gestão, de estratégias expositivas que subvertem práticas convencionais, de propostas relativas a pedagogias, assumindo o formato de fórum aberto ao público.

Origem do ‘Circuitos da Desdobra’ (Fabiana de Moraes)

“A discussão sobre os espaços autônomos, que internacionalmente são conhecidos como ‘artist run spaces’, toma corpo nesta segunda década do século XXI.  Na França, onde vivo atualmente, uma faculdade de Artes e de Design, em Reims, criou um centro de pesquisa sobre o assunto e me convidou, no ano passado, para apresentar a situação brasileira. Minha pesquisa sobre os espaços autônomos brasileiros surge, curiosamente, na França, tendo como paralelo imediato os espaços autônomos daqui. É interessante constatar que as dificuldades de sobrevivência das estruturas são basicamente as mesmas, enquanto os modelos e estratégias de gestão diferem daqueles encontrados pelas iniciativas autônomas brasileiras. Isso se deve a um fator fundamental: os espaços autônomos ainda dependem, em grande parte, das políticas públicas para se manterem e desenvolverem seus projetos. Na França, por se tratarem de associações, recebem subvenções específicas dos poderes públicos locais. Os espaços franceses que se beneficiam desse auxílio podem pensar no desenvolvimento de projetos a longo prazo, por exemplo, saindo da dependência de uma política que se baseia unicamente nos editais”. (Fabiana de Moraes)

Saiba mais sobre o projeto aqui

Serviço:

Debate Circuitos da Desdobra – Fórum sobre artes visuais brasileiras
Com participação de 32 especialistas de diferentes espaços nacionais
Projeto contemplado no programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais – 10ª edição

Atividade gratuita

Dias e horários: 15 e 16 de abril (terça e quarta-feira), das 11h às 18h
Local: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica
Rua Luiz de Camões, 68 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)

Programação:

Dia 15 de abrilFórum Realidades
11h – Abertura

Espaços independentes, autônomos?
Ana Luisa Lima – curadora, crítica. Recife, (PE)
Lilian Maus – artista, gestora. Ateliê Subterrânea, Porto Alegre (RS)
Kamilla Nunes – curadora. Florianópolis (SC)
Edson Silva – gestor. Espaço Cultural Casa da Ribeira, Natal, (RN)
Beatriz Lemos – curadora. Lastro, Rio de Janeiro (RJ)

13h – Almoço

14h30 – Mesa 1

Agregar, produzir, expor, mediar, conectar
Marcelo Amorim – Ateliê 397, São Paulo (SP)
Gil Vicente – Sala Recife, Recife (PE)
Bruno Vilela – EXA, Belo Horizonte (MG)
Virgílio Neto – Espaço Laje, Brasília (DF)

Debatedores:
Patricia Gouvêa – Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro (RJ)
Lilian Maus – Ateliê Subterrânea, Porto Alegre (RS)
Cristiana Tejo – Espaço Fonte, Recife (PE)
Simone Barreto -‘Dança no andar de Cima’, Fortaleza (CE)
Fernando Peres – Lesbian Bar, Recife (PE)

16h – Pausa/Café

16h30 – Mesa 2

Portas abertas – residências, mobilidade, relações com o entorno
Maria Montero – Phosphorus , São Paulo (SP)
Elaine Arruda – Atelier do Porto, Belém (PA)
Tainá Azeredo – Casa Tomada, São Paulo (SP)
Francisca Caporalli – JA.CA, Belo Horizonte (MG)
Nadam Guerra – Terra Una, Liberdade (MG)

Debatedores:
Monica Rizzolli – Ateliê Coletivo 2E1, São Paulo (SP)
Samantha Moreira – Ateliê Aberto, Campinas (SP)
Silvia Leal – Barracão Maravilha, Rio de Janeiro (RJ)
Brígida Campbell – EXA, Belo Horizonte (MG)

Dia 16 de abrilFórum Rumos
11h – Abertura

Redes de colaboração, conexões, intercâmbio
Beatriz Lemos – Lastro, Rio de Janeiro (RJ)
Monica Rizzolli – Ateliê Coletivo 2E1, São Paulo (SP)
Alessandra Giovanella – Sala Dobradiça, Santa Maria (RS)
Cristiana Tejo – Espaço Fonte, Recife (PE)

Debatedores:
Irma Brown – Mau Mau, Recife (PE)
Edson Barrus – Bê Cúbico, Recife (PE)
Elaine Arruda – Atelier do Porto, Belém (PA)
Tainá Azeredo – Casa Tomada, São Paulo (SP)
Zé Carlos Garcia – Barracão Maravilha, Rio de Janeiro (RJ)

13h – Almoço

14h30 – Mesa 1

Da sobrevivência: gestão, ferramentas, estratégias
Maíra Endo – Ateliê Aberto, Campinas (SP)
Edson Silva – Espaço Cultural Casa da Ribeira, Natal (RN)
Simone Barreto – ‘Dança no andar de Cima’, Fortaleza (CE)
Patricia Gouvêa – Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro (RJ)

Debatedores:
Marcelo Amorim – Ateliê 397, São Paulo (SP)
Virgílio Neto – Espaço Laje, Brasília (DF)
Irma Brown – Mau Mau, Recife (PE)
Maria Montero – Phosphorus, São Paulo (SP)

16h – Pausa/Café

16h30 – Encerramento

Reunião plenária – participantes a confirmar