FIT 2014 chega à Funarte MG

FIT 2014 | À Distância: Lado A / Lado B | Foto: Cristiano Prim

Ocupando vários espaços de Belo Horizonte, a mostra do FIT/BH 2014 é composta por 54 espetáculos, internacionais, nacionais e locais. Entre estes, as produções locais ganharam mais espaço na grade, uma forma de revelar e estimular a produção cênica da cidade. Na Funarte MG, o público confere 9 montagens, de BH, de outras cidades de MG, do Brasil e do mundo.

Este ano, o festival traz uma novidade: a realização do FITINHO, especialmente dedicado ao público infanto-juvenil, que busca a formação de jovens espectadores com idade a partir de três anos. A grade inclui um espetáculo internacional, dois nacionais e dois locais.

A abertura do festival no dia 6 de maio marca a reinauguração do Teatro Francisco Nunes, com a apresentação do espetáculo Prazer, da Cia Luna Lunera, que realizou, em 2013, a maior temporada na cidade. Na Funarte MG, o FIT tem início no dia 7 de maio, com o espetáculo Klássico (comK).

No dia 9 será a vez da reabertura do Teatro Marília, com a peça O Homem Travesseiro, da Cia Teatro Esplendor (RJ). A peça aborda o caráter concientizador e transgressor da arte.

Outra marca desse festival é o Programa Municipal de Intercâmbio Cultural – INTERCENA, plataforma que será lançada no dia 13 de maio, mas que já possui reflexos na grade com a apresentação de coprodução internacional, como é o caso do espetáculo Memórias em Tempos Líquidos.

“Aumentar a visibilidade da criação e da produção teatrais da cidade, construir pontes para que espetáculos locais estejam presentes em festivais internacionais e formalizar parcerias que viabilizarão coproduções, criações bilaterais e residência artística em outros países são as propostas da atual edição, por meio do INTERCENA”, explicam os realizadores do Festival.

Ao mesmo tempo, em 2014, o FIT/BH fortalece ainda mais o espaço reflexivo das artes cênicas ao investir na formação do artista por meio de debates, workshops e painéis com temas provocadores e instigantes. Dessa forma, com o PROJETOS ESPECIAIS, o festival busca intensificar o diálogo com a população e alcançar as mais diversas comunidades.

Espetáculos Funarte MG

Dias 07 e 08 de maio, às 20h

Klássico (com k)

Grupo: Mayombe Grupo de Teatro/Belo Horizonte – MG
Gênero: Drama
Texto: Didi Villela, Éder Rodrigues, Fernando Oliveira, Flávia Almeida e Marina Viana
Direção: Sara Rojo
Elenco: Didi Villela, Fernando Oliveira, Flávia Almeida, Marina Arthuzzi e Marina Viana
Duração: 70 min
Classificação etária: 14 anos

O espetáculo Klássico (com K) apresenta a trajetória cênica e os conflitos centrais dos personagens Medeia, Antígona, Ulisses e Fausto, em diálogo com a subjetividade dos atores. Colocados em um jogo, o caminho de cada um deles é controlado por um juiz. Na arena-show instaurada em cena, os atores se lançam na arriscada jogada de voltar aos textos clássicos e ao mesmo tempo transitar por questões contemporâneas, políticas, estéticas e filosóficas.

Sobre o grupo

O processo criativo deste espetáculo completa a trilogia iniciada com Por esta porta estar fechada, as outras tiveram que se abrir, que teve sequência com A pequenina América e sua avó $ifrada de escrúpulos, obra premiada com troféus Usiminas/Sinparc e Sesc/Sated. Trata-se de um processo centrado na dramaturgia do ator, mas com o olhar do dramaturgo Éder Rodrigues e com uma forte experimentação cênica nas imagens produzidas pelas diversas linguagens que integram o espetáculo e que são inerentes aos processos espetaculares do Mayombe.

Dias 13 e 14 de maio, às 20h

JOHN  & JOE

Espaço Alternativo
Grupo: Grupo Trama de Teatro/Contagem -MG
Gênero: Tragicomédia
Texto: Agota Kristóf
Direção: Eid Ribeiro
Elenco: Carlos Henrique, Chico Anibal e Epaminondas  Reis
Duração: 1h10min
Classificação etária: 12 anos

O texto inédito da húngara naturalizada suíça Ágota Kristof, traz uma discussão sobre o poder corrosivo do dinheiro. É num inusitado bar que John e Joe encontram-se diariamente. Embalados por muitos goles de conhaque e muita música, eles levam e são levados pela rotina da vida. Na ânsia de garantir o gole de cada dia, perdem-se entre golpes e falsas espertezas. Quando a sorte dá as caras, esse acontecimento pode mudar o rumo dessa amizade… ou não.

Sobre o grupo

O Grupo Trama de Teatro foi fundado em 1998, em Belo Horizonte, MG. A atuação do Trama pauta-se pela criação de espetáculos e pelo desenvolvimento de projetos além-palco, com atividades de intercâmbio e valorização da cultura popular. Desde 2008, o Trama mantém sua sede com portas abertas à comunidade, proporcionando uma programação de apresentações de espetáculos, oficinas e encontros. Atualmente a sede do Grupo localiza-se na cidade de Contagem – MG – o Espaço Trama Contagem.
Dentre as principais criações do Grupo, estão os espetáculos: ABRACADALIVRO, direção de Glicério Rosário; O HOMEM DA CABEÇA DE PAPELÃO, direção de Marcelo Bones (Prêmios SINPARC /BONSUCESSO de melhor espetáculo, melhor direção e  melhor iluminação);TABU, direção de Gustavo Bartollozzi; OS TRES PATETICOS, direção de Eid Ribeiro; O PASTELÃO, direção de Eid Ribeiro e Trama; eJOHN & JOE, direção de Eid Ribeiro (Prêmio SATED de melhor ator para Chico Aníbal e de melhor direção Eid Ribeiro.;  Prêmio SINPARC USIMINAS de melhor ator coadjuvante para Carlos Henrique).

Dias 14 e 15 de maio, às 19h30


S/ título, óleo sobre tela

Grupo: Cia do Chá/Belo Horizonte – MG
Gênero: Comédia
Texto: Sara Pinheiro
Direção: Gustavo Bones e Mariana Maioline
Elenco: Cristiane Andrade, Jésus Lataliza, Sara Pinheiro e Vinícius Souza
Duração: 50 min
Classificação etária: livre

Quatro representantes políticos e uma secretária devem se reunir para a decisão sobre o impasse do quadro oficial da Independência. Há rumores de que o quadro, que ocupa há mais de um século o palácio do governo, é falso.

O que fazer com o quadro? A partir desse mote, desdobram-se questões sobre: veracidade histórica, o documental em contraponto à memória, e relações de poder entre grupos sociais e indivíduos. O texto, inédito, aposta no bom humor e na ironia.

Sobre o grupo

A Cia do Chá, sediada em Belo Horizonte (MG), foi fundada em 2008 por artistas formados pelo Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR). Suas criações são frutos da diversidade de desejos e identidades artísticas de seus integrantes – hibridismo que permite experimentações e trânsitos por linguagens teatrais. A companhia possui em seu repertório os espetáculos: A Mudança (2009), Da Ordem das Coisas (2009), S/ título, óleo sobre tela (2014). E as cenas curtas: A Mudança (2009), Ensaio para outra história (2011), Os escafandristas (2011). Em 2009, a cia foi contemplada pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz pelos espetáculos A Mudança, e Fausto(s!), este último parceria com a Preqaria Cia de Teatro.

Sobre espetáculo

Em tempos de efervescência política, a Cia. do Chá de Teatro aposta no bom humor e na ironia para refletir e discutir o contexto em que se insere. Em sua nova criação, “S/título, óleo sobre tela”, o grupo traz à tona questões sobre representatividade: seja no âmbito cultural, artística, social ou política.
O texto inédito foi escrito pela atriz e dramaturga Sara Pinheiro (co-realizadora do Janela de Dramaturgia), e dirigido por Gustavo Bones (integrante do grupo Espanca!) e Mariana Maioline (Coletivo Paisagens poéticas).
Sua pré-estréia aconteceu no início de 2014, no teatro Espanca! Em abril, foi apresentado no Teatro Alterosa (17,18, 19 e 20).

Dias 16 e 17 de maio, às 19h30

A noite devora seus filhos

Palco
Grupo: Paisagens Poéticas/Belo Horizonte-MG
Gênero: Drama
Texto: Daniel Veronese
Direção: Gustavo Bones e Mariana Maioline
Elenco: Alexandre de Sena, Glaucia Vandeveld, Jésus Lataliza e Renata Cabral
Duração: 50 min
Classificação etária: 14 anos

Com riqueza de detalhes, uma mulher conta histórias de pessoas que cruzaram seu caminho desde a infância. As lembranças sintetizam uma forma de ver o mundo, em que, mesmo diante de tempos difíceis, é preciso resistir à brutalidade, preservar as emoções e cultivar as palavras, ainda que elas se percam na noite. O texto estabelece tensões entre o medo do outro e a necessidade de diálogo, e entre, a  violência e o afeto.

Sobre o grupo

Criado em 2010, o Coletivo Paisagens Poéticas trabalha o teatro em suas dimensões estéticas, éticas e políticas. Por meio do teatro, da performance e da intervenção urbana, seus integrantes realizam projetos em diversas áreas das artes cênicas, sempre buscando avançar no estudo dos componentes da cena e do acontecimento teatral, agregando possibilidades expressivas, procedimentos distintos de criação, reflexão sobre a realidade e sensibilização estética dos indivíduos de nossa comunidade.

Projetos e trabalhos:

– O Nome Disso é Rua criou uma série de intervenções urbanas a partir do convívio com moradores de rua, engraxates, carroceiros e familiares de pessoas desaparecidas, que integraram a programação do 10º Festival Internacional de Teatro de BH.
– Gangue das Bonecasexperiências de corpos marginais criou intervenções urbanas a partir de discussões sobre gênero e sexualidade com moradores de rua envolvidos com a causa LGBT.

Dia 17 de maio, às 21h e dia 18 de maio, às19h

Adormecidos

Palco
Grupo: Cia de Teatro Os Satyros/São Paulo-SP
Gênero: Drama
Texto: Jon Fosse
Direção: Rodolfo García Vázquéz
Elenco: Fábio Ock, Katia Calsavara, Luiza Gottschalk, José Sampaio e Tiago Leal
Duração: 1h 25min
Classificação etária: 14 anos

Adormecidos, texto do norueguês Jon Fosse, trata do relacionamento entre casais e seus desdobramentos. Num ambiente de sonho e reflexão, aborda a maneira como cada indivíduo projeta as suas próprias aflições e anseios em seu parceiro.  Na peça, dois casais se revezam no palco, num ambiente onírico em que sonho e realidade se confundem. Luzes, espelhos e transparências os levam para outros planos que ora se fundem, ora se opõem.

Sobre o grupo

Fundado em 1989, a Cia de Teatro Os Satyros já produziram 77 espetáculos, se apresentaram em 17 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 46 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.
Desde a sua chegada à Praça Roosevelt, centro de São Paulo, o grupo realiza, no início da primavera, a maratona cultural Satyrianas. O evento que, durante 78 horas ininterruptas, oferece inúmeras atividades teatrais de acesso livre aos moradores da cidade, passou, a partir de 2009, a integrar o calendário oficial do Estado de São Paulo.

Dias 20 e 21 de maio, às 20h

Emilia

Grupo: TIMBRe4/Buenos Aires, Argentina
Gênero: Drama
Texto e direção: Claudio Tolcachir
Elenco: Elena Bogan,
Carlos Portaluppi, Adriana Ferrer, Francisco Lumerman e Gabo Correa
Duração: 1h30min
Classificação etária: 16 anos

Após anos de separação, um homem reencontra sua babá, Emilia, e retoma o laço da infância. Ele, adulto, com mulher e filho. Ela, idosa e sozinha. O homem passa a recordar os fatos esquecidos de quando era criança, compondo uma ficção na qual­­ tem sua vida marcada por essa experiência. A criança cresceu, mas quem pode saber se a essência do amor que se formou em sua infância permanece em sua estrutura emocional? A busca de Emília por um abrigo pode ser sua ruína ou salvação. É um drama delicado sobre a estrutura familiar e sobre a dor do outro.

Sobre o grupo

O nome da empresa refere-se ao espaço teatral, anel 4, dirigido por Claudio Tolcachir. Timbre 4 foi desde o início um lugar de trabalho. Hoje, não só funciona como um teatro, mas ao longo da semana recebe estudantes que treinam e formam-se como atores. O compromisso da escola é com a formação personalizada e específica que, ao mesmo tempo, incentiva a interdisciplinaridade nos alunos. Timbre 4, dizem seus fundadores: “é uma casa e a casa é uma escola e a escola é um teatro. …”

Dias 20, 21 e 22 de maio, às 20h

Frag#3 Aproximacion a la idea de desconfianza

Espaço Alternativo
Grupo: Evelyn B. / PitouStrash Company/ Estrasburgo -França
Gênero: Multidisciplinar
Texto: Rodrigo Garcia
Direção: Evelyn Biecher
Elenco: Michael Steffan, Julie Pichavant e Evelyn Biecher
Duração: 1h
Classificação etária:  18 anos

Frag#3 faz uso de espaços abertos não convencionais, utiliza uma linguagem teatral multidisciplinar. Um quadrado de plástico transparente marca a fronteira. Um vídeo é projetado nas paredes como um cenário vivo em constante mudança, com três microfones para os sons que os atores fazem. Um corpo está lambuzado de mel, em alusão a um Dunkin Donut. Um homem está enterrado, e é vestido com um plástico elástico que sai da terra. Um corpo, em meio a argila líquida, salta fora da água como um peixe e é acompanhado por cinzas que flutuam, simbolizando as vítimas do Holocausto.
Há projeção de tinta vermelha como chibatadas em um corpo nu e que mostram as cicatrizes do egoísmo humano. Individualismo e consumismo são as temáticas do espetáculo, carregado de crítica social.

Sobre o grupo

PitouStrash Company adapta as suas peças para a arquitetura do lugar. Trabalho realizado, o jogo se concentra no tempo real. Esta abordagem dá liberdade absoluta para os intérpretes, inclusive de pesquisar outro idioma no palco. Levantar novos problemas a cada dia, novas liberdades, novas formas de pensar. Desafiar a sociedade, consumir e amar agora para transformar a atitude do ator no palco.
Pitou Strash participou de festival de teatro em Valencia Espanha em 2006, com FRAG # 2, quando conquistou o prêmio de inovação e desempenho e, mais recentemente, em 2013, no Festival TEA (Toledo-Espanha) obteve o Prêmio do Júri para o espetáculo mais inovador, com  FRAG º 3.

Dias 23, 24 e 25 de maio, às 19h30

Fíchenla si pueden

Gênero: Drama
Texto: Jean-Paul Sartre
Adaptação: Carlos Celdrán, a partir de A Prostituta Respeitosa
Direção: Carlos Celdrán
Elenco: Yuliet Cruz, Alexander Díaz, José Luis Hidalgo, Marcel Oliva, Waldo Franco e Ernesto Fidel Del Cañal
Duração: 1h15
Classificação etária: 16 anos

Lizi é uma jovem prostituta que acabou de chegar ao interior, fugindo de problemas na capital. Ela se envolve com um jovem local de quem vira amante logo na primeira noite. No surpreendente desenrolar dos fatos, Lizi se vê envolta em pressão e chantagens para que testemunhe contra um inocente. A dignidade e o senso de justiça levam a protagonista a um dilema e a assumir consequências impensadas. Lizi, em poucas horas deixa de ser quem é e se vê obrigada a fazer escolhas exemplares.

Sobre o grupo

Grupo de teatro fundado pelo diretor Carlos Celdran, em 1996, como um laboratório permanente de atores em busca de uma linguagem comum. A mistura de técnicas e metodologias, sempre com o ator em primeiro plano, tem permitido ao grupo um selo reconhecido por público e críticos . Argos Teatro manteve temporadas anuais, desde seus trabalhos iniciais do repertório clássico e contemporâneo, em nível nacional e internacional.
O grupo já conquistou 14 Prêmios de La Critica e sete Prêmios da União Nacional de Escritores e Artistas de Cuba. Argos Teatro já se apresentou em Cuba, México, Venezuela, República Dominicana, Colômbia, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Brasil.

Dias 24 e 25 de maio, às 17h e às 19h30

À distância: Lado A / Lado B

Palco
Grupo: Dearaque Cia. de Teatro/Florianópolis – SC
Gênero: Drama
Texto: André Felipe
Direção: André Felipe
Elenco: Lado A: Ana Luiza Fortes e Marco Oliveira
Lado B: Heloisa Marina, Ligia Ferreira e Vinicius Coelho
Duração: 50 min
Classificação etária: 12 anos

Obra teatral formada por dois espetáculos autônomos, complementares e simultâneos, e que podem ser vistos na ordem escolhida pelo público. A comunicação entre os dois palcos acontece online, por videoconferência.
Em À Distância, cinco jovens representam seus avós na juventude, quando trabalhavam em uma rádio clandestina esquecida no tempo.

Lado A

Documentário cênico sobre os integrantes da rádio clandestina, que anunciava transmitir de uma estação diretamente do futuro. Personagens fazem um remake da última noite de gravação.

Lado B

Uma casa em ruínas, uma família separada por uma briga pela herança. Por meio de fotos, documentos, diários e relíquias, personagens confrontam versões e reconstroem a última noite em que seus avós se falaram no casarão da família, local da transmissão.

Sobre o grupo

Os trabalhos da companhia têm como eixo principal a investigação de uma estética contemporânea que encara o espetáculo cênico como propositor de experiências e encontro entre atores e espectadores. A Dearaque Cia aposta na utilização de elementos autobiográficos de seus integrantes em cena, investigando possibilidades de irrupção do real no espaço da ficção. Seus principais trabalhos são: Esqueça-se de Marlon Brando (2006), A ponto de partir (2007 – 2010), Medo de morrer longe de ti (2009 – 2012),Anti-Nelson Rodrigues (2012) e À distância (2012 – 2014).

Durante dois anos os integrantes da Dearaque Cia. estiveram separados em diferentes cidades. A partir da saudade e do desejo de continuar trabalhando juntos, decidiram desenvolver um espetáculo à distância, utilizando-se da tecnologia e de ferramentas de comunicação online. Surge, assim, uma forma diferente de fazer teatro que une dois teatros, dois públicos, dois palcos, aproximando e relacionando contextos afastados e criando novas possibilidades de construção de ficção e compartilhamento de experiência.
Segredos enterrados, amores perdidos, crises de identidade, enxaquecas de família: o projeto À distância nasce daquilo que nos distancia no espaço, no tempo ou no pensamento. Qual a distância entre dois pontos marcados no mapa? Entre a mão ansiosa e o telefone? Entre o último beijo do avô e o primeiro do neto? Como se misturássemos álbuns de foto de famílias diferentes, debruçamos sobre as pequenas e grandes distâncias que nos limitam intimamente ou, ao contrário, nos deslocam do senso comum e ordinário da vida.
O trabalho fala do confronto de gerações, dos conflitos de comunicação e transita as fronteiras entre a realidade e a ficção, propondo uma nova experiência de encontro entre atores e público.
Outro destaque do projeto são as parcerias com artistas e coletivos de diferentes linguagens – Nimbu Coletivo de Arquitetura e Arte (cenografia), Estúdio Margot (criação audiovisual), Mayná Quintana (figurino) e o artista plástico Nestor Jr. (material gráfico).
Os espetáculos À distância LADO A e LADO B estreou no mês de agosto de 2013 nos teatros da UBRO e Sol da Terra em Florianópolis. A peça tem o financiamento do Prêmio FUNARTE de teatro Myriam Muniz 2012.

Valor do ingresso: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Funarte MG
Rua Januária, 68 – Centro – BH/MG

Informações: (31) 3277.4203
dayse.belico@pbh.gov.br

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