Coletivo Zimbabwe faz apresentação única de ‘Ménage à trois’ (SP)

Coletivo Zimbabwe traz espetáculo autoral à Funarte SP. Foto: divulgação

A performance Ménage à trois, do Coletivo Zimbabwe, volta aos palcos de São Paulo nesta quarta-feira, 18 de junho de 2014, em apresentação única na Sala Arquimedes Ribeiro do Complexo Cultural Funarte. Sob a orientação artística de Márcio Dantas, a obra reúne em cena os criadores-intérpretes Juliana Lourenção, Junior Gadelha e Verônica Santos.

Ménage à trois nasce, segundo seus criadores, do “desejo de dialogar com o público por meio da experimentação de jogos que revelam fetiches”. A proposta é investigar as diferentes formas e as relações de violência consentidas na procura constante pelo prazer, e “o limite da submissão para a manutenção deste jogo”. Ainda de acordo com os integrantes do coletivo, “a performance é pautada pelo momento de improviso nas relações sexuais. Ao explorar a fantasia de um ménage à trois, os intérpretes expõem a violência dessa busca pelo prazer, e tudo que se é capaz de fazer pelo gozo”. A obra, assinalam os artistas, “não se limita a um roteiro rígido; tudo está aberto, como num jogo que depende da presença ativa dos participantes para ter continuidade”.

A partir do diálogo com o espectador, “o trabalho tem como objetivo investigar também a violência em expor o jogo sexual no momento em que vivemos a banalização do corpo e da sexualidade, observando como se dá a recriação de sentidos a partir da proteção que a arte gera e como todo esse jogo pode ser transformado pela arte possibilitando a ressignificação das ações”, avaliam ainda os artistas. Ménage à trois foi o espetáculo de encerramento, em novembro de 2013, da I Mostra de Trabalhos Independentes do Núcleo Pedro Costa (SP).

Sobre Márcio Dantas: Iniciou seus estudos na Escola de Ballet Julles Viana (Fortaleza, CE), em 1996. Foi bailarino do Ballet Ismael Guiser e Yoko Okada, onde também atuou como professor de jazz. Integrou a Sopro Cia de Dança, com direção de Roberto Amorim e Tatiana Portela. Participou da performance Corpo incrustado (2006), com direção de Sonia Mota, e atuou, a convite, em vários trabalhos no CBJ (Corpo de Baile Jovem da Escola Municipal de Bailado de São Paulo), como coreógrafo-assistente do professor Luiz Ribeiro. Colaborou na produção do espetáculo Critica genetica, da Cia Danças, sob a direção de Claudia de Souza. A partir de 2010, passou a integrar o Núcleo Artístico Pedro Costa (SP), como intérprete-criador e coreógrafo-assistente.

Sobre Juliana Lourenção: Atriz e bailarina, formou-se profissionalmente pelo Célia Helena Teatro-Escola, tendo aulas com Nydia Lícia, Ednaldo Freire, Ondina Clais Castilho, André Corrêa, Hugo Villavincenzo e Pedro Pires. Em ballet clássico formou-se pela Academia de Danças Albertina Saikowska de Ganzo, onde também integrou o corpo de baile, de 2003 a 2005. De 2006 a 2010 integrou o Jovem Ballet de Santa Catarina, sob direção de Bárbara Rey. Em 2011 participou da ópera O Morcego, dirigida por William Pereira e coreografada por Paulo Goulart Filho, no Theatro Municipal de São Paulo. Como atriz participou do espetáculo Quatro, com o Grupo Círculo, de 2010 a 2011. Em 2009 atuou no curta-metragem A bailarina, de Bruno Pacheco. Em 2010, trabalhou como atriz protaqgonista no curta-metragem O trabalho final, de Felipe Moraes. Em 2012, iniciou uma pesquisa corporal em teatro-dança, com o Grupo Instante, que resultou no trabalho À espera dela. Ainda em 2012, entrou para o grupo de pesquisa em cinema para atores Ap43, conduzido pela diretora Nara Sakarê.

Sobre Junior Gadelha: Formado em dança clássica e danças urbanas, iniciou seus estudos em Piracicaba (SP) em 2004 e trabalha como professor de técnica clássica, desde 2005, no estado de São Paulo. Foi bailarino da Sopro Cia de Dança de 2006 a 2009, participando dos espetáculos Jogado, Ilúmina, Forró é melhor, Ágape, Quarteto para o fim dos tempos e Senha. Em 2010 participou da ópera Menina das nuvens, coreografada por Tíndaro Silvano. Trabalhou como bailarino convidado na Cia Ícones de Teatro para os espetáculos Bumba d’água, Bumba busão e Bumba meu trânsito. Em 2013 foi integrante da Cia Danças Claudia de Souza, estagiando também na Cia Fragmento de Dança. Em setembro de 2013, entrou para a Cia Carne Agonizante.

Sobre Verônica Santos: Natural de Belo Horizonte (MG), iniciou seus estudos em dança no Studio Daniela Lopes, onde fez aulas de ballet clássico, dança contemporânea, jazz e dança moderna. Em 2005 integra o grupo profissionalizante do Primeiro Ato, tendo aulas regulares com Suely Machado, Bettina Bellomo, Roberta Maziero e Ana Álvares. Na mesma época participou de aulas com Alex Dias, Rosa Antuña, Gloria Reis e diversos artistas atuantes na cena mineira. A partir de 2008 é convidada a integrar o grupo profissional de dança do Primeiro Ato, atuando como intérprete-criadora até 2012. Foi também professora do Centro de Dança Primeiro Ato, ministrando aulas de iniciação à dança contemporânea para crianças e adultos. Em dezembro de 2012, passou a integrar a Cia Carne Agonizante.

Performance: Ménage à trois
Dia 18 de junho | Quarta, 21h

Com: Coletivo Zimbabwe – teatro, dança e performance
Orientador artístico: Márcio Dantas
Intérpretes-criadores: Junior Gadelha, Juliana Lourenção, Verônica Santos
Duração: 40min | Recomendação etária: 18 anos
Ingressos: R$20 (meia: R$10). Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo – um ingresso por pessoa. Não aceita cartão.

Sala Arquimedes Ribeiro do Complexo Cultural Funarte São Paulo. Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Tel (11) 3662-5177

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