Em cartaz até o dia 28 de setembro, em Belo Horizonte, no Galpão 5 da Funarte MG, ‘A cidade que nos habita’ reúne trabalhos de artistas com problemas de saúde mental, usuários dos Centros de Convivência da rede pública do município. Fazem parte da mostra pinturas, desenhos, esculturas de cerâmica, textos e poesia, além de outros objetos. A proposta é revelar um novo olhar sobre a loucura, a partir das obras produzidas por esses artistas.
‘A cidade que nos habita’ é parte do acervo da 3ª Mostra de Arte Insensata, realizada em 2012, em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Goiânia. O evento, que acontece de dois em dois anos, traz à cena um mosaico da produção artística, em suas várias linguagens, para afirmar o compromisso da política pública com o tratamento em liberdade dos cidadãos com sofrimento mental e a criação de uma rede de serviços para substituir os manicômios.
“A arte apresentada na exposição tem sua origem, portanto, na ousadia do gesto da decisão. Foi preciso romper com as amarras do pensamento para superar os muros do hospício e descobrir os sujeitos e sua capacidade criativa e criadora. Foi preciso ir além da saúde para convidar a arte e a cultura a ingressarem na rede de desconstrução do manicômio, e assim ter a chance de contemplar a beleza que é capaz toda mão livre e cidadã”, destacam as autoridades de saúde responsáveis pela criação do projeto.
Exposição A cidade que nos habita
Até 28 de setembro
Curadoria: Ana Pedrosa, Maíra Paiva e Renata Corrêa
Iluminação: Manu Rebouças
Montagem: Monitores e usuários dos Centros de Convivência
Funarte MG
Rua Januária, 68 – Floresta – Belo Horizonte (MG)
(32) 3213 3084