Primeiro dia de palestras no Rio de Janeiro gerou diálogos e apresentou múltiplas ideias, aplicáveis a programas para as artes
Diálogos, territórios e conjunturas é o eixo temático do encontro que, em sua quarta edição, além do Sudeste, já foi às outras regiões brasileiras, em quatro capitais.
Na tarde do dia 24 de setembro, quarta-feira, no Palácio Gustavo Capanema – Centro do Rio de Janeiro, foi realizado o segundo turno de discussões do IV Encontro Funarte de Políticas para as Artes. Às 14h, houve duas mesas simultâneas, com o mesmo tema: Produção e políticas para as Artes. Uma delas abordou ações dirigidas à produção artística e ao acesso à cultura de pessoas com deficiência; a outra, questões ligadas à memória da produção artística e a economia criativa. Das 16h, às 18h, foi realizada a mesa Diálogos, territórios e conjunturas – Formação. Os debates continuaram, na quinta (25) das 10h às 18h. Tradutores de libras garantiram a acessibilidade ao público com deficiência auditiva.
O IV Encontro já foi realizado em Belém (PA), Recife (PE), Curitiba (PR), Goiânia (GO), sempre com participação gratuita. Com as mesas do Rio, completa-se o ciclo de reuniões nas cinco regiões brasileiras.
Políticas para a acessibilidade na produção artística
No Salão Portinari do Palácio da Cultura, às 14h, a mesa 4, Produção e políticas para as Artes começou com a palestra do sociólogo, jornalista e servidor da Funarte André Andries A trajetória da Associação VSA do Brasil e o Programa Arte sem barreiras– 1990-2004 . A fala seguinte foi de Thaissa Vasconcelos, produtora cultural com formação acadêmica, que apresentou o Projeto Inclusão pela Arte. José Maurício Moreira – historiador, graduado em Teatro, pós graduado em Acessibilidade Cultural e também servidor da Fundação, conduziu o tema Edital Funarte Acessibilidade Cultural: pré-proposta de edital para uma política de acessibilidade na Funarte/MinC; a mesa terminou com Andrea Chiesorin, com a palestra Programa Arte sem barreiras / Comitê Estadual do Rio de Janeiro / Núcleo de Artes Cênicas: setor Dança Arte sem barreiras. A mediadora foi Ester Moreira, diretora do Centro de Programas Integrados – Cepin/Funarte.
Ester destacou que a proposta do encontro é que o diálogo com diversos segmentos da sociedade contribua para a formulação e o aprimoramento dos programas da Funarte e das políticas do MinC para a área artística.
No mesmo horário, no Salão Deolindo Couto (5º Andar), Aline Miguel e Tatiane Reis falaram sobre Pontos de Memória: interfaces com a economia criativa. Camila dos Reis fez a palestra Vila Santo Antonio: um breve relato sobre memória e resistência na Amazônia. O tema Espaços para a memória cultural: refletindo sobre política cultural em uma universidade pública foi abordado por Pablo Gobira, Fernanda de Cássia Lima Corrêa e Karla Danitza de Almeida. A mesa terminou com a fala de Marjorie Botelho, com o tema Sobrado Cultural Rural – Bom Jardim/RJ.
“É importante ressaltar a participação de servidores da Funarte neste Encontro. Eles apresentaram suas pesquisas, contribuindo para discussão e diálogo sobre as políticas para as artes. Essa presença é fundamental, já que são os servidores os responsáveis pela elaboração e aplicação das políticas públicas, assim como também por sua avaliação”, destacou Juliana Amaral (Cepin/Funarte), da equipe de produção do evento.
Sobre os encontros
Realizado desde 2011, o Encontro Funarte de Políticas para as Artes é um ciclo de reuniões com participação da sociedade. Ele tem como objetivo promover a reflexão e contribuir para a formulação e aperfeiçoamento das políticas para as artes, em abrangência nacional. Isto é realizado através do diálogo entre diferentes agentes sociais: pesquisadores, gestores, artistas, produtores e articuladores, em geral, relacionados às diversas linguagens artísticas.