No espetáculo ‘Vinil de Asfalto’, corpo dos bailarinos expressa curvas e espaços de Brasília, no Teatro Plínio Marcos

"Vinil de Asfalto", de Edson Beserra. Foto: © Renato Mangolin

No período de 13 a 16 de novembro, o espetáculo de dança Vinil de Asfalto, de Edson Beserra, se apresenta no Teatro Funarte Plínio Marcos, em Brasília (DF). O evento  integra a programação do projeto BR-040: Práticas de Proximidade, contemplado pela Fundação Nacional de Artes no edital de ocupação do Teatro Plínio Marcos.

A coreografia é uma grande representação de Brasília, através dos corpos dos bailarinos. Ela expressa as curvas e grandes espaços da capital federal. Tem como inspiração a problemática das influências da arquitetura urbana brasiliense nos movimentos e nos corpos. O espetáculo está em cartaz de quinta a sábado, às 21h e domingo, às 20h, com ingressos A R$ 20.

A obra, que tem como referências a arquitetura e o plano urbanístico de Brasília, é o resultado de uma pesquisa de Edson Beserra, que se debruçou sobre “a dança que a cidade executa diariamente”. Ele define: Brasília tem uma espacialidade única, cheia de curvas, linhas e grandes vãos. Na cena, corpos são construídos nos rastros deixados pelos sons do vento e do silêncio. Os bailarinos se revezam numa orquestração regida pela escuta, pela memória e pela sutileza do encontro”. O coreógrafo e bailarino-intérprete está no elenco, ao lado de Lavinia Bizzotto e Marcos Buiati. Edson Beserra  já atuou em grandes companhias do cenário nacional, como Grupo Corpo, Cia. Débora Colker, Quasar, dentre outras. Acesse aqui o currículo do artista.

Sobre o projeto de ocupação

O BR-040: Práticas de Proximidade é uma extensa programação de teatro, filmes, dança, artes visuais, shows, circo, debates e atividades formativas, criados no Rio de Janeiro (RJ) ou no Distrito Federal. Assim como a estrada que dá nome ao projeto, o BR-040 tem como objetivo reduzir a distância entre as cenas culturais das duas unidades federativas. A iniciativa é do coletivo Brecha – um núcleo carioca de pesquisa e criação em artes.

Os ingressos têm preços populares ou entrada franca. O programa tem curadoria própria e direção artística de Patrick Sampaio. É um desdobramento da pesquisa artística em torno do conceito “práticas de proximidade”, desenvolvido no festival que o grupo realizou no projeto Junto, contemplado com o Edital de Ocupação do Teatro Glauce Rocha /2011 (Rio de Janeiro) – Leia mais sobre essa proposta no blog do Brecha, na pagina: http://brechacoletivo.wordpress.com/projetos/junto-praticas-de-proximidade. O Brecha atua em áreas que “friccionam teatro, dança, música, intervenção urbana, audiovisual e processos em rede”. Estão ainda incluídas atividades formativas.

Novembro inclui na programação atrações como o grupo Foli Ayê e sua latente ancestralidade africana, do dia 20 ao dia 23, com Tradição Viva; e também, na parte externa do teatro, mais uma edição do Cineclube Fagulha 040; no palco, a versão do grupo Novos Candangos para Perdoa-me por me traíres (Nelson Rodrigues).

O Mamulengo Fuzuê apresentou, nesse mês, um espetáculo que explora as ressonâncias entre o mamulengo, o repente, o rap e : o Mamulengo de RAPente. Ele une duplas de repentistas, rappers e grupos de mamulengo em três encontros, em novembro e dezembro. O grupo divulga que o mamulengo, o repente e o rap são três manifestações populares presentes no Brasil, de origens distintas mas, apesar disso, com semelhanças “que se conectam no jogo de palavras, na musicalidade e em abordagens de crítica social”. Com direção artística de Suene Silva, em sua 2ª edição, o projeto celebra essa fusão de diversidades. Sempre com entrada franca, a atração volta no dia 22 de novembro, no Mercado Sul (Taguatinga Sul), e no dia 28 de novembro, na Casa do Cantador (Ceilândia) e à Funarte Brasília, no dia 14 de dezembro. Programação completa em : http://www.mamulengofuzue.com.br/?p=810. Informações: (61) 9293 6547.

Já a Companhia Amok Teatro encenou a montagem Kabul, cuja inspiração é o o livro As Andorinhas de Cabul, do argelino Yasmina Kadra, e um fato real: a execução pública de uma mulher, no Afeganistão, em 1999, num estádio. Patrick Sampaio comenta: “além de inspirar o Brecha com espetáculos que contribuiram muito para nossa formação artística, as pessoas do Amok Teatro estão entre os mais importantes responsáveis pela nossa trajetória”. . Desde 2009, a companhia recebe os artistas do grupo como residentes de sua sede, no Rio de Janeiro.

Vinil de Asfalto
Espetáculo de dança

De Edson Beserra
Com Edson Beserra, Lavinia Bizzotto e Marcos Buiati

13, 14, 15 e 16 de Novembro

Ingresso: R$ 20. Meia entrada-R$ 10
Promoção: as 10 primeiras pessoas que chegarem de bicicleta entram de graça. Após estas, o preço é R$ 5
Duração: 45min
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha Técnica
Coreografia e direção: Edson Beserra
Elenco: Edson Beserra, Lavinia Bizzotto e Marcos Buiati
Assistência de coreografia: Marcos Buiati. Desenho de Luz: Moizés Vasconcellos. Direção Musical: Tomás Seferin. Vídeos: Cassio Sader. Fotografia: Renato Mangolin. Técnico de palco: Emmanuel Queiroz

Evento integrante do BR-040: Práticas de Proximidade
Projeto contemplado com o Edital de Ocupação do Teatro Plínio Marcos/2014

Teatro Plínio Marcos
Eixo Monumental, Lote II, Setor Divulgação Cultural
Brasília ( DF)
Tel.: (61) 3322 2076

Realização: Brecha

Próximas atrações


19 de novembro – quarta-feira, às 20h

Bendita Noite Maldita
Carvalhedo Produções – com o Grupo Sutil ato

Bendita Noite Maldita é uma perfomance-homenagem ao multiartista Plínio Marcos, que nesse dia terá nos deixado há exatos 15 anos. Com caráter festivo, música e a parceria dos grupos Teatro do Concreto, Dois Tempos, Cia. Fábrica, entre outros artistas, a noite promete uma profusão de pequenas cenas, monólogos, trechos de textos, em uma grande ode à criticidade, marginalidade, força e brasilidade do autor maldito.

Entrada franca
Duração: 120 min

Classificação: 18 ANOS

Dias 20, 21, 22 e 23 de novembro

Tradição Viva
Com a Cia Foli Ayê
Quinta-feira a sábado, às 21h e domingo, às 20h

A criação do universo, segundo a tradição Bambara do Komo, dos povos do Sul do Saara, antiga Barfur. Música, dança, teatro de bonecos e projeção de sombras, se integram numa grande celebração aos povos africanos e à nossa ancestralidade.

Ficha Técnica:
Concepção, direção musical e texto: Nãnan Matos
Direção de cena e iluminação: Abaetê Queiroz
Bonequeiros: Fabíola Resende e Thiago Francisco
Dançarinos: Louise Lucena e Rafael Portela
Arranjos e produção musical: André Ricardo
Músicos: André Costa, Dani Neri, Diogo Sousa, Felipe Fiúza e Nãnan Matos
Preparação corporal: Luciane Ramos
Consultoria musical: Leander Motta
Operador de som: Victor Valentim
Produção executiva: Alessandra Rosa
Produção artística: Naimê França
Cenário e figurino: Cyntia Carla
Identidade visual: Prila Paiva
Realização: Grupo Foli Ayê e Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Distrito Federal

Preço: R$ 20. Meia-entrada: R$ 10
Duração: 1h40min
Classificação indicativa: livre

27 de novembro – quinta-feira, às 20h

Cineclube Fagulha BR-040

A segunda sessão do cineclube Fagulha BR-040 tem a terra primeira, o espaço de origem, como protagonista. Um afeto específico ganha as telas: a saudade da cidade natal. Filmes-homenagens feitos onde os cineastas, ou seus personagens, já não vivem mais.

Curadoria: Mariana Kaufman (Fagulha Filmes)
Concepção e Pesquisa: Mariana Kaufman e Jô Serfaty (Fagulha Filmes)
Produção: Brecha
Realização: Fagulha Filmes

Entrada franca
Duração: 2h

Dias 28, 29 e 30 de novembro

Perdoa-me por me traíres
Com a Cia. Novos Candangos
Sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h

A encenação tem como referência o musical Rocky Horror Picture Show, de Jim Sharman, levando os personagens de Nelson Rodrigues para um universo onírico, no qual se confundem as noções de real e imaginário, traição e assassinato. No texto, Glorinha, uma jovem de 16 anos, é objeto do desejo de seu tio Raul, que a criou desde criança, após a morte da mãe da menina. Conduzida por uma colega, a moça conhece e se fascina pelo mundo dos prostíbulos, ao mesmo tempo em que prepara uma terrível vingança contra o assassino de sua mãe.

Ficha Técnica:
Texto original: Nelson Rodrigues
Direção: Diego de Leon
Assistência de direção: Mateus Ferrari
Elenco: André Reis, André Rodrigues, Diego de Leon, João Campos, Luana Proença, Luísa Duprat, Tati Ramos, Rafael Toscano e Xiquito Maciel
Direção musical e trilha sonora original: Mateus Ferrari
Produção: Guinada Produções
Iluminação: Marcelo Augusto Santana
Cenário e figurino: Cyntia Carla
Fotos: Dani Azul

Ingresso: R$ 20. Meia entrada-R$ 10
Promoção: as 10 primeiras pessoas que chegarem de bicicleta entram de graça. Após estas, pagam R$ 5
Duração: 90min
Classificação indicativa: 16 anos

Mais informações e programação completa

www.brecha.com.br/br040

Http://facebook.com/doBrecha