Dois espetáculos estreiam nos Teatros Dulcina e Glauce Rocha, no Rio

Os teatros Dulcina e Glauce Rocha, no Centro do Rio, recebem, até 1° de março, espetáculos convidados para preencher a programação no período em que não há seleção de projetos por editais. Duas montagens – Pássaros ou Obras Incompletas e Cabras Cabras – dividem o palco do Glauce Rocha. A primeira tem apresentações às quartas e quintas-feiras, às 19h, enquanto Cabras Cabras, que estreia dia 16 deste mês, se apresenta sextas, sábados e domingos, no mesmo horário. Já no Dulcina, o espetáculo A Estufa, que tem Paula Burlamaqui e Pedro Neschling  no elenco, estará em cartaz a partir de 22 de janeiro até 1º de março, sempre de quinta a domingo, às 19h, exceto na semana de 12 a 15, quando o espaço estará fechado por causa do Carnaval.

PROGRAMAÇÃO

Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Capacidade: 202 lugares (acesso a cadeirantes)
Tel. (21) 2220-0259

Pássaros ou Obras Incompletas
Até 5 de fevereiro
Horário: quartas e quintas, às 19h
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia entrada)

Sinopse: Pássaros ou Obras Incompletas é novo trabalho do grupo Teatro Terceiro Vetor. Inspirado no universo dramatúrgico de Anton Tchekhov, a peça é o resultado de uma “revoada” às quatro principais obras teatrais do escritor russo: “A Gaivota”, “O Jardim das Cerejeiras”, “Tio Vânia” e “As Três Irmãs”. Cinco amigos de longa data estão reunidos para uma comemoração de aniversário. Em meio à vodka e à filosofia, o turbilhão de sentimentos que os envolve se revela aos poucos. A solidão, a necessidade de mudança, a eterna busca, o fracasso nas escolhas, a dificuldade na relação com o outro e com o tempo, e tantos outros pormenores de uma juventude vão sendo tensionados através de personagens arquetípicas da obra de Tchekhov: KRIGOR, o médico; SOFIA, a anfitriã, YEVA, a que “se veste de preto”; PAVEL, o artista; NADYA, a aniversariante.

Ficha técnica:
Adaptação, roteiro e direção: Bruno Henríquez
Elenco: Priscila Danny, Rodrigo Abreu, Samara Pinheiro, Stefania Corteletti e Victor Hugo Mattos
Direção de arte: Victor Hugo Mattos e Rodrigo Abreu

Cabras Cabras
Até 8 de fevereiro
Horário: de sexta a domingo, às 19h
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia entrada)

Sinopse: Até que ponto o ser humano é capaz de chegar pela busca do poder? Tentando responder a essa e outras questões sociais, Priscilla Balio desenvolveu o espetáculo Cabras Cabras. No palco, três personagens moram com uma criação de cabras em estado de extrema pobreza. Através da convivência, as pessoas desenvolvem seus hábitos e trejeitos. Se esquivando da miséria, mas mergulhados nela, eles vivem interessados em manter o “título de poder” possuído pelo líder da família. Nesse ambiente, a traição e a ganância levam esses personagens a mudanças surpreendentes. E através dessa história, a peça resgata a cultura popular brasileira, musicada, alegre, ao mesmo tempo sofrida além de proporcionar uma reflexão crítica do que se entende pela palavra “poder” dentro de nossa sociedade, que em sua maior parte vive numa pobreza parcial ou total.

No espetáculo, a música está viva como parte do lugar, um sertão que enxerga o mar. Os atores cantam contando histórias, cantam rezando para sua “Ave Maria que Alumia”. Os três personagens moram no que chamam de “fim de mundo”, mas é claramente um sertão. Um sertão que é brasileiro, e poderia ser desde a caatinga até o interior do Rio. Um lugar que é um pouco de todo Brasil, de qualquer lugar. É um lugar fábula, vindo de lugares verdadeiros. Os Cabras Cabras representam a força humana, de “Cabras Machos”, e a resistência e astúcia de Cabras animais que escalam paredes, penhascos, em busca de alimento. Cabras (ambos) que precisam suportar a miséria para manter a própria vida.

Ficha técnica
Texto: Priscilla Balio
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Flávio Vidaurre, Priscilla Balio, Ton Rodrigues.
Produção: Sergio Canizio e Priscilla Balio

TEATRO DULCINA
Rua Alcindo Guanabara, 17
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Capacidade: 200 lugares
Tel. (21) 2240-4879

A EstufaAté 1º de março
Horário: de quinta a domingo, às 19h
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia entrada)

Sinopse: Roote é o diretor-geral de uma instituição que, parece, abriga doentes mentais. Mas podem ser também presos políticos. Ele é massacrado pela burocracia estatal e cercado de pessoas esquisitas, como o eficiente e ambicioso Gibbs, a sedutora e ardilosa Miss Cutts, o indecifrável e alcoólatra Lush, o inquieto Lamb e assim por diante. Na noite de Natal, acontecem dois eventos que vão balançar a instituição: um dos “internos”, – que também são chamados às vezes de “pacientes” e são identificados por números – aparece morto e uma outra “paciente” dá à luz um bebê. A partir daí, os personagens são envolvidos numa trama repleta de surpresas e revelações, com muito mistério, sexo e violência. Mas também com muito humor. É interessante notar que sendo um texto engraçado, parece um pouco diferente das obras posteriores de Harold Pinter, até mesmo pela presença de um forte tom político, mas, ao mesmo tempo, tem todas as características de seu teatro, facilmente reconhecíveis.

Ficha Técnica:
Texto: Harold Pinter Direção e cenário: Ary Coslov
Elenco: Isio Ghelman, Marcelo Aquino, Mario Borges, Paula Burlamaqui, Pedro Neschling e Thiago Justino.
Figurinos: Biza Vianna
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha Sonora: Ary Coslov
Tradução: Isio Ghelman
Direção de Produção: Celso Lemos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *