Presidente da Funarte abre ‘MBA em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão’ da FGV

Francisco Bosco expõe o processo de construção da PNA. Foto: Eliane Costa

No dia 17 de julho, sexta-feira, o Presidente da Fundação Nacional de Artes – Funarte, Francisco Bosco, realizou a palestra de abertura do MBA em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na sede da instituição, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro – a convite da coordenação do curso.

Na explanação, Francisco Bosco, apresentou e debateu as linhas mestras do processo de construção da Política Nacional das Artes (PNA), desenvolvido pelo Ministério da Cultura e capitaneado pela Funarte, cujo debate nacional começou em junho deste ano. O presidente mostrou como surgiu a ideia da nova política, seus objetivos, abrangência, principais eixos de ação e estrutura de trabalho.

Francisco Bosco explicou que processo de elaboração da PNA inclui: uma plataforma digital, aberta a colaborações de qualquer cidadão; encontros setoriais, sobre cada linguagem artística; seminários com temas específicos, relacionados às políticas para as artes; e a “Caravana das Artes”, em que consultores de cada linguagem artística, selecionados por edital, percorrerão todas as unidades da federação, com a missão de ouvir todos os setores envolvidos, durante nove meses.

A PNA: origem, objetivo e diretrizes do processo

A ideia da PNA surgiu a partir da identificação do ministro da Cultura, Juca Ferreira, de que será necessário que o MinC, nesta atual gestão, atue com vigor no campo das artes. Já que o Ministério teria se orientado, na gestão anterior de Juca (e em outras) por um conceito de cultura mais abrangente, cumprindo uma tarefa histórica vinculada à “democratização da sociedade brasileira”, seria o momento de intensificar as políticas do MinC direcionadas ao campo artístico, priorizando-as; e também à Funarte, a principal instituição pública da área.

Francisco Bosco destacou que o objetivo principal da PNA é ser um conto de políticas “atualizadas, fundamentadas e duradouras para as artes”. O presidente da Funarte lembrou que, para atingir esse alvo, o processo de elaboração da PNA tem como base os planos dos colegiados setoriais das artes – conselhos da sociedade civil, representantes das várias linguagens artísticas no Conselho Nacional de Política Cultural/MinC. O site do Ministério explica que esses Planos Setoriais serão “disseminados, aprimorados e consolidados” nos debates da PNA, para, em seguida, serem executados. Bosco acrescentou que esse aprimoramento considerará a extensão do território brasileiro e complexidade da diversificação cultural do país, através da plataforma digital e das caravanas.

A estrutura de ação

Francisco Bosco apresentou a estrutura de trabalho de construção da PNA. Ela é coordenada por um comitê executivo do MinC e da Funarte, formado pelo ministro Juca Ferreira, o secretário executivo do MinC João Brant, o secretário de políticas culturais Guilherme Varella, o assessor especial Adriano de Angelis, o presidente da Funarte e o diretor do Centro de Artes Cênicas da instituição, Leonardo Lessa. Cada eixo de ação terá uma base operacional, formada por quadros do MinC, da Funarte e da Fundação Casa de Rui Barbosa. Foi criado ainda um grupo de “articuladores”, que, como o nome sugere, vão realizar uma mediação entre os eixos de ação e artistas, grupos, entidades representativas, produtores e demais agentes da sociedade civil relacionados às suas respectivas linguagens.

O primeiro tema de seminário – Francisco Bosco destacou que a primeira enquete na plataforma on-line da PNA, criada para definir o tema do primeiro seminário temático, teve como vencedora a opção Pacto federativo do fomento às artes. O tema receebeu mais de 1850 indicações, seguido por: Marcos legais das artesFormação artística e ensino das artes e Economia das artes.

Sobre o MBA da FGV – O MBA em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão da (FGV ) é coordenado por Eliane Costa, Mestra em Bens Culturais e Projetos Sociais pela Fundação. Ela também é responsável pelo MBA Gestão e Produção Cultural com ênfase em Economia Criativa, também realizado pela instituição.

Sobre Francisco Bosco – Ensaísta, doutor em Teoria da Literatura, Francisco Bosco é autor de diversos livros, como: Orfeu de BicicletaBanalogiasE livre seja deste infortúnioDorival CaymmiDa amizadeAlta Ajuda. Professor e palestrante, foi colunista do jornal O Globo, de 2010 a 2015. Assumiu a Presidência da Funarte no final de fevereiro de 2015.

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http://culturadigital.br/pna/