Sala Funarte Sidney Miller, no Rio, recebe Renato Frazão e Thiago Thiago de Mello e convidados, dias 16 e 17

Thiago Thiago de Mello e banda - Foto: S. Castellano

Nesta quinta e sexta-feira (16 e 17/9), dois integrantes do Coletivo Chama fazem os últimos shows de sua ocupação na Sala Funarte Sidney Miller (Centro do Rio), dentro da série Contemporâneos na Sala Funarte. Renato Frazão sobe ao palco nesta quinta e Thiago Thiago de Melo se apresenta no dia seguinte, com a presença de convidados, entre eles seu pai, o poeta Thiago de Mello. Nos shows, que começam às 19h30, os compositores mostram um pouco do repertório de seus novos projetos solo, para os quais pausaram as atividades da banda Escambo – trabalho conjunto que desenvolvem desde 2008.

Luisa Borges, Renato Frazão e Aline Paes - Foto: S. Castellano

O show de Renato Frazão conta com composições que vem sendo gravadas por jovens cantores e bandas de MPB. Alguns destes artistas, como Aline Paes, Luiza Borges e Pietá, sobem ao palco da Sala Funarte para participações especiais.  Thiago Thiago de Mello vai apresentar seu primeiro CD solo“Amazônia Subterrânea”, gravado em Nova York, em janeiro deste ano. Suas canções visitam (e inventam) mitos, personagens e mistérios da mata e da alma humana. O show terá participação de seu pai, o poeta amazonense Thiago de Melo, do tecladista e arranjador Ivo Senra e da cantora Ilessi.

Sobre o Coletivo Chama
Com destaque na música brasileira contemporânea, tanto na mediação crítica quanto  na criação, o Coletivo Chama conta com artistas reconhecidos no cenário nacional, como o compositor Thiago Amud, que recentemente lançou o prestigiado “De ponta a ponta tudo é praia-palma…” (2013), além de Pedro Sá Moraes, que está em turnê de divulgação do seu segundo CD, “Além do princípio do prazer” (2014).

O Coletivo já realizou diversos projetos, incluindo “Escambo”, além de festivais, mostras e seminários, com a participação de vários dos mais reconhecidos críticos e músicos do Brasil – entre eles, o renomado violonista e compositor brasileiro Guinga, e o crítico musical e professor de literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Losso Guerreiro. A contribuição do grupo foi apontada pelo “New York Times” como um dos acontecimentos “mais relevantes” da produção de música brasileira contemporânea. O Coletivo Chama é composto por: Cezar Altai, Fernando Vilela, Ivo Senra, Pedro Sá Moraes, Renato Frazão, Sergio Krakowski, Thiago Amud e Thiago Thiago de Mello. Desde o seu surgimento, em fins de 2011, o Coletivo Chama se debruça sobre o tema da curadoria, “das escolhas, dos valores que informam a seleção de uma música, de um artista, de um trabalho”, como define Pedro Sá Moraes.

Além da curadoria nos “Contemporâneos”, o Coletivo Chama está elaborando arranjos e ensaiando para um concerto em homenagem aos 70 anos do falecimento de Mário de Andrade, que fará parte da Bienal de Música Contemporânea, em outubro. Nesse concerto, serão relidas, com a direção musical de Ivo Senra e Thiago Amud, peças de compositores como Camargo Guarnieri e Francisco Mignone sobre poemas de Mário de Andrade, além de diversas canções do folclore brasileiro recolhidas pelo poeta e pesquisador. A base deste repertório são gravações lançadas na década de 80 pela própria Funarte, em dois discos intitulados “Mário, 300, 350”, e que estão sendo relançadas como parte das comemorações deste “Ano Mário de Andrade”.

Também é de Senra e Amud a direção musical do CD “Todo Mundo é Bom”, primeira criação artística e lançamento conjunto do Coletivo. O álbum, atualmente em fase de mixagem, nasce com tons de manifesto e reúne uma palheta de influências no mínimo incomum: dos golpes enfurecidos de Frank Zappa à alegria ébria dos carnavais de rua cariocas; dos ritmos gélidos e maquinais do Radiohead à explosão tropicalista; da crônica urbana de Noel Rosa às teias vocais do húngaro Gyorgy Ligeti.

Sobre a série Contemporâneos na Sala Funarte
No projeto de Ocupação da Sala Funarte Sidney Miller em 2015, o espaço recebe ao todo seis coletivos, que ficarão responsáveis pela programação de cinco shows cada um, até a segunda semana de dezembro – sempre às quintas e sextas-feiras (conforme a ocupação),  às 19h30.

Além do Chama, participam da série os grupos: Audio Rebel/Quintavant, Etnohaus, Norte Comum, Leão Etíope do Meier e Banda Desenhada. Selecionados pelo Centro da Música da Funarte, eles apresentam perspectivas estéticas e concepções musicais distintas. “Eles vão desde o trabalho com música percussiva, bloco de carnaval, música experimental e de improviso e música eletrônica, até vertentes da canção, mais próximas da literatura e da tradição da música popular brasileira”, explica o diretor do Cemus/Funarte, Marcos Lacerda. “A iniciativa faz parte do Programa de Integração das Salas Funarte, que envolve uma série de projetos. A proposta tem como foco a criação e a mediação crítica da música popular e da canção brasileira contemporânea, autoral e independente. Este ano, a ação é restrita a grupos do Rio de Janeiro e à sala Sidney Miller. Mas, a partir de 2016, se estenderá pelas outras salas Funarte do Brasil, com coletivos de artistas dos outros estados e regiões onde elas se localizam”, explica.

Série Contemporâneos na Sala Funarte

Ocupação Coletivo Chama

Dia 17/9 (quinta-feira): Renato Frazão e convidados: Luisa Borges, Aline Paes e Pietá
Dia 18/9 (sexta-feira): Amazônia Subterrânea: Thiago Thiago de Mello chama o poeta Thiago de Mello, Ilessi, Ivo Senra e Diogo Sili
Horário: 19h30

Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Capacidade: 207 lugares
Classificação indicativa: Livre
Horário da bilheteria: a partir das 16h

Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, nº 16 – térreo
Palácio Gustavo Capanema – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2279 8087

Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música

Mais informações sobre o Contemporâneos na Sala Funarte
Cemus/Funarte
cemus@funarte.gov.br

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