A magia dos contos de fadas na Escola Nacional de Circo

Personagens que habitam o imaginário infantil ganharam vida em mais um espetáculo dos alunos da Escola Nacional de Circo (ENC), nesta quarta-feira, dia 30 de setembro. No picadeiro, artistas representando fadas e elfos, Branca de Neve, Peter Pan, Chapeuzinho Vermelho, Alice do País das Maravilhas junto com o Coelho e o Chapeleiro Maluco, entre outros, apresentaram diversos números, como malabares, parada de mão, acrobacia aérea e de solo.  Com elenco formado por quase 70 alunos (a maioria do novo Curso Técnico em Artes Circenses, iniciado há um mês), Contos e Fadas teve direção do professor Edson Silva, com a colaboração dos demais professores da ENC. O evento contou com uma intérprete de libras.

"Alice e o Chapeleiro Maluco". Foto: SCastellano

Na plateia, aproximadamente 500 pessoas, entre convidados, crianças e adolescentes, aplaudiam entusiasmadas cada performance. Cecília Massami Nashiro, convidada de uma das alunas da ENC que se apresentavam no picadeiro, decidiu comemorar seu 29º aniversário assistindo ao espetáculo. O estudante Jean Luis de Carvalho Rafael, de 16 anos, de São João de Meriti, estava feliz por ter sido um dos 28 alunos sorteados em sua escola para o passeio. Sem tirar os olhos do palco, ele disse: “Só uma palavra define tudo: perfeito”.

A soldado Nathália Moura, da UPP São Carlos, levou 40 crianças da comunidade com idade entre 4 e 7 anos pela primeira vez à ENC. Ao seu lado, a pequena Maria Vitória, 5 anos, da Escola Municipal Pereira Passos, admitia que havia gostado mais do primero número do espetáculo. Já Alice Victoria, 13 anos, da Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, Zona Norte do Rio, disse logo: “Gostei mais da Chapeuzinho Vermelho”, e seu colega, Samuel Odilon, 8 anos, pela segunda vez na ENC, rebateu: “Não, Peter Pan foi melhor”.

Bate-papo de Luiz Olimecha com os alunos da ENC. Foto: SCastellano

Prestigiando o evento também estava Luiz Olimecha, um dos criadores da Escola Nacional de Circo, em 1982. “Estou muito feliz por estar aqui. Como não ficar feliz, a Escola é um filho que cresceu e está em pleno funcionamento”, disse. Em sua opinião, a ENC precisa investir mais na qualificação de alunos nos números mais exigidos pelos circos do Brasil e do exterior, como acrobacia, trapézio, cama elástica. Às 13h, ele participou de um bate-papo com alunos da instituição. Nascido no Rio de Janeiro, em 1942, Olimecha vem de família circense. É artista de circo, ator, autor e diretor. No circo, além de trapezista (sua especialidade), foi palhaço e acrobata.

Na conversa com os estudantes, Olimecha narrou episódios importantes da fundação da Escola e várias situações que viveu no trabalho circense. Ele transmitiu um pouco de sua vasta experiência aos alunos, além de dar conselhos sobre a carreira e responder a várias perguntas.

Assistiram ao espetáculo alunos do Instituto Nacional de Educação dos Surdos, Educandário SALT, EM Capistrano de Abreu, Colégio Estadual Clóvis Monteiro, estudantes das comunidades pacificadas de São Carlos e do Andaraí, além de moradores de uma comunidade do bairro Sampaio. Houve também distribuição de pipoca oferecida pela empresa de alimentos Granfino.

As próximas apresentações da Escola Nacional de Circo vão ocorrer nos dias 30 de outubro, 25 de novembro e 9 de dezembro. Grupos e escolas interessados em assistir aos espetáculos devem realizar agendamento. A duração de cada apresentação é de aproximadamente 60 minutos.

Escola Nacional de Circo – ENC
Rua Elpídio Boamorte, s/n – Praça da Bandeira
Rio de Janeiro (RJ)

Agendamento de grupos e escolas:
(21) 2504-5320
visitacaoenc@gmail.com

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