Realizada pela Fundação Nacional de Artes, através do Centro da Música, o programa Contemporâneos na Sala Funarte traz mais dois shows ao Rio de Janeiro: no dia 29, quinta-feira, Maurício Pereira mostra suas canções, acompanhado de banda. Na sexta (30), a cantora Livia Nestrovski e o guitarrista Fred Ferreira apresentam arranjos e interpretações – de obras de compositores famosos e da nova geração.
O horário é às 19h30. A Sala Funarte Sidney Miller fica no Palácio Gustavo Capanema, no Centro da Cidade. Os ingressos têm preços populares. Livia Nestrovski e Fred Ferreira contam com a participação de Bruno Cosentino, cantor e compositor carioca.
No Contemporâneos na Sala Funarte, vários grupos, reconhecidos pelo trabalho em criação e pesquisa na área musical, fazem a curadoria das ocupações. Eles escolhem diversos artistas e conjuntos com propostas inovadoras, vindos de diferentes estados do país. Maurício Pereira foi convidado pelo Coletivo Audio Rebel/Quintavant. Já Livia Nestrovski e Fred Ferreira vêm a convite do blog Banda desenhada.
Maurício Pereira lança o sexto álbum solo Pra Onde que eu tava indo
O compositor, cantor, saxofonista e poeta Maurício Pereira chega ao Rio para apresentar na Sala Funarte o repertório de seu sexto disco solo, Pra Onde que eu tava indo. A curadoria é do coletivo Quintavant/Audio Rebel. Acompanhado por Gabriel Basile na bateria, Henrique Alves no baixo, Pedro Montagnana no piano elétrico e Tonho Penhasco (guitarra e violão), Maurício apresentará as canções do álbum e outras, de seus oito discos – dois deles gravados com Os Mulheres Negras, e os outros cinco, em solo. O artista é conhecido por sua forma particular de compor, com perspectiva atenta para os personagens e acontecimentos cotidianos, e pela liberdade com que trabalha as palavras, melodias e harmonias.
Desde o ano de 2010 sem lançar discos autorais (seu último foi Carnaval Turbilhão, que reúne marchinhas de carnaval tradicionais, com o grupo Turbilhão de Ritmos), Mauricio revela nova safra de canções inéditas e uma nova banda, em Pra Onde que eu tava indo. Gravado pelo produtor Apollo 9 (Otto, Marcelo D2), o trabalho foi produzido pelo próprio Mauricio e por Tonho Penhasco (que trabalhou com Itamar Assumpção e Skowa e a Máfia) e Eduardo Marson, sob supervisão de Apollo.
No repertório, destaque para Fugitivos, Criancice e Três Homens, três celulares. A canção que dá nome ao disco é parceria com o violeiro mineiro Chico Lobo. Há parcerias com Luis Felipe Gama, Lincoln Antônio e Tonho Penhasco, e ainda a interpretação da obra de Jorge Mautner Aeroplanos (com acompanhamento do quarteto de Daniel Szafran e Claudio Faria); uma versão a capella para Notícia – Nelson Cavaquinho; uma releitura de um jeito “rock’n’roll” de Medrosa, do cultuado disco Entrevista com Stela do Patrocínio, de Lincoln Antônio e Georgette Fadel (aqui acompanhado por Leandro Paccagnella, Mano Bap, Tonho Penhasco e Luiz Waack). Em Pra Onde que eu tava indo, Maurício também “injeta folk” no clássico do pop italiano dos anos 60 Ciao Amore (Luigi Tenco), acompanhado pelos violões de Tonho e de Tim Bernardes (seu filho). Também participa do trabalho o trompetista Amilcar Rodrigues (DJ Tudo, Projeto B) em Fugitivos. Os discos solo de Maurício Pereira são distribuídos pela Tratore e estão disponíveis nos sites de “streaming” Rdio, Deezer e Spotify.
Contemporâneos na Sala Funarte
29 de outubro de 2015, quinta feira, às 19h30
Maurício Pereira – Pra Onde que eu tava indo
Sala Funarte Sidney Miller (endereço abaixo)
Vendas antecipadas online até 16h do dia 28/10. Acesse aqui
Vendas na bilheteria da Sala Funarte Sidney Miller, no dia do show – sujeitas a lotação
Endereço: Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa nº 16, térreo – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Apoios: Gráfica 5.2 Design, Que Pin, Que Pan, Dona Vegana e Estação ToledoCartaz: Mariana Mansur. Fotos: Gal Oppido / Daniel Ach
Contato: Arte Rumo Produções – raquel@arterumo.com.br
Livia Nestrovski e Fred Ferreira: criação inovadora no arranjo e na interpretação
No dia 30 de outubro, sexta-feira, também às 19h30, sob curadoria do Banda Desenhada, blog do pesquisador musical Márcio Bulk, a Sala Funarte Sidney Miller recebe a cantora Livia Nestrovski e o guitarrista Fred Ferreira. Eles contarão com a participação de Bruno Cosentino, cantor e compositor carioca.
Em sete anos de parceria, o duo apresentou-se por todo o Brasil, na França, em Portugal e na Colômbia. Em busca de um afastamento das maneiras tradicionais de interpretação, a guitarra de Fred Ferreira e a voz de Livia Nestrovski dialogam e passeiam por diferentes paisagens sonoras, através de canções de Milton Nascimento, Tom Jobim, Kurt Weill, Zé Miguel Wisnik e compositores da nova geração. Eles apresentam canções de seu primeiro disco, DUO (2013), além de arranjos inéditos.
O álbum tem recebido elogios da crítica, do público e da classe artística, e agradado no na Europa e no Japão. Para o compositor Tom Zé, Lívia e Fred foram “muito feliz nas escolhas” do álbum, e destaca a canção Jogral. Já o músico e professor Luiz Tatit comenta que a escolha do repertório de fato foi produtiva e todas as dez faixas apresentam originalidade: “Todas dizem ao que vieram. Mas Youkali é uma das melhores interpretações que já ouvi na minha vida”, analisa. O trabalho foi apontado ainda como “ousado” e “inovador” pelo Guia da Folha de São Paulo (março 2013) e “arrojado”, pela Revista Continente (PE), em agosto do mesmo ano. Desde o lançamento do disco, Lívia e Fred estiveram em diversos programas de TV, como Metrópolis (TV Cultura), Estúdio I, Sem Censura (TV Brasil) e Programa do Jô, além de figurarem em programas de rádio de inúmeras e importantes emissoras do país e do exterior.
Sobre o duo
Lívia Nestrovski é formada em Canto Popular pela Unicamp e é Mestre em Musicologia pela Uni-Rio – onde realizou pesquisa sobre o “scat singing” (vocal improvisado, com sons, silabas ou palavras sem sentido) na música brasileira – na técnica, o cantor utiliza a voz como instrumento. Iniciou seus estudos musicais nos EUA, onde morou, entre 1999 e 2002 e ganhou 8 prêmios por excelência musical, em competições solo e de coral. Em 2013, foi apontada pelas revistas Marie Claire e Vogue como uma das novas vozes da música nacional. Em 2014, foi descrita pela revista Polivox como cantora de “presença luminosa, avassaladora”, cuja voz já seria “ uma das maiores realizações da canção brasileira contemporânea”. Desde 2008, é solista de Arrigo Barnabé, que, em entrevista recente, referiu-se a ela como sendo “tranquilamente uma das maiores vozes de sua geração”. A cantora lançou, ao lado de Arrigo e de Luiz Tatit, o disco De Nada mais a algo além (2014), fruto de parcerias inéditas dos dois compositores. Nas palavras de José Miguel Wisnik, este álbum foi possível “graças ao frescor e ao calor jovial unidos na voz agilíssima de Lívia Nestrovski”, que tendo “intimidade de nascença com as mais intrincadas passagens, dá triplos saltos carpados na voz sem perder a naturalidade entoativa…”. O disco foi nomeado finalista do Prêmio da Música Brasileira (2015), nas categorias Álbum Projeto Especial e Melhor Canção (Ano bom).
Com o grupo Cumieira (instrumental, com influência de Hermeto Pascoal), gravou outro disco e realizou turnês pelo Brasil, através de prêmios da Funarte (2010/2011), além de tocar no Festival Internacional Jazz a La Calle (Uruguai). Foi idealizadora, produtora e cantora do projeto Cartas e Canções (2011), patrocinada pelos Correios em. Destaca-se o seu trabalho nos espetáculos com repertórios de Dolores Duran, Dalva de Oliveira & Herivelto Martins, Ary Barroso e Aracy de Almeida – todos com arranjos e direção musical de Fred Ferreira. Integra o sexteto vocal carioca BeBossa, que também acompanha Roberto Menescal e Wanda Sá (o grupo gravou, como convidado de Menescal, uma edição do programa de TV Som Brasil, em 2013). Lívia também canta ao lado de Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik, com quem apresentou-se em Lisboa, Portugal (2014 e 2015). É professora de canto da Faculdade Santa Marcelina (São Paulo).
Fred Ferreira é graduado em Composição e Viola de Orquestra pela Unicamp. Arranjador, diretor musical, trilhista e instrumentista em diversos trabalhos, tanto no meio erudito quanto popular, tocou e gravou com artistas como Alcione, Rita Benneditto, Elymar Santos, Orlandivo, Bebeto, Jair Rodrigues, Simoninha, Ritchie, João Sabiá, Carlos Dafé, Paula Lima, Léo Jaime, Sandra de Sá e Fernanda Abreu. Foi solista do samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, em 2013; e arranjador do concerto Imagine: a canção inglesa de Purcell aos Beatles (para teorba, viola da gamba e contratenor) e do projeto Cartas e Canções (para guitarra elétrica, teorba, contratenor e voz – patrocinado pelos Correios). É arranjador e diretor musical do cantor Eduardo Canto, com quem realizou ciclos de tributos a cantores e compositores da época de ouro do rádio (que lotaram importantes teatros do Rio). Criou trilhas sonoras para os espetáculos Conhece-te a ti mesmo, contemplado com o Prêmio Funarte Klauss Viana de Dança 2006, A Terceira margem do rio (teatro), e para o curta-metragem Iracema” (Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo). Em 2014, participou do Java Jazz Festival, em Jakarta (Indonésia).
Contemporâneos na Sala Funarte
30 de outubro de 2015, sexta feira, às 19h30
Livia Nestrovski e Fred Ferreira
Curadoria: Coletivo Banda Desenhada
Participação especial: Bruno Cosentino
Sala Funarte Sidney Miller – RJ
Endereço abaixo
Vendas antecipadas online – sujeita a lotação. Acesse aqui
Vendas na bilheteria da Sala Funarte Sidney Miller, no dia do show
Endereço: Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa nº 16, térreo – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações e clipping: www.duoliviafred.com
Facebook: https://www.facebook.com/LiviaNestrovskiEFredFerreira
Sobre o Contemporâneos na Sala Funarte
Neste projeto de ocupação da Sala Funarte Sidney Miller em 2015, o espaço recebe ao todo seis coletivos, que ficarão responsáveis pela programação de cinco shows cada um, do dia 24 de julho, até a segunda semana de dezembro – sempre às quintas e sextas-feiras (conforme a ocupação), e sempre às 19h30. Além do Audio Rebel/Quintavant e da Banda Desenhada, participam da ação os grupos: Chama, Etnohaus, Norte Comum e Leão Etíope do Meier. Selecionados pelo Centro da Música da Fundação Nacional de Artes, eles apresentam perspectivas estéticas e concepções musicais distintas: “Vão desde o trabalho com música percussiva, bloco de carnaval, música experimental e de improviso e música eletrônica, até vertentes da canção, mais próximas da literatura e da tradição da música popular brasileira”, explica o diretor do Cemus/Funarte, Marcos Lacerda. “A iniciativa faz parte do Programa de Integração das Salas Funarte, que envolve uma série de projetos”, informa o diretor. Ele acrescenta que a proposta tem como foco a criação e a mediação crítica da música popular e da canção brasileira contemporânea, autoral e independente. “Este ano, a ação é restrita a grupos do Rio de Janeiro e à sala Sidney Miller. Mas, a partir de 2016, se estenderá pelas outras salas Funarte do Brasil, com coletivos de artistas dos outros estados e regiões onde elas se localizam”, conclui o diretor.
Contatos
Banda Desenhada
www.bandadesenhada.com.br
www.facebook.com/Banda-Desenhada-218496994833725
desenhada.banda@gmail.ccom
Audio Rebel/Quintavant
https://quintavant.bandcamp.com/
www.facebook.com/quintavant/
http://www.audiorebel.com.br/
https://www.facebook.com/audiorebelrio/
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Sala Funarte Sidney Miller
Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa, 16, térreo – Centro
Rio de Janeiro (RJ)
Bilheteria: (21) 2279 8104
(21) 2279 8087
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música
cemus@funarte.gov.br