Contemplado no Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014, o projeto Grua – Corpos de Passagem se lança nas águas do Rio São Francisco e se mistura à população local para descobrir mais sobre o cotidiano dessas pessoas, os problemas que enfrentam e sua relação com a arte e cultura.
Serão oito dias de navegação, até 29 de março, período em que os artistas paulistas do grupo GRUA vão interagir com os moradores da região. Como vivem as comunidades ribeirinhas? Quais são os seus desejos? Que referências têm de arte e cultura? Elas estão somente à margem do São Francisco ou à margem dos interesses públicos? A proposta é produzir um vídeo com as imagens captadas nesses oito dias de navegação. Ao lançar um olhar sobre essas comunidades, os integrantes do projeto pretendem também dar-lhes maior visibilidade.
Sobre o GRUA
Fazer dança em espaços públicos tem muitas conotações para o grupo paulista GRUA – Gentleman de Rua. Liberdade, improviso e mobilidade artística são parte dessa proposta que vem sendo construída pelo grupo ao longo de sua trajetória de quatorze anos. Formado por homens sempre vestidos de terno preto, os integrantes do GRUA – artistas consagrados do cenário da dança paulista – exploram lugares públicos dos centros urbanos, confundindo-se com aqueles que neles transitam. O primeiro cenário foi a Avenida Paulista e como figurino o grupo adotou o traje a rigor (terno preto, gravata, camisa em tons sóbrios e sapato social), buscando a identificação com o homem de negócios (personagem central do espaço escolhido). Em sua atuação, o GRUA vem se desenvolvendo e alargando suas performances. Convidado por diferentes agentes culturais da área da dança, o grupo compõe suas apresentações, sendo a mobilidade, o improviso e a espontaneidade premissas básicas que norteiam o trabalho proposto pelo GRUA.
Projeto contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014