A Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural Funarte São Paulo dá boas-vindas ao músico e produtor paulistano Gui Amabis, que realiza quarta-feira, dia 4, o primeiro de uma série de shows gratuitos de compositores da MPB programados para este mês de maio naquele espaço.
Gui Amabis apresenta no palco da Guiomar Novaes seu terceiro e mais novo CD autoral, Ruivo em Sangue. As nove faixas do álbum não abrem mão da densidade e do furor dos lançamentos anteriores, mas contrapõe o ar soturno e a introspecção de Trabalhos Carnívoros, seu segundo projeto, fazendo uso de paisagens solares, temas oníricos e construções categoricamente cinematográficas. Mais: se em seu primeiro lançamento o artista Gui Amabis buscou a ancestralidade nas Memórias Luso-Africanas, agora as raízes de inspiração são outras, e ele volta mais ruivo do que nunca.
O compositor presente em inúmeras trilhas sonoras de produções estrangeiras e nacionais (como Bruna Surfistinha, Filhos do Carnaval, Alice, PSI, Lord of War e Perfect Stranger) revela também, neste novo disco, seu lado dramático, cênico e não menos lírico.
Em Ruivo em Sangue, Amabis interpreta composições próprias – metade delas fruto de parcerias firmadas com os músicos e amigos de longa data Dustan Gallas, Regis Damasceno e Marcelo Cabral – e declama poemas visuais e sonoros.
Composto e gravado entre São Paulo e Lisboa, Ruivo em Sangue carrega a solidão de caminhar à deriva pelas ruas da capital portuguesa. Os frutos de mais uma investida peregrinadora às suas origens são o fechamento de uma “pesquisa” (que vinha sendo feita, lá atrás, desde Trabalhos Carnívoros), a leveza harmônica das composições (algumas delas contaram com a magnitude de um quarteto de cordas) e, sobretudo, uma aproximação maior entre seus parceiros e do seu próprio canto.
A Sala Guiomar vai receber ainda, na primeiras semana de maio, Iará Rennó e Léo Cavalcanti.
Sobre Gui Amabis: Gui Amabis nasceu em São Paulo em 17 de outubro de 1976. Iniciou sua carreira profissional em 1998 como assistente nos estúdios RAC, em São Paulo. Neste mesmo ano começa sua formação musical teórica com o professor Levy Miranda, com quem estudou canto e violão até o fim de 2002. No mesmo ano foi apresentado, pelo seu irmão Rica Amabis, ao compositor de trilhas sonoras Antonio Pinto, construindo uma parceria até 2007. A partir deste momento soma à composição, já insuficientes para dar vazão a todo o seu potencial criador, o trabalho de letrista e produtor de discos. Sua primeira letra a ser gravada é Miopia, cantada por Céu no projeto Sonantes. Depois de quatro anos Gui lança seu primeiro disco autoral, Memórias Luso-Africanas. Gui produziu discos relevantes no cenário nacional como: Vagarosa (2009) Caravana Sereia Bloom (2012) da cantora Céu, São Matheus não é um Lugar Assim tão Longe (2008) de Rodrigo Campos, Sonantes (2008), do coletivo Sonantes, formado por ele, Rica Amabis, Pupillo, Dengue e Céu. Além de seus discos autorais – Memórias Luso-Africanas (2011) e Trabalhos Carnívoros (2012), Gui também trabalhou em trilhas sonoras para filmes e séries de TV como: Collateral (2003), Lord of War (2004) (Senhor das Armas), Quincas Berro D’Água (2010), Perfect Stranger (2007) Giovanni Improtta (2013), Bruna Surfistinha (2011), Filhos do Carnaval (2009) e Cidade dos Homens (2003). Seu repertório pode ser ouvido e visto no seu site, www.guiamabis.com.
Show: Ruivo em Sangue, com Gui Amabis
Dia 4 de maio | quarta, às 20h
Gratuito
Sala Guiomar Novaes do Complexo cultural Funarte São Paulo. Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São paulo, SP. Tel (11) 3662-5177
Fonte: Fina Produção