Aos 25 anos de idade e com pouco mais de um ano de estrada, o rapper Rico Dalasam virou a própria mesa e já é uma das principais apostas da música brasileira contemporânea. Quem vier ao Complexo Cultural Funarte São Paulo nesse sábado, 7 de maio, às 18h, vai conferir pessoalmente o ineditismo e a musicalidade deste artista, que faz show gratuito na Sala Guiomar Novaes.
Rico Dalasam nasceu Jefferson Ricardo Silva, pobre, negro e gay, num bairro de periferia em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo. E é exatamente com essas identidades – que são também de milhares de brasileiros – que o músico alimenta suas composições.
Considerado uma das principais apostas da cena musical contemporânea, Rico Dalasam desafia a noção de normalidade no trabalho e na vida. Prova disso é que o primeiro CD do rapper logo ganhou de batismo um nome inventado: Orgunga, combinação das palavras orgulho, negro e gay. Em 2015, ele lança seu primeiro EP, Modo Diverso, com seis músicas que narram suas experiências de juventude. Rico Dalasam também lançou dois videoclipes, das faixas Aceite-C e Não Posso Esperar, nas principais redes de televisão do país, como MTV e Multishow.
Em pouco mais de um ano de carreira, o músico já se apresentou nas principais capitais do país, circulando por mais de dez estados e se destacando como o rapper que, atualmente, mais faz shows pelo Brasil. Recentemente, Rico foi destaque na programação do Music Vídeo Festival (MVF 2015) realizado na cidade de São Paulo, além de se apresentar para milhares de pessoas no palco principal da 19a Parada do Orgulho LGBT de SP.
A qualidade e o ineditismo do repetório de Rico Dalasam granjearam incentivos e elogios por parte de grandes nomes da música contemporânea, como Gilberto Gil, Criolo e Caetano Veloso, e da mídia especializada. O rapper foi capa de importantes jornais e revistas do país, e ganhou espaço em programas de TV em rede nacional.
A palavra queer encampa um movimento de ruptura das padronizações de “normalidade” de gênero e de enfrentamento à marginalização social imposta a grupos socialmente tachados como inaceitáveis. A cena de rap queer faz parte do universo cultural norte-americano desde o final dos anos 80 e início dos 90, ou até antes.
Show: Rico Dalasam
Dia 7 de maio | Sábado, às 18h
Duração: 55min | Classificação etária: live
Gratuito
Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural Funarte São Paulo. Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Tel (11) 3662-5177