Funarte lança livro ‘Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil’

Capa

Um palco pequeno, plateia de 100 lugares, sem bilheteria: um teatro em Santa Teresa, bairro boêmio carioca. Assim era, nos anos 1950, o Teatro Duse. O primeiro teatro-laboratório do Brasil é fruto da ousadia do escritor, diplomata, crítico, diretor, animador cultural e, acima de tudo, incentivador das artes e da cultura Paschoal Carlos Magno (1906-1980). Foi sobre esse projeto revelador de atores, autores, encenadores e cenógrafos das artes cênicas que se debruçou o dramaturgo, diretor teatral, ator e professor Diego Molina para escrever Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil, editado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, que será lançado no dia 17 de maio, terça-feira, às 19h, na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97), no Rio.

Acesse abaixo o “book trailer” do livro

Entre atuar, dirigir e lecionar, Diego Molina cursou mestrado na UniRio e mergulhou no legado de Paschoal Carlos Magno: um acervo inédito com mais de 25 mil documentos. Foram anos de trabalho – entre pesquisa, entrevistas, redação e revisão. O livro é resultado de uma dissertação de mestrado defendida no Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (CLA Unirio) em agosto de 2009, sob a orientação da Professora Dra. Tania Brandão. Anos depois da conclusão da obra, para a sua publicação, o autor fez algumas pequenas modificações no texto – sobretudo atualizando as informações da pesquisa e tirando um pouco do academicismo do texto, para permitir uma leitura mais leve e prazerosa.

A obra parte do acervo pessoal de Paschoal Carlos Magno (Centro de documentação da Funarte), com foco principal no Teatro Duse, criado pelo fundador para ser um espaço de atuação e experimentação teatral – com destaque para a sua Escola de Arte Dramática. Diego Molina analisou também os espetáculos que compunham o Festival do Autor Novo e o diálogo sobre a questão da dramaturgia nacional da década de 50. O livro é fruto da admiração do autor por Magno: “Ele não é muito conhecido hoje em dia. Morreu em 1980 e, de 1930 até sua morte, foi um dos principais nomes da cultura brasileira”.

O autor entrevistou personalidades ligadas às artes cênicas, como a saudosa crítica teatral Bárbara Heliodora; e talentos revelados no Teatro Duse, como os atores Othon Bastos, Agildo Ribeiro e Maria Pompeu. Aliás, foram muitos artistas que surgiram ou passaram pelo Teatro Duse, a exemplo dos autores Antonio Callado, Rachel de Queiroz, Hermilo Borba Filho, Francisco Pereira da Silva e Aldo Cavet – que participaram do Festival do Autor – e dos atores Glauce Rocha, Tereza Raquel, Sebastião Vasconcelos, Consuelo Leandro e Joel Barcelos.

Construído na própria residência de Paschoal, o Teatro Duse foi batizado com esse nome em homenagem à reconhecida atriz italiana Eleonora Duse, admirada pelo agitador cultural. O autor de teatro e roteirista Bosco Brasil, que assina o prefácio do livro explica a relação de Magno com a atriz: “Ouso chamar a própria Eleonora Duse em meu auxílio. Seu nome e de Paschoal Carlos Magno estarão inquebrantavelmente ligados para sempre em nossas mentes”. O dramaturgo lembra que os dois nunca se conheceram; e que Paschoal nem sequer viu a artista no palco. Mas explica que a veneração do incitador das artes pela atriz era fervorosa; e herdada pelo pai dele, um sensível italiano.

Sobre o autor

Dramaturgo, roteirista, diretor, ator, professor e cenógrafo, Diego Molina é formado em Direção Teatral e Mestre em Teatro pela UniRio. Entre seus principais trabalhos como autor: Pequenos poderes, Os Trabalhadores do mar (adaptação da obra de Victor Hugo), O Espião que nós amamos (com Bosco Brasil); Woody Allen não se encontra; Ninguém mais vai ser bonzinho; A menina do kung fu; Fabulamente; além de diversos esquetes escritos também para o coletivo Clube da Cena e para o site Drama Diário. É o criador do livro Cena impressa. Ganhou o Prêmio Shell 2012 na categoria especial, com a Cia. Alfândega 88, pela ocupação e revitalização do Teatro Serrador, no Rio de Janeiro. Foi indicado ao Prêmio Faz Diferença 2010 pelo trabalho em favor da inclusão, com o grupo Os Inclusos e Os Sisos. Dirigiu e/ou assinou a cenografia de espetáculos como: Radiofonias Brasileiras, musical de Bosco Brasil (direção); War, de Renata Mizrahi (direção e cenografia); Bette Davis e a máquina de Coca-Cola, de Jô Bilac e Renata Mizrahi (direção e cenário); Joaquim e as estrelas, de Renata Mizrahi (direção); Os Trabalhadores do mar (direção e cenário indicados ao Prêmio Questão de Crítica 2013); e Sarau das putas (cenário), direção de Ivan Sugahara.

Deu aulas de dramaturgia na Sociedade Brasileira de Autores – SBAT, na PUC-Rio, na Biblioteca Parque Estadual, no Teatro Serrador e em diversas unidades do SESC. Foi colaborador de Bosco Brasil em diversos projetos de televisão e cinema, com destaque para o longa-metragem Floresta profunda, e os especiais de fim de ano da Record Noite de arrepiar e Casamento blindado. Atualmente, é autor roteirista do programa Zorra, da TV Globo, e jurado do Prêmio Zilka Salaberry de teatro infantil. Publicará, no segundo semestre, o segundo volume da coleção Cena Impressa – Teatro em parceria.

Lançamento do Livro
Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil
Diego Molina
Edição: Funarte

17 de maio – terça-feira, às 19h

Lançamento: Dia 17 de maio de 2016, terça-feira, às 19h
Livraria da Travessa – Botafogo
R. Voluntários da Pátria, 97 – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ

Páginas: 239
Preço: R$ 40

Aquisição do livro:

Rio de Janeiro (RJ)

Livraria Mário de Andrade
Funarte – Rua da Imprensa 16
Centro

Livraria da Travessa
Rua Voluntários da Pátria, 97
Botafogo

A compra também pode ser solicitada através do e-mail:
livraria@funarte.gov.br
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