A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do ator Guilherme Karam, ocorrida nesta quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro (RJ). Internado há dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, no bairro do Lins de Vasconcellos, Guilherme que tinha 58 anos era portador da síndrome de Machado-Joseph, doença degenerativa hereditária, que lhe foi passada pela mãe. O ator começou a sentir os efeitos da síndrome há onze anos.
Guilherme Karam estreou na TV Globo na novela Partido Alto (1984), de Glória Perez, em 1984, quando viveu o personagem Políbio, um guru de mentira. Mas foi no programa TV Pirata, também na TV Globo, que o ator mostrou seu talento para a comédia. Ele atuou ainda nas novelas Dona Beja (1986) e Carmem (1988), na TV Manchete; Meu Bem, Meu Mal (1990); Explode Coração (1995); Pecado Capital (1998); O Clone (2001); América (2005) – a última em que Guilherme trabalhou; além das minisséries Engraçadinha, seus amores e seus pecados (1995) e Hilda Furacão (1998), todas na TV Globo. Entre seus personagens na televisão, o destaque foi o mordomo Porfírio de Meu Bem, Meu Mal (1990), apaixonado pela “Divina Magda”, interpretada pela atriz Vera Zimmermann. A novela hoje está sendo reprisada em um canal da TV a cabo.
No teatro, o ator participou dos espetáculos Lola Moreno (1979), de Bráulio Pedroso; Rasga Coração (1979), de Oduvaldo Vianna Filho; nas duas montagens de Piaf (1983/São Paulo e Rio de Janeiro), de Pam Gens e Miguel Falabella e Guilherme Karam, Finalmente Juntos e Finalmente ao Vivo (1985), de Mauro Rasi, Miguel Falabella e Vicente Pereira.
Guilherme Karam também se dedicou ao cinema, participando de 15 longas-metragens, entre eles Luz Del Fuego (1982); O Rei do Rio (1985); O Homem da Capa Preta (1986) em que viveu o jornalista Flávio Cavalcanti; Super Xuxa contra Baixo Astral (1988) e As Alegres Comadres (2003), sua última atuação na tela grande.