Nem mesmo o “susto na véspera” com a mudança de local e horário do show, como contou Joana Queiroz, integrande do Quartabê, comprometeu o entusiasmo da banda paulistana que abriu a série de espetáculos de música popular brasileira – programação especial da Fundação Nacional de Artes para o período dos Jogos Rio 2016, na noite de quarta, dia 3 de agosto. Alterações de última hora, por questões internas, obrigaram a Funarte a transferir para o Teatro Glauce Rocha, também no Centro do Rio (RJ), a agenda de shows da Sala Sidney Miller.
“Nos preparamos para o que desse e viesse, porque sabíamos que era um teatro novo, que a gente não conhecia e que não tinha os equipamentos apropriados”, disse Joana Queiroz, instrumentista e porta-voz do grupo. “O Paulo Denizot, iluminador, montou tudo sozinho (nossa sorte é que ele já tinha trabalhado lá), enfim foi uma série de “sortes”. A nossa equipe é muito boa, muito competente, montou tudo rapidinho; a Rafinha Prestes, nossa técnica de som arrasou, passou o som rápido e estava ótimo, excelente. O Paulo Denizot incrível também, a luz ficou linda. A gente não sabia se o público iria conseguir chegar naquele teatro, porque foi uma mudança de local na véspera”, resumiu Joana a expectativa dos artistas para a apresentação no Glauce Rocha.
Mas o público estimado em 60 pessoas que compareceu ao show do Quartabê surpreendeu. Na plateia, também estavam artistas e outros do fã-clube do grupo paulistano. “Deu um público muito legal, inclusive pessoas super importantes pra gente: Andrea Ernest Dias que é nossa madrinha; a Alba Lirio, super cantora e professora de canto indiano, genial; o Henrique Band saxofonista, compositor e arranjador, super amigo e o Márcio Bulk do Banda Desenhada. Enfim, muita gente massa, e muito astral, muito astral”. Assim definiu Joana Queiroz o público diversificado e em sua maioria jovem que foi conferir o repertório que o Quartabê levou para o Teatro Glauce Rocha. “Foi um show bem tranquilo. Acho que muitas pessoas que estavam lá, estavam assistindo pela primeira vez, então foi um impacto legal”, completou ela.
A artista disse, ainda, que, no fim, tudo funcionou bem e ressaltou o empenho do pessoal da Funarte para superar as dificuldades com a mudança. “A equipe da Funarte se esforçou ao máximo para que tudo desse certo”.
As instrumentistas do Quartabê – Ana Karina Sebastião, Joana Queiroz, Maria Beraldo Bastos e Mariá Portugal e, ainda, o pianista e tecladista Chicão apresentaram composições de Moacir Santos, que fazem parte do CD Lição número 1: Moacir, além de COISA #2, que abriu o show.
O público que compareceu ao espetáculo também pode levar para casa o trabalho do Quartabê. O CD Lição número 1: Moacir, o primeiro do Quartabê, foi vendido à saída do show.