Funarte apresenta duas óperas nacionais inéditas

Doriana Mendes, solista de "Medeia" - Foto: Silvana Marques

A Fundação Nacional de Artes – Funarte promove em setembro a estreia mundial de duas óperas brasileiras: A Ópera do Mambembe Encantado e Medeia. Cada uma terá três apresentações, integrando a programação cultural do Ministério da Cultura para o período das Paralimpíadas. As récitas serão realizadas na Escola de Música da UFRJ, no bairro da Lapa, centro do Rio de Janeiro (RJ), sempre às 19h30. A entrada é franca.

A Ópera do Mambembe Encantado estreia dia 1º de setembro. A duração será de 70 minutos. As outras apresentações serão nos dias 2 e 3 de setembro, sexta e sábado, também às 19h30 horas.

Com música de Eli-Eri Moura e libreto de Tarcisio Pereira, A Ópera do Mambembe Encantado tem no elenco Gabriela Geluda, Lara Cavalcanti, Flávio Leite e Homero Velho. O enredo gira em torno de um triângulo amoroso entre um palhaço, um mágico e uma malabarista de um circo mambembe.

Nos dias 14, 15 e 16 de setembro é a vez de Medeia, inspirada na tragédia grega de Eurípedes. Abandonada por Jasão, ela se vinga matando sua nova esposa, seu pai e os filhos que ambos tiveram. Com música e libreto de Mário Ferraro, a ópera contemporânea conta no elenco com Doriana Mendes (soprano), Lorena Espina (mezzo-soprano), Adalgisa Rosa (contralto), Gustavo Quaresma (tenor) e Lício Bruno (baixo-barítono).

A orquestra residente que acompanhará os solistas é a do ABSTRAI Ensemble, grupo carioca de música de câmara contemporânea, dirigido por Pedro Bittencourt. A direção artística é de Mario Ferraro e a direção musical do maestro Carlos Prazeres. A direção cênica cabe a Marcelo Gama, com cenário e figurinos de Ricardo Cosendey. A produção é da Artematriz Soluções Culturais.

As óperas

A Ópera do Mambembe Encantado
Narra a história de um triângulo amoroso entre um palhaço, um mágico e uma bela malabarista de um circo mambembe do interior do Nordeste, envolta na atmosfera de encantos e magias dentro do universo de opressão, preconceitos e miséria dos artistas circenses. Uma alegoria da luta do Bem contra o Mal, que atravessa um tempo de 20 anos, em uma fábula repleta de tentações, provas e aventuras pela quebra de um feitiço que, no passado, interrompera o relacionamento amoroso entre um casal de artistas populares.

Medeia
Inspirada na obra do grego Eurípedes que a escreveu no ano 431 a.C. A personagem mitológica Medeia é a mulher transgressora em relação aos valores femininos. Carregada de amor e ódio ao mesmo tempo, Medeia representa um novo tipo de personagem na tragédia grega. É a esposa repudiada e a estrangeira perseguida que se rebela contra o mundo que a rodeia. Tomada de fúria terrível contra Jasão, o marido infiel que a abandona e se casa com Glauce, filha de Creonte, o rei de Corinto, Medeia mata os próprios filhos que teve com Jasão, para vingar-se dele.

Os Autores

Eli-Eri Moura é doutor em composição pela Universidade do Canadá. Leciona no Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba, onde liderou a implantação da área de composição. Tem quatro CDs autorais e detém vários prêmios nacionais e internacionais.

Tarcisio Pereira é escritor, roteirista, jornalista e publicitário. Autor de vários livros e peças cênicas, é também diretor teatral e já recebeu vários prêmios por sua obra literária e dramatúrgica. Em parceria com Eli-Eri Moura, realizou os espetáculos: Os Sete Mares de António, Atrás de um Rabo de Saia, Paixão do Menino Deus, Memorial-Musical de Luiz Gonzaga, A Coragem e a Cara, De João para João, entre outros.

Mario Ferraro fez doutorado em Londres, onde foram estreadas várias de suas obras, inclusive duas óperas de câmara. Recebeu o primeiro lugar no Concurso Nacional de Composição Camargo Guarnieri.

O Regente/Diretor musical

Carlos Prazeres é um dos mais requisitados maestros brasileiros de sua geração. Regente Titular da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), atua seguidamente como regente convidado da Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) no Rio de Janeiro, onde foi assistente de Isaac Karabtchevsky, de 2005 a 2012. Já dividiu o palco com nomes como Nelson Freire, Hélène Grimaud, Gil Shaham, Maxim Vengerov, Ramón Vargas, Illya Kaller, Valentina Lisitsa, Antonio Meneses, Arnaldo Cohen, entre outros artistas consagrados. Tem dirigido importantes conjuntos sinfônicos no Brasil e no exterior, como a Orchestre National des Pays de la Loire, na França, Sinfônica Siciliana, Orquestra da Arena de Verona, na Itália, Filarmônica de Buenos Aires, na Argentina e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).

Ficha Técnica:
Diretor Artístico: Mario Ferraro
Maestro/Diretor Musical: Carlos Prazeres
Diretor de Cena: Marcelo Cardoso Gama
Cenógrafo e Figurinista: Ricardo Cosendey
Coreógrafo e Assistente de direção: Rubem Gabira
Designer de Luz: Luiza Ventura

Orquestra Residente: ABTRAI Ensemble: Pedro Bittencourt (saxofones), Andrea Ernest (flautas), Batista Jr. (clarinetes), Daniel Serale (percussão), Katia Balloussier (piano), Mariana Sales (violino), Marcus Ribeiro (violoncelo), Larissa Coutrim (contrabaixo)
Músicos convidados: Elisa Weirmann (piano na Ópera do Mambembe Encantado), João Areias (trombone) e Nailson Simões (trompete)

Coordenação Geral: ARTEMATRIZ: Giane Martins e Éser Menezes

Óperas Contemporâneas

Dias 1º, 2, 3, 14, 15 e 16 de setembro
Quarta, quintas, sextas e sábado, às 19h30

Local: Escola de Música da UFRJ – Salão Leopoldo Miguez
Rua do Passeio, 98, Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Lotação: 600 lugares

* Entrada franca.

PROGRAMAÇÃO

1, 2 e 3 de setembro
. A Ópera do Mambembe Encantado

Música: Eli-Eri Moura
Libreto: Tarcísio Pereira
(João Pessoa, PB)

Personagens/Cantores:
Carranca, Raquel Beleza, Alex Sandromagia, Ana Beleza
Outros personagens secundários são encarnados pelos mesmos intérpretes de Raquel Beleza, Alex Sandromagia e Ana Beleza.

Elenco:
Gabriela Geluda, Lara Cavalcanti, Flávio Leite e Homero Velho

Duração: 70 minutos

14, 15 e 16 de setembro
. Medeia

Música e Libreto: Mario Ferraro
(Franca, SP)

Inspirada na obra de Eurípedes, a personagem mitológica Medeia é a mulher transgressora em relação aos valores femininos. Carregada de amor e ódio ao mesmo tempo, Medeia representa um novo tipo de personagem na tragédia grega. É a esposa repudiada e a estrangeira perseguida que se rebela contra o mundo que a rodeia. Tomada de fúria terrível contra Jasão, o marido infiel que a abandona e se casa com Glauce, filha de Creonte, o rei de Corinto, Medeia mata os próprios filhos que teve com Jasão, para vingar-se dele.

Elenco:
Medeia
I (soprano) – cenas 1, 5 e 7 – Doriana Mendes

II (mezzo-soprano) – cenas 2 e 4 – Lorena Espina

III (contralto) – cenas 3 e 6 – Adalgisa Rosa

I, II e III, em conjunto – Epílogo

Jasão (tenor) – Gustavo Quaresma

Egeu (baixo-barítono) – Lício Bruno

Coro das mulheres de Corinto – duas das solistas, em revezamento com a intérprete de Medeia – cenas 1 a 7

Instrumentação:
1. Flauta (dobrando Flautim e Flauta em Sol), 2. Saxofone Tenor (dobrando Sax Alto e Sax Barítono), 3. Trompete, 4. Trombone Tenor (dobrando Trombone Baixo), 5. Percussão, 6. Piano, 7. Violoncelo, 8. Contrabaixo.

Duração: 100 minutos

Realização: Centro da Música da Funarte (CEMUS)

Gabriela Geluda, solista de "A Ópera do Mambembe Encantado"
Carlos Prazeres, regente e diretor artístico

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