A Fundação Nacional de Artes encerrou, na segunda-feira, dia 29 de agosto, a Edição Especial da Bienal de Música Brasileira Contemporânea nas Olimpíadas e Paralimpíadas 2016. A programação do Ministério da Cultura e da Funarte integra a agenda cultural dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O Quinteto Villa-Lobos e Quarteto Brasiliana se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Centro da cidade, com entrada franca.
Com programação diversificada, o salão recebeu plateias receptivas e calorosas nos quatro concertos, nos dias 8, 15, 22 e 29 de agosto.
No encerramento, coordenador de Música Erudita do Centro da Música da Funarte, Flávio Silva, deu às boas vindas ao público; e fez um pequeno resumo dessa edição especial das bienais: “Chegamos ao final dos quatro concertos, que foram, para nós, muito interessantes. Rememorar um pouco dessas obras, que foram apresentadas nas Bienais passadas nos trouxe uma experiência nova”. O coordenador também reconheceu a parceria da Funarte com a Escola de Música da UFRJ. “Precisamos agradecer muito a participação da Escola e de toda sua equipe, em especial, ao Rosimaldo e ao Marcelo Jardim. Todos foram excelentes no trato conosco. E com os músicos também, é claro!”.
Sobre a seleção dos conjuntos instrumentais e o repertório dos concertos apresentados, Flávio explica como esse trabalho foi realizado. “A escolha do repertório e dos grupos surgiu do pressuposto que não íamos fazer nenhum solo, mas na melhor das hipóteses, partir de duos. Assim, escolhemos oito grupos, que já tinham participado das bienais (dois para cada concerto) e desse modo constituímos o repertório das apresentações. Isso foi bastante discutido entre nós. Acho que ficou muito bom”, ressalta o coordenador.
Os concertos
Apresentando composições de José Orlando Alves (Quinctus), Edino Krieger (Entrada harmônica e frevo canônico) e ainda de Caio Marcio dos Santos (Variações livres para quinteto de sopros), o Quinteto Villa-Lobos abriu a série de concertos da noite, muito aplaudido pelo público. O conjunto instrumental é composto por Rubem Schuenck (flauta), Luis Carlos Justi (oboé), Paulo Sérgio Santos (clarineta), Aloysio Fagerlande (fagote) e Phlliip Doyle (trompa). O compositor Edino Krieger (criador das bienais de música da Funarte), que estava na plateia, foi agraciado com uma salva de palmas pelos presentes, ao fim da elogiada apresentação de sua obra.
Encerrando a série de concertos das Bienais Olímpicas da Funarte, o Quarteto Brasiliana trouxe obras de Ernani Aguiar (Música para 4 violoncelos), Liduino Pitombeira (Contrastes) e Ernst Mahle (Quinteto). O conjunto é composto por: nos violinos, Wagner Rodrigues e Willian Isaac; Samuel Passos, na viola; e, no violoncelo, Paulo Santoro. Outros músicos fizeram parte do concerto. São eles: Ricardo Santoro, Martina Ströher e Cecilia Slamig (violoncelos), Claudio Alves (contrabaixo) e Tamara Ujakova (piano). O conjunto também recebeu o aplauso carinhoso e o reconhecimento do público.
Mais sobre as Bienais Olímpicas da Funarte
As Bienais Olímpicas reuniram obras, autores e músicos que foram selecionados a partir da XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Funarte, realizada em 2015. Os oito conjuntos instrumentais que realizaram os concertos foram de duo pianístico a quartetos de cordas, quintetos de sopros e grupos mistos. As 23 obras selecionadas foram apresentadas nas três últimas edições da Bienal pelos intérpretes que as reeditaram.
As obras são selecionadas para as Bienais a partir de dois critérios: o edital do Prêmio Funarte de Composição Clássica; e convites realizados a compositores.
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Sobre a última edição da Bienal de música brasileira contemporânea da Funarte
Sobre o Prêmio Funarte de Composição Clássica 2016