Funarte divulga vídeo em homenagem ao centenário do sambista Silas de Oliveira

Um dos grandes personagens da história do samba, o compositor Silas de Oliveira (1916-1972) é tema do vídeo que a Fundação Nacional de Artes – Funarte divulga em sua página no YouTube, a partir do dia 4 de outubro de 2016, quando se completaram exatos 100 anos do nascimento daquele que é considerado o mestre do samba-enredo. Silas foi um dos fundadores do Império Serrano, tradicional escola de samba do Morro da Serrinha, na Zona Norte do Rio, para a qual compôs grandes clássicos, como Aquarela brasileira (para o carnaval de 1964) e Heróis da liberdade (em 1968, em parceria com Manoel Ferreira e Mano Décio da Viola), entre muitos outros sambas.

A parceria com Mano Décio e algumas das obras-primas de Silas de Oliveira são destaques do vídeo, produzido pelo Centro de Programas Integrados da Funarte. O vídeo traz também depoimentos de especialistas em samba, como o baterista, cantor e compositor Wilson das Neves; o historiador Luiz Antonio Simas; e as escritoras e pesquisadoras Rachel Valença e Marília Trindade Barboza – esta última autora da biografia Silas de Oliveira: do jongo ao samba-enredo, escrita em parceria com Arthur Loureiro de Oliveira Filho e publicada pela Funarte em 1981, através do concurso de monografias promovido pela instituição a partir de 1979.

Clique abaixo para assistir ao vídeo ou assista na página da Funarte no YouTube.

Rachel Valença, autora do livro Serra, Serrinha, Serrano: o Império do samba, escrito em parceria com Suetônio Valença e publicado pela Editora José Olympio em 1981, destaca que o nome de Silas de Oliveira chega ao centenário “reconhecido como o maior compositor de samba-enredo de todos os tempos”. Luiz Antônio Simas vai além e afirma que “ele não é só o maior compositor de sambas-enredo, ele é o cara que codifica uma maneira de se fazer samba para desfile de escola de samba”. Simas é autor, com Alberto Mussa, do livro de referência Samba de enredo: história e arte, publicado em 2010 pela Editora Civilização Brasileira.

Além do samba-enredo, Silas de Oliveira também fez história como compositor de sambas de partido-alto, como Na água do rio, com Manoel Ferreira; e sambas de terreiro, como Apoteose ao samba, Amor aventureiro (ambos com Mano Décio da Viola) e Meu drama (com Joaquim Ilarindo), este último grande sucesso do cantor Roberto Ribeiro. Paralelamente ao samba, trabalhou como professor (na escola de seu pai, em Madureira), como funcionário da Comissão Federal de Abastecimento e Preços (Cofap) e como guarda no Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio, lotado no antigo Ministério da Educação e Cultura.

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