‘O olho de vidro’ estreia na quinta (16), no Centro Cultural dos Correios, Rio

Espetáculo no Centro Cultural dos Correios - Divulgação

O espetáculo O olho de vidro estreia na próxima quinta-feira, dia 16 de março e fica em cartaz até o dia 30 de abril, no Centro Cultural dos Correios, no Centro do Rio de Janeiro. A montagem foi contemplada no Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2015. Inspirado no livro “O olho de vidro do meu avô”, de Bartolomeu Campos de Queirós, a peça traz o ator Charles Asevedo como protagonista dessa história. O ator é admirador da obra de Bartolomeu e almejava fazer uma peça onde houvesse redenção na relação de um pai com o seu filho. De autoria de Renata Mizrahi, O olho de vidro é contado em primeira pessoa. As memórias do ator e suas descobertas se misturam aos personagens da literatura, criando a possibilidade de ver o mundo através de dois olhos – um que vê e o outro que imagina. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

O espetáculo tem a colaboração artística da atriz Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia, parceiros de Charles Asevedo na direção de outras montagens. Através de um projeto de leitura chamado Grandes Escritores, realizado por Holtz, Charles conheceu o criador e sua obra, no caso, o escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. O ator se apaixonou pela poética e também, pelo livro O olho de vidro do meu avô, que inspirou a peça. Segundo o relato de Bartolomeu, a memória é um grande patrimônio que a pessoa possui. “A memória é o que eu tenho de mais precioso. Mas é preciso também saber que nela tanto mora o vivido, quanto mora o sonhado. Mora a vida que eu vivi. E mora a vida que eu sonhei viver. Então quando você busca a memória, ela vem sempre misturada. Não vem pura. E é impossível ter uma memória pura. Ela é esta mistura, esta conversa entre a realidade e a fantasia”, ressalta o escritor.

Sobre o escritor Bartolomeu Campos de Queirós

Nascido em 1944, na cidade de Pará de Minas, passou a infância em Papagaios, também em Minas Gerais (MG). Com mais de 40 livros publicados (alguns deles traduzidos para inglês, espanhol e dinamarquês), formou-se em educação e artes, tornando-se humanista. Cursou o Instituto de Pedagogia em Paris e participou de importantes projetos de leitura no Brasil como o ProLer e o Biblioteca Nacional. É autor do Manifesto por um Brasil Literário, do Movimento por um Brasil literário, do qual participava ativamente. Por suas realizações, Bartolomeu colecionou medalhas: Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres (França), Medalha Rosa Branca (Cuba), Grande Medalha da Inconfidência Mineira e Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais). Recebeu prêmios literários importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras, dentre outros. Faleceu em 2012, na cidade de Belo Horizonte (MG).

Serviço

Monólogo O olho de vidro, com o ator Charles Asevedo

Temporada: 16 de março a 30 de abril
Dias e horário: quinta a domingo, às 19h
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Gênero: comédia dramática
Classificação: 12 anos
Duração: 1h

Local: Centro Cultural dos Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro, RJ

Ficha Técnica

Texto: Renata Mizrahi – Inspirado no livro O olho de vidro do meu avô, de Bartolomeu Campos de Queirós, e nos relatos de Charles Asevedo
Criação artística: Vera Holtz, Guilherme Leme e Flávia Pucci
Idealizador e ator: Charles Asevedo
Iluminação: Tomas Ribas
Cenário: Aurora dos Campos
Trilha sonora: Marcelo H
Direção de produção: Valéria Alves
Produção: Sevla Produções