Funarte prepara a I Bienal de Música e Cidadania

Alunos da Orquestra Heliópolis, do Instituto Bacarelli (São Paulo - SP). Foto: site oficial da entidade

A Fundação Nacional de Artes , através do seu Centro da Música, desenvolve, em 2017, a I Bienal Funarte de Música e Cidadania. Aberta ao público, ela vai reunir palestras, debates temáticos e apresentações musicais, relacionados às três áreas musicais alcançadas pelo Cemus: música popular, erudita e de bandas de música. A participação será gratuita.

“A formação, seja de músicos, seja no ensino para geração de plateia, talvez seja o ponto mais comum às três áreas do Centro da Música, o maior elemento de ligação entre elas, diante de toda a pluralidade que tem a música. Concluí isso na minha trajetória profissional”, avalia o diretor do Centro, Marcos Souza.

Serão convidados para a Bienal representantes de projetos bem sucedidos de educação musical ligada à cidadania, nos quais a formação tenha transformado a vida dos participantes. “Existem muitos trabalhos importantes com esse direcionamento. Cada um desenvolve ações e pesquisas interessantes, mas que não se conectam. A ideia da Bienal é reunir e articular vários projetos de sucesso, num seminário de três dias. A meta principal é a troca de ideias. Algumas dessas iniciativas deverão ser as orquestras Neojiba (BA), Heliópolis (SP) e Tuhu (RJ), por exemplo –”. propõe Marcos.

Alguns temas propostos são: “Música na escola” e “Ensino musical e transformação social”. Também deverão estar em pauta assuntos de filosofia, logística e gestão, direcionados para a educação musical, entre outros. A previsão é que a Bienal ocorra no segundo semestre de 2017, em São Paulo, Capital.

Encarregado da produção, o Centro de Música da Funarte avalia parcerias para o programa, como com a Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), o Fórum Latinoamericano de Educação Musical (Fladem) e o SESC – SP.

Articulação qualificada entre os projetos

A minuta da I Bienal Funarte de Música e Cidadania avalia que ainda não exista no Brasil um levantamento nem um monitoramento sistemáticos de projetos sócio-musicais que relacionam educação musical e desenvolvimento da cidadania, em esfera nacional. Para o Centro da Música da Funarte, estudos assim permitiriam avaliar resultados – , quantitativamente e qualitativamente –; levantar as necessidades das iniciativas; e apoiar o desenvolvimento de políticas para esse nicho. E a Bienal seria um primeiro passo nesse sentido. Ela seria um espaço para a articulação qualificada entre os diversos projetos. Essa é a proposta principal do encontro.

Com a I Bienal, a Funarte pretende, ainda, estruturar e formalizar uma rede de ações sócio-musicais, que viabilize: circulação, entre as organizações, de professores, regentes, luthiers, gestores e outros profissionais, para compartilhar práticas e especializações; registro e monitoramento das ações e de seu impacto social; formalização e parcerias com entes públicos e privados de outros setores (como desenvolvimento social e turismo, entre outros); troca de experiências, métodos e sistemas de formação e de gestão; divulgação de pesquisas; mapeamento das principais necessidades e dificuldades nas ações, e outras providências.

Música, formação e cidadania

A I Bienal  Funarte de Música e Cidadania dá forma e une os principais conceitos da nova gestão do Centro da Música: o vínculo entre a música, a educação e a cidadania; a agregação de iniciativas que já seguem este rumo; e o estímulo a esses empreendimentos. Segundo o diretor do Centro da Música, Marcos Souza, a estratégia central do seu planejamento é “música, formação e agregação”, já que, para o dirigente, a Funarte tem um papel natural aglutinador. “A partir da primeira Bienal vamos ver como podemos avançar nessa área de formação musical”, conclui Marcos Souza.

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