No dia 6 de maio tem início, na Sala Carlos Miranda, uma nova temporada de Eigengrau, no escuro, escrito por Penelope Skinner e dirigido por Nelson Baskerville. O espetáculo – que já esteve em cartaz no Complexo Cultural Funarte SP no início de 2017 – será apresentado até 28 de maio, aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h. Os ingressos têm preços populares.
A palavra de origem germânica eigengrau refere-se à cor que enxergamos na completa escuridão. Os personagens Carol, Marcos, Rosa e Tomás Gordo estão nesse espaço metafórico, que parece não ter luz nem saída, e tentam entender seus afetos, suas paixões e seus posicionamentos diante da vida. Carol, uma feminista que trabalha em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, oferece uma vaga em um quarto de seu apartamento. Assim ela conhece Rosa, uma mulher problemática e apaixonada por Marcos, marqueteiro sedutor. Ele acaba encontrando Carol e tentando conquistá-la. Tomás Gordo, por sua vez, está de luto e vive de favor na casa de Marcos, seu colega de faculdade.
Eigengrau, no escuro marca a estreia da Cia Delicatessen Teatral, criada em 2014 por Daniel Tavares, Tiago Real, Renata Calmon e Andrea Dupré com o objetivo de montar obras inéditas no Brasil. Na peça, Skinner retrata com humor as angústias da geração que está na faixa dos 30 anos. Nessa fase, espera-se que os frutos das escolhas comecem a ser colhidos. Mas o que acontece se os planos não se concretizam? Segundo Calmon, atriz e tradutora da obra, os personagens “parecem não acreditar em mais nada enquanto vagam em uma cidade grande”. “O espetáculo proporciona uma reflexão sobre temas atuais relevantes, como as novas relações que se estabelecem nas grandes metrópoles e a competição nos dias de hoje, além de lançar um olhar sobre o feminismo, sem demagogia e panfletagem”, continua.
Sobre a autora
Penelope Skinner é autora de Fucked, Fred e Dinner, The sound of heavy rain e The Village Bike. Seus próximos espetáculos serão encenados no Royal Court, em Londres, como parte de uma programação que apresenta um recorte da nova cena teatral britânica.
Sobre o diretor
Nelson Baskerville é ator, formado pela Escola de Arte Dramática (EAD-USP). Como diretor, participou das montagens de 1 Gaivota – É impossível viver sem Teatro (AntiKatártiKa Teatral), A geladeira (AntiKatártiKa Teatral), As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo (Cia Provisório-Definitivo), Lou&Leo (de Leo Moreira Sá), Córtex (de Franz Keppler), Credores (de August Strindberg, com Cia Mamba das Artes), 17x Nelson – Parte ll – Se não é eterno não é amor (de Nelson Rodrigues), Os 7 gatinhos (de Nelson Rodrigues), A falecida (de Nelson Rodrigues, com Teatro do Kaos), Brincando com fogo (de August Strindberg, com Cia Mamba das Artes). É autor e diretor de Luis Antonio – Gabriela e Por que a criança na polenta. Recebeu os prêmios Shell 2011 de melhor direção, APCA 2011 de melhor espetáculo, Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2011 de melhor direção e Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2011 de melhor espetáculo (júri popular).
Sala Carlos Miranda – Complexo Cultural Funarte SP
(Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos)
Espetáculo: Eigengrau, no escuro
De 6 a 28 de maio. Sábados, às 21h, e domingos, às 20h.
Ingressos: R$40 (meia-entrada: R$20)
Cartões não são aceitos.
A Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.
Será fornecido um ingresso por pessoa.
Duração: 90 min. Classificação etária: 16 anos.
Ficha Técnica
Texto: Penelope Skinner | Direção: Nelson Baskerville | Elenco: Andrea Dupré, Daniel Tavares, Renata Calmon e Tiago Real | Cenário e figurinos: Amanda Vieira | Desenho de luz: Wagner Freire | Trilha sonora: Fernanda Maia.
Mais informações:
(11) 3662-5177
funartesp@gmail.com