Ator, diretor teatral e compositor, Marcelino Burú apresenta, de 28 a 30 de julho, no Teatro Glauce Rocha, no Rio, o espetáculo de sua autoria Sol do Mundo. Além de contar causos bem-humorados de sua trajetória de viagem à Europa, entre os anos de 1973 e 1979, o artista leva ao público composições inéditas no Brasil que fazem parte de seu segundo CD/DVD a ser lançado: Vida Morena, Deixa de Dengo, Rede Balanceia, Coringa, parcerias com Rute Casoy, Naná Vasconcelos, Alfredo Nascimento, Geraldo Filme, Talismã, João do Vale e o angolano Bob Jr. Batalha.
Sol do Mundo é fruto do encontro de Marcelino Burú com o ex-presidente de Angola, Agostinho Neto, em Amsterdã; e Vinicius de Moraes, em Paris, e resgata o trabalho realizado por ele na época, quando criou o Grupo Kinguelê, em plena eferverscência cultural francesa. Serão realizadas somente três apresentações, de sexta a domingo, sempre às 19h, com ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Sobre o artista
Ator, diretor teatral, compositor e produtor cultural, Marcelino Buru é mineiro e tem 69 anos. Autodidata, oriundo do teatro amador, iniciou suas atividades artísticas profissionais no ano de 1968 na cidade de São Paulo, onde foi sócio-fundador do Teatro Casarão. Atuou em inúmeras montagens teatrais com diretores consagrados, como Dulcina de Moraes, Celso Nunes, Osmar Rodrigues Cruz, Plínio Marcos, Jaime Barcelos, entre outros. Atuou também nas Redes Record e Tupi em novelas como Pingo de gente, Sol amarelo e Revolta dos anjos. Na TV Globo, trabalhou com Walter Avancini e Luiz Fernando Carvalho em Rabo de saia e Renascer.
Criou e dirigiu o grupo de teatro do Serviço de Educação Supletiva (ex-Mobral). Formado por alunos, o grupo montou e apresentou O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, no Teatro Anchieta SESC e no Teatro Arthur Azevedo, em São Paulo; e Teatro da Paz, em Belém do Pará. Lecionou teatro no Colégio Sacre- Coeur de Marie, em 1973, em São Paulo, e representou o Brasil como ator e codiretor no Festival Mundial de Teatro, na Polônia, com a ópera samba O Rei Momo, de César Vieira.
Permaneceu na Europa, residindo em Paris por seis anos, onde, além do teatro, desenvolveu carreira solo musical, tendo levado sua arte a 15 países europeus e também aos Estados Unidos e África do Norte. Toda essa experiência e conhecimento acumulados durante a carreira o instigaram a fundar o Centro de Difusão Cultural Kinguelê, que nasce com a missão de contribuir para o enriquecimento cultural e social do país.
Recentemente, participou como ator do filme No meu lugar, de Eduardo Valente, produção de Walter Salles; teatro Auto da Paixão de Cristo, direção de Ginaldo de Souza (com Milton Gonçalves, Tonico Pereira, Zezé Motta, Ana Botafogo, Cosme dos Santos e grande elenco); e PapoSomPoesia, espetáculo solo autoral, nos teatros João Theotonio, Laurinda Santos Lobo, Parque das Ruínas e Lona Cultural de Jacarepaguá; e ainda da novela da Rede Globo, O Velho Chico, de Benedito Ruy Barbosa (personagem “morador de Grotas”).
Centro de Difusão Cultural Kinguelê
O Kinguelê nasce como local de referência na produção, execução e divulgação de projetos ligados a personagens e temas, étnicos ou não, que tiveram sua importância na história de nosso país e que contribuíram, em muitos casos, para a cultura mundial.
O Centro de Difusão Cultural é uma ONG que chega para ocupar tal lacuna, ao resgatar a memória de artistas brasileiros que, por não encontrarem espaço suficiente para melhor difundir seu trabalho, correm o risco de serem esquecidos.
Serviço
Sol do Mundo
De 28 a 30 de julho – sexta a domingo, às 19h
Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2220 0259
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)