Pandeirista destacou-se nas rádios Nacional e Mayrink Veiga e foi produtor de músicos renomados, como Sílvio Caldas, Clara Nunes, Elizeth Cardoso e outros
Jorginho do Pandeiro faleceu no dia 6 de julho, quinta-feira, aos 86 anos após uma infecção. O pandeirista foi um dos grandes nomes brasileiros do chorinho e testemunha de parte da história da música brasileira.
O músico liderava o famoso Conjunto Época de Ouro – que comemorou 80 anos em 2016. Com quase 74 anos de carreira, Jorginho participou de outros grupos de sucesso, que marcaram a preservação e o reconhecimento do choro, no Brasil e no mundo. Fez parte dos naipes de instrumentistas das rádios Nacional e Mayrink Veiga, por volta de 1950, no final da “era de ouro” do rádio no Brasil.
Vida e obra de Jorginho do Pandeiro
Jorge José da Silva, o Jorginho do Pandeiro, nasceu em 1930, numa família de músicos. “Aos sete anos, já tocava ao lado do pai, o violonista Caetano José da Silva. Expressivo representante do choro carioca, iniciou sua trajetória musical aos 14 anos, na Rádio Tamoio, onde se apresentou no conjunto de Ademar Nunes. Desenvolveu diversas atividades ligadas à música brasileira, como os trabalhos ao lado de Jacob do Bandolim, que ressalta como um dos pontos mais altos de sua carreira”, registra o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira”. Em 1997, entrou no Época de Ouro. Chegou a liderar o conjunto, até sua partida.
Foi produtor de discos de nomes fortes da música, como Sílvio Caldas, Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Chico Buarque e Marisa Monte. Em 1989, produziu o álbum duplo Há sempre um nome de mulher, projeto de Ricardo Cravo Albin, que vendeu 600 mil cópias e ganhou o Disco de Ouro.
Dino 7 Cordas, considerado um dos maiores violonistas do Brasil, e Lino do Cavaquinho, são irmãos do músico.
A Funarte registra aqui sua homenagem de despedida a Jorginho, cujo pandeiro sempre deixará seu ritmo no coração de todos os brasileiros.