O espetáculo Janela Para Navegar Mundos, do coletivo Trippé, estreia nesta quarta-feira, dia 19, em Petrolina (PE), e na sexta-feira, dia 21, em Juazeiro (BA). Trata-se de uma proposta intimista, fruto do projeto ‘Corpos Poéticos’ desse coletivo. Em ambos, o ingresso será “Pague quanto puder”. O projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014 (Funarte/Ministério da Cultura), que permitiu a realização da pesquisa e da criação do espetáculo, além das ações formativas e temporada popular.
Adriano Alves, que assina a direção do espetáculo, explica que o coletivo já vinha trabalhando temas relacionados à região do sertão do São Francisco e interessando-se pela produção literária. Mas esta é a primeira vez que une os dois temas em uma pesquisa. “Pensamos em nos relacionar mais uma vez com essa terra que habitamos e muito nos influencia, mas agora partimos da visão dos poetas da região e ressignificamos esses olhares com nossa dança”, afirma Adriano.
Desde sua criação, o Coletivo se denomina “de ribeira”, afirmando-se como um grupo do Vale e dividindo-se entre Juazeiro e Petrolina. A temporada também contempla as duas cidades, sendo as primeiras sessões do lado de Pernambuco, nos dias 19 e 20, às 19h, no Teatro Dona Amélia. A segunda parte das apresentações acontece no Centro de Cultura João Gilberto, contemplando a Bahia nos dias 21 e 22, em sessões duplas, às 16h e 19h.
Os ingressos serão distribuídos uma hora antes das apresentações, sendo o público que decide quanto vai pagar no esquema de contribuição voluntária “Pague quanto puder”. Após as apresentações, haverá bate-papo com a equipe. Integram o elenco Julia Gondim, Rafaedna Brito, Regiane Nascimento e Wagner Damasceno.
A produção é assinada pela Pipa Produções, que tem como produtora executiva Nilzete Miranda. O Coletivo Trippé está em manutenção financiada pelo Governo do Estado da Bahia através do Edital de Apoio a Grupos e Coletivos Culturais 2016 do Fundo de Cultura da Bahia.
Sobre o coletivo – O Coletivo Trippé é um espaço que une desejos em comum, vontade de ser cena e afetividade entre corpos. Iniciou com suas experimentações autorais em janeiro de 2011 e agora estreia seu quinto espetáculo. Fundado pela união de novos criadores do forte movimento que transborda na ribeira do São Francisco, também vem investindo, além de espetáculos, em projetos de pesquisa, produção de mostras e experimentações nas áreas de intervenções e performances.
O coletivo participa de festivais nacionais e produz projetos sistemáticos de difusão pela região, sempre colocando em questão as temáticas da vida ribeirinha. Entre suas criações estão o espetáculo No Caminho das Alimentadeiras (Premiado no Quarta Que Dança 2013 e Prêmio Vivadança 2014); o conjunto de intervenções urbanas Corporações; as performances Extensões e Pague 1 Leve 2; a coreografia infantil Meu Querido Catavento; o espetáculo Fraturas, criado com a paulista Cia. Siameses e o coreógrafo Maurício de Oliveira (Prêmio Apacepe 2016: Melhor espetáculo, melhor coreografia, melhor figurino e bailarino revelação); e o recital dançado Cordear.
Serviço:
Espetáculo Janela Para Navegar
Petrolina-PE
Dias 19 e 20 de julho (quarta e quinta-feira), às 19h
Ingresso: Pague quanto puder
Local: Teatro Dona Amélia (Sesc Petrolina)
R. Pacífico da Luz, 618 – Centro – Petrolina – Pernambuco
Juazeiro-BA
Dias 21 e 22 de julho (sexta e sábado), às 16h e 19h
Ingresso: Pague quanto puder
Local: Centro de Cultura João Gilberto
Santo Antonio, Juazeiro – Bahia
Sinopse da obra
O que acontece quando nos permitimos olhar? Contemplar o mundo em seus pequenos detalhes é momento de entendimento, de amplitude, de também se enxergar. Após um mergulho nas correntezas que são as palavras dos poetas da ribeira do São Francisco, entregamos em cena o que ficou úmido nos corpos que se propõem poéticos, nesse doce desejo de ser dança. Rasgos, memórias, nuvens, cheiros e um pouco mais do que até então nos habita deságua agora nessas janelas para que você trace sua própria rota de navegação. Viajemos!
Ficha técnica
Direção, coreografias e cenografia: Adriano Alves
Intérpretes criadores: Wagner Damasceno, Regiane Nascimento, Rafaedna Brito e Julia Gondim
Poemas recitados: Ádila Madança, Carlos Laerte, Jaqueline Costa e Virgílio Siqueira
Assistente de direção e maquiagem: Fernanda Barbosa
Preparação corporal: Cíntia Melo
Colaboração artística: Antonio Pablo
Criação de iluminação: Carlos Tiago
Direção musical e trilha sonora original: Eugênio Cruz
Caracterização (figurinos e máscaras): Diego Ravelli
Costuras: Nubis Brito
Assessoria de imprensa e programação visual: Virabólica Comunicação
Registro audiovisual: Abajur Soluções
Produção: PIPA (Nilzete Miranda)