A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte de um dos mais importantes violonistas brasileiros. Chiquito Braga tinha 81 anos e morreu de infarto na última sexta-feira, 22 de dezembro, no Rio de Janeiro. Ele estava internado havia uma semana com pneumonia e insuficiência cardíaca.
Mineiro de Belo Horizonte, Francisco Andrade Braga desenvolveu técnicas de violão e acordes que influenciaram a geração do Clube da Esquina. Assim se tornou referência do violão moderno brasileiro. Participou, em 2004, da primeira caravana de retomada do Projeto Pixinguinha, da Funarte, ao lado de Alaíde Costa, Filó Machado e Guilherme Vergueiro.
Chiquito Braga iniciou sua carreira profissional em 1954, integrando conjuntos de baile. Acompanhou Tito Madi, Agostinho dos Santos e Sérgio Ricardo, nas apresentações desses artistas em Belo Horizonte. Em 1966, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a integrar a Orquestra Arco-Íris, da TV Rio, e a atuar em estúdio. Ao longo de sua trajetória, acompanhou vários artistas, como Elizeth Cardoso, Dorival Caymmi, Wilson Simonal, Taiguara, Gilberto Gil, Jards Macalé, Dorival Caymmi, Fafá de Belém, Tim Maia, Chico Buarque, Tom Jobim, Caetano Veloso, entre outros.
Participou de trilhas sonoras de novelas da TV Globo, como Irmãos Coragem, Gabriela e O Cafona; e de filmes, como Índia Filha do Brasil. Em 2000, lançou o CD Quadros modernos, com Toninho Horta e Juarez Moreira, com os quais se apresentou pelo Brasil em shows de lançamento do disco.