Dona Ivone Lara: nota de pesar

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte da cantora e compositora Dona Ivone Lara. Considerada a ‘Rainha do Samba’ ou ‘Grande Dama do Samba’ e autora de clássicos como Sonho Meu, em parceria com Délcio Carvalho, ela estava internada no Rio de Janeiro desde sexta-feira, 13 de abril, data em que completou 97 anos. A sambista morreu nesta segunda-feira, dia 16 de abril, de insuficiência cardiorrespiratória.

Compositora, cantora e instrumentista, a carioca Yvonne Lara da Costa teve contato com a música desde a infância: a mãe era cantora; o pai, violonista e o tio tocava cavaquinho. Na casa do tio – com quem foi morar aos 17 anos, após ficar órfã – além de aprender a tocar cavaquinho, assistia também às rodas de samba e choro. Dona Ivone Lara fez a primeira música, aos doze anos: o partido alto Tiê, em parceria com Mestre Fuleiro e Hélio dos Santos.

Formada em enfermagem e serviço social, trabalhou na área até se aposentar, em 1977. Somente a partir daí, passou a se dedicar exclusivamente à música. O primeiro álbum solo Samba, Minha Verdade, Minha Raiz foi lançado em 1978.

Suas músicas foram gravadas por intérpretes como Elizeth Cardoso, Cascatinha e Inhana, Beth Carvalho, Nana Caymmi, Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gilberto Gil, entre outros.

Dona Ivone Lara emprestou seu talento a um dos mais importantes projetos musicais da Funarte, o Pixinguinha. Em 1978, se apresentou ao lado de Roberto Ribeiro; e em 1980, o show do trio de sambistas – Dona Ivone Lara, Leci Brandão e Gisa Nogueira – foi um dos destaques da temporada.

Clique nos links abaixo para relembrar a participação de Dona Ivone Lara no Projeto Pixinguinha, da Funarte:

Com Dona Ivonte Lara e Roberto Ribeiro, Projeto Pixinguinha caiu no samba em 1978

Damas do samba no Projeto Pixinguinha: Dona Ivone, Leci Brandão e Gisa Nogueira

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