Funarte lamenta morte do fotojornalista Marcelo Sayão

Fotografia de Marcelo Sayão: ocupação do Complexo do Alemão, 2011. Acervo pessoal, via Instagram do fotógrafo

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do fotojornalista Marcelo Sayão, aos 55 anos, na última quinta-feira, 26 de novembro. Ele iniciou a carreira nos anos 1980, no jornal Diário de Natal, no Rio Grande do Norte, onde passou a infância e parte da juventude. De volta ao Rio de Janeiro, onde nasceu, trabalhou nos jornais A Notícia, Última Hora, O Dia, Jornal do Brasil e O Globo e, desde 2003, era coordenador de fotografia da Agência EFE no Brasil.

Milton Guran, fotógrafo e idealizador do FotoRio – festival de fotografia mais antigo do país –, declarou ao Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte – CCPF que “Marcelo Sayão foi um craque do fotojornalismo,  ganhador do Prêmio Rey de España, um dos mais importantes do jornalismo mundial, e um colega querido por todos que com ele conviveram. Mais uma dolorosa perda nesse ano terrível.”

Sayão ganhou o prêmio Rei de Espanha, na categoria fotografia, em 2001, com uma foto publicada na capa do jornal O Globo, em 21 de outubro de 2000.  A imagem mostrava um policial militar sendo acuado por moradoras do morro da Providência, uma delas ameaçando arremessar um tijolo em sua direção. Ao longo de toda sua carreira, o fotojornalista registrou mais de 30 mil imagens no Brasil e no mundo.

Pela Agência EFE, Sayão trabalhou nas Copas do Mundo de 2006, na Alemanha, e 2014, no Brasil, e também nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. Na América do Sul, cobriu, entre outros eventos, a posse de Evo Morales como presidente da Bolívia, em 2005, e várias edições da Copa América, de Jogos Pan-Americanos e Cúpulas Ibero-Americanas e do Mercosul.

Conhecido por sempre buscar boas imagens nas ruas, ele fez diversas coberturas de alto risco, entre elas a da ocupação do Complexo do Alemão por militares, iniciada no final de 2010.

O fotojornalista morreu vítima de uma queda na rua, que provocou traumatismo craniano. Ele deixa os filhos Pedro, Miguel e Guilherme.

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